Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Castidade

Sou virgem, e dai?

Sou virgem, e daí?

 

Diferença enorme quando se ama e se conhece o amor

 

"A castidade é promessa de imortalidade" (Catecismo da Igreja Católica – CIC § 2347).

Diante de tanto acesso aos meios de comunicação nos quais o sexo virou produto que se consome em prateleiras de casas nocturnas (ou em qualquer lugar), pronto para escolher com quem se passa esta noite e depois noutra, foi que se banalizou totalmente o afecto! Num país em que falta educação e afecto tudo vira produto, marketing, mídia... Consumismo! E os indivíduos vão se transformando em abismos! Vazios como nunca!

É triste analisar que também hoje a tão falada independência da mulher transformou em excepção o que antes era regra. Claro, sem qualquer julgamento de valor, venho explicitar tal contexto, afinal, cada pessoa tem uma história de vida e nela deixa suas marcas, seus relacionamentos, sofrimentos, motivos e suas carências. O facto é que afirmar hoje que se é virgem chega a ser assustador aos olhos da sociedade moderna (e que moderna!). Chega a ser cómico. Motivo de chacota. Diagnósticos e preconceito. Que tosco.

Ser independente é belo, tem os seus prós, mas não é algo que deve ser apenas próprio da mulher, afinal, temos, como todo e qualquer ser humano, as nossas liberdades – mesmo que condicionadas.

Virgindade também não se aplica apenas à mulher, pois há homens virgens. No entanto, a mulher destaca-se no cenário da independência por ter hoje o seu próprio emprego, o seu apartamento, ser sustento da casa, ter a sua profissão, entre outros. "Coisas de homem", diríamos na década de 70. Saudades dessa época, mas não da submissão. Saudades talvez do equilíbrio, se é que o houve algum dia.

Observando os homens actuais, nota-se que aquele que conquistava, convidava para sair, pedia a mulher em namoro, virou passado! A mulher tomou frente, ficou fácil (como se diz por aí)! Mas, onde ficam aqueles que são diferentes deste contexto todo? Que ainda esperam um namoro – à moda antiga –, em que se espera um convite, uma flor, um olhar puro... Expectativas? Será que são apenas expectativas? Será que isto é passado?

Parece que está tudo invertido! Liberdade sexual ou inversão de valores? Independência ou vazio? Que rumo vamos tomar se não tivermos coragem de ser nós mesmos?

Diante de tantas opções, a virgindade virou apenas um detalhe, uma membrana. Porém, que faz uma diferença enorme quando se ama e se conhece o amor, quando se espera a pessoa certa, quando se guarda para ser de um único ser e com ele (a) sermos um! Um contexto cristão que a nossa Igreja prega – "O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo" – Catecismo da Igreja Católica (CIC) § 2345. E entre os homens e mulheres o "respeito mútuo, uma aprendizagem da fidelidade e da esperança (...)" CIC § 2350.

A independência aqui aplica-se bem: sou virgem, e daí? Não é necessário fazer faixas de divulgação da pureza, pois somos humanos e temos desejos como qualquer outro ser humano. Com um mas: o de sonharmos com alguém que nos receba por inteiro, alguém que caminhe junto e connosco faça parte da eternidade! Alguém que, com ternura, faça parte do nosso interior, que toque com carinho a nossa história e nos convide para que juntos construamos a nossa!

Permanecer casta (o) na espera, até encontrar alguém além das teorias, além da obrigação de-ter-que-estar-com, ou até encontrar alguém com quem simplesmente viver a sinceridade da nossa alma, sem seguir padrões aplicados a outrem, mas não à nossa realidade. Um contexto de aprendizagem sobre nós mesmos e sobre a nossa liberdade de gente com desejos naturais, mas que esperam pelo momento mais adequado para se encontrar através de outro.

O que há de errado em ter a coragem de seres tu mesmo, sem precisar de seguir modismos ou o que a TV Guia aplica aos artistas? (Que, diga-se de passagem, tu nem os conhece). Eles são tão humanos quanto qualquer um de nós. Também têm os seus vazios, as suas sedes e por vezes bem diferentes do que está escrito nas manchetes. Sendo assim, acessa a tua verdade e descobre que tens sim a independência de ser quem és sem precisar de representar dentro da tua própria realidade!

Tu não precisas de te mascarar, Deus conhece-te por completo, e o teu corpo é templo do Espírito Santo, respeita cada membro dele! E verás uma maneira linda de te sentires amado(a), filho(a) deste Pai que nos criou para a felicidade! Karla Fioravante

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