Castidade tem tudo a ver com a capacidade de dar-se
O que significa este mandamento: “Não pecar contra a castidade?”
“Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: ‘Todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração'” (Mat 5,27-28).
O Catecismo coloca a castidade como um dom, uma graça, uma obrigação. Castidade tem tudo a ver com a capacidade de dar-se. A pessoa que consegue ter um autodomínio de si, consegue dar-se ao outro.
Por vezes, todos nós pecamos contra a castidade por termos aprendido assim na escola, em casa ou na televisão. Eu acredito que mesmo por pensamento, por actos ou omissões já pecamos contra a castidade. O demónio não nos conseguiria fazer pecar, se ele não revestisse o pecado com algo gostoso. Ele usa isto como isca; somos como peixe, o pescador coloca a isca no anzol, o peixe vê e, vendo que é comida, vai comer e acaba por ser pescado.
Primeiro, o demónio seduz-nos e, depois leva a pessoa a condenar-se a si mesma. Para cometer um assassinato, preciso de ter uma arma; mas para cometer o pecado da castidade, não preciso de nada, somente do corpo.
Usar a sexualidade de forma errada traz consequências
O Catecismo afirma que a sexualidade tem tudo a ver com a pessoa humana. A sexualidade no falar, no agir, no cortar o cabelo… O homem tem de mostrar que é homem na roupa que veste e vice-versa; mas num capítulo, o Catecismo mostra as consequências de usarmos a nossa sexualidade de forma errada.
Certa vez, fui conhecer o quadro da Monalisa. Ali paga-se uma fortuna; têm vários seguranças tomando conta da obra; mas quando cheguei, fiquei decepcionado. Pois era um quadrinho de nada. Por que será que tinha tantos guardas a tomar conta daquela obra? Por causa do artista que a tinha feito.
Por que é que a Igreja luta tanto por si? Por causa do artista que te criou, tu és uma obra de arte muito preciosa.
O perigo não é quando os meios de comunicação estão a falar do direito da homossexualidade de homem casar-se com homem e mulher casar-se com mulher. Se continuar assim, chegará o dia em que dirão que cada ser humano é obrigado a ser homossexual. Porque, quando falam sobre isto, somos obrigados a “calar a boca”, de contrário, estaremos a ir contra a liberdade de expressão.
Mas quando eles “aporcalham” a dignidade humana, ninguém pode dizer nada, mesmo sendo mentira.
É preciso descobrir a beleza da castidade
Os meios de comunicação são os grandes prostituidores, quando colocam as nossas crianças como “prostitutas”.
Não há castidade, sem verdade. Cada vez que cometemos o pecado contra a castidade, unimo-nos à mentira e o pai dela é o demónio.
Para os casais e para os que estão prestes a casar, recomendo leiam o livro: “Sede fecundos”. Vós precisais de descobrir a beleza da castidade e do seu corpo. O objectivo do demónio, quando quer seduzir, é fazer-te perder o autodomínio e perdendo-o, tu não te valorizas.
O corpo de uma pessoa que se prostitui, caminha muito rápido para a deformação. A sexualidade é boa, é fonte de vida, é obra privilegiada das mãos de Deus. Por isso, temos que ter cuidado quando vestimos uma roupa, para não despertar no outro um olhar malicioso.
Precisamos de cuidar do nosso corpo e do nosso órgão sexual. Actualmente, os jovens não têm vergonha de nada, usam calças com as cuecas a aparecer, se não aparecem outras coisas. Precisas de amar o teu corpo, foi Deus quem o fez.
Se a tua mente te acusa, é pecado
Todo o pecado na hora é gostoso, ninguém quer tomar o que é ruim. Na hora é bom, mas depois fica a martelar na nossa cabeça. Se a tua mente te acusa, é pecado.
Nós precisamos de combater o inimigo, principalmente porque ele se instala na sexualidade. E tudo porque a sexualidade é linda. Quando um homem e uma mulher casados se unem, é o lugar mais parecido com o Céu.
A melhor e a mais bela reprodução da beleza da Santíssima Trindade é quando casais consagrados a Deus se unem num acto sexual. E a marca registada do amor de Deus é o prazer e a alegria no corpo e na alma no acto sexual.
O Catecismo apresenta no plural: “os actos próprios pelos quais o homem e a mulher se dão, a relação íntima da mulher e do homem”. Quando esta relação é isolada, é mais apropriado chamar prostituição.
Precisamos, cada dia, de perceber a beleza da castidade, do nosso corpo, daquilo que Deus criou em nós.
Louva a Deus pela tua vida e por tudo aquilo que há em ti!