Curiosidades
Católicos conseguem fechar exposição blasfema na Espanha
- 05-05-2008
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Foi realizada na cidade de Ibiza, na Espanha, uma exposição blasfema, com imagens pornográficas de Jesus Cristo e João Paulo II, promovida e ajudada pela Prefeitura local, organizada pelo Patronato Municipal do Museu de Arte Contemporânea de Ibiza. (acidigital.com – 22 Set. 07)
O Arcebispo de Toledo, Cardeal Antonio Cañizares, protestou dizendo que tanto estas “manifestações pseudo-artísticas”, como a tentativa de impor a controvertida disciplina “Educação para a Cidadania” (EpC), são parte de “um grande projecto que é erradicar a realidade de Deus” e “eliminar a Igreja Católica” da sociedade espanhola”.
“Há um projecto de erradicar Deus, e isto é o laicismo, não a sã laicidade, – a autonomia que corresponde ao mundano pelo facto de ser mundano –. É algo muito grave que se volta contra o próprio homem”. O projecto é “eliminar a Igreja Católica”. “Não é um julgamento de intenções. Os factos são os factos, e vão-se dando passos e passos. Mas não poderão. Não se pôde durante dois mil anos. E isto não é pretensão nem minha arrogância, mas sim é remeter-me aos factos, à realidade, à verdade. Esta verdade que se trata de rechaçar ou de destruir”.
Os bispos espanhóis deploraram “a actuação dos poderes públicos”, em relação a esta exposição realizada numa antiga igreja de Ibiza com “obras artísticas” que mostram Jesus Cristo, João Paulo II sodomizado e imagens católicas mescladas com cenas de sexo homossexual, e alentaram aos católicos a “responder, cultural e juridicamente, a todo o tipo de agressões ao sagrado”.
Os titulares da Província Eclesiástica de Valência expressaram em 22.09.07, num comunicado a sua “mais enérgica condenação, a reprovação mais firme e total a estas expressões que ofendem os sentimentos dos católicos e violam o elementar e fundamental respeito pelas crenças religiosas”.
Estes factos “adquirem uma gravidade ainda maior ao acontecer num local, antigo templo católico, propriedade do Bispo de Ibiza, que o tinha cedido à Prefeitura de Ibiza num convénio de colaboração, cujas cláusulas a Prefeitura não cumpriu reiteradamente apesar de ser requerido a isto”, indica o enérgico comunicado.
“Os Bispos vêem com preocupação a actuação dos poderes públicos que, além de violar as normas contratuais com o Bispo de Ibiza, dando assim um deplorável exemplo aos cidadãos, abandonam o princípio do respeito às ideias e as crenças de outros”, disseram os bispos.
Esta situação, adverte o texto assinado pelo Arcebispo de Valência e seus auxiliares, os bispos de Mallorca, Menorca, Segorbe-Castellón e Orihuela-Alicante, “é um perigoso sintoma da degradação da vida social, cultural e política que pode dar lugar a uma preocupante manipulação da verdade sobre o homem e a dimensão transcendente da pessoa”.
O Bispo de Ibiza, no dia 19.09.07, Dom Vicente Juan Segura, exigiu a “retirada imediata e urgente” das obras do holandês Ivo Hendriks. Tanto a responsável pela “Cultura da Prefeitura”, Sandra Mayans, como a prefeita, Lourdes Costa, expressaram a sua negativa argumentando a defesa da liberdade de expressão e a liberdade de criação até as últimas consequências”.
Os bispos não duvidam em alentar a “responder, cultural e juridicamente, a todo o tipo de agressões ao sagrado, que por desgraça se repetem com muita frequência com a Igreja Católica em nossa nação”.
Depois dos enérgicos protestos de diversos bispos e católicos espanhóis, fechou-se e começou a ser desmanchada, cinco dias antes da data prevista pela Prefeitura governada com maioria do PSOE, a exposição que mostrava figuras obscenas e degradantes de Jesus Cristo, João Paulo II e a iconografia cristã. (Madrid – acidigital.com – 27 Set. 07). O Bispo de Ibiza, Dom Juan Segura, presidiu à oração do Terço na igreja da Santa Cruz, em que expressou a sua “gratidão aos paroquianos” pela sua “adesão a Jesus Cristo e à Igreja”. O Bispo reconheceu ter “sofrido muito estes dias”. Entretanto, acrescentou, “não estive sozinho. Muitos homens, mulheres e jovens mostraram-me o seu apoio, o que me encheu de satisfação”. Finalmente comentou ter recebido numerosas amostras de apoio de toda a Espanha e América.
Mais do que nunca os católicos precisam de estar atentos e alertas contra este laicismo doentio e insano que se propaga numa sociedade neo-pagã, e que, como disse o Arcebispo de Toledo, é parte de “um grande projecto que é erradicar a realidade de Deus” e “eliminar a Igreja Católica” da sociedade”. Uma livre expressão da arte, absoluta, não pode ofender a fé e a religião das pessoas; o que cada um de nós carrega de mais sagrado no seu coração. A liberdade não pode ser confundida com libertinagem; posso dar socos no ar à vontade, mas até não atingir o nariz do meu irmão. Falar em liberdade de expressão sem respeitar os direitos dos outros, equivale à perversão intelectual e voltar à barbárie.