Quando estarei pronto a entregar a vida e o coração ao Pai?
É comum abrirmos a caixa de e-mail e encontrarmos textos enviados em anexos com mensagens coloridas, palavras bonitas, músicas de fundo e tudo o mais.
Num destes dias li um desses textos. O autor é desconhecido, mas a mensagem é clara, e assim como Deus falou comigo por meio dela, talvez deseje falar-lhe agora também.
Leia, que é interessante:
O capitão de um navio, que estava para sair, dirigia-se apressado para o porto. Estava muito frio... Diante da vitrina do restaurante, viu um menino quase maltrapilho, de braços cruzados e meio trémulo.
- “O que estás a fazer aqui, meu pequeno?” – disse-lhe o capitão.
- “Estou só a ver quanta coisa boa há ali para comer...”
- “Tenho pouco tempo antes da partida do navio. Se tu estivesses limpinho, eu levava-te para que comesses algumas daquelas coisas saborosas”.
O garoto, faminto e animado pelo fio de esperança de que aquele homem o ajudaria, passou a mãozinha sobre os cabelos em desalinho e disse:
- “Já estou pronto!” Comovido, o capitão levou-o como estava ao restaurante, fazendo com que lhe servissem uma boa refeição. E enquanto o pequeno comia, perguntou-lhe:
- “Diz-me uma coisa: onde está a tua mãe?”
- “Foi para o céu quando eu tinha apenas quatro anos de idade”.
- “E tu ficaste só com o teu pai? Onde está ele? Onde trabalha?”
- “Nunca mais vi o meu pai desde que a minha mãe partiu...”
- “Mas, então, quem toma conta de ti?”
Com simplicidade, o menino respondeu:
- “Quando a minha mãe estava doente, ela disse que Deus tomaria conta de mim.
Ela ainda me ensinou a pedir isto todos os dias a Deus”.
O capitão, cheio de compaixão, acrescentou:
- “Se estivesses limpo e arranjadinho eu levava-te para o navio e cuidaria de ti com muita alegria”.
Novamente, o menino, alisando os cabelos sujos e malcuidados, repetiu a mesma expressão:
- “Capitão, estou pronto agora!”
Vendo-o assim quase suplicante, aquele capitão levou o menino para o navio, onde o apresentou aos marinheiros, dizendo:
- “Ele será o meu ajudante e será sempre chamado de ‘Pronto, agora’”.
Ali o pequeno recebeu tudo o que precisava e a vida corria, aparentemente, bem. Até que um dia o pequeno acordou com febre. Foi medicado, mas a febre não cedia. Vendo-o piorar, o capitão, aflito, dirigiu-se ao médico:
- “Procure salvá-lo, doutor. Não posso perdê-lo!”
O médico fez tudo o que pôde, mas em vão.
Na tarde seguinte, o menino, chamou o capitão, e disse-lhe:
- “Eu amo-o tanto! Você foi bom para mim. Gostei de estar aqui, mas ainda será melhor no céu. Eu estou pronto agora, vou-me encontrar com o Pai do Céu, que também me ama”.
- “Sim, filho, tenho pensado nisso, e continuarei a pensar... Mas quando?”
Segurando as mãos do menino, com lágrimas nos olhos, o capitão ouviu-o dizer pela última vez:
- “Estou pronto agora!”
Tenho pensado na maneira como me estou a preparar para me encontrar com o Pai do Céu.
Quando estarei pronto a entregar a vida e o coração ao Pai?
Eu, Senhor? Estou preparado?
Aquele pequeno, a quem o texto se refere, certamente estava preparado...
A sua vida de miséria não tinha corrompido a sua esperança e a sua fé.
Desejo que esta lição reavive nos nossos corações a expectativa para encontrarmos o Senhor e nos leve a agir de maneira digna para com todos; assim, estaremos sempre prontos.