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Castidade

Como saber se tenho distúrbios na sexualidade?

Como identificar se tenho distúrbios na sexualidade?  

Alguns distúrbios na sexualidade são facilmente detectados; outros não são tão óbvios

Ouve-se falar muito sobre os distúrbios sexuais! Muitas vezes, olhamos para este assunto com preconceito, achando que são distorções graves e bizarras, de pessoas com traumas intensos e claros desequilíbrios afetivos sexuais. Isto é parcialmente verdade.

Realmente alguns traumas sexuais são facilmente detectados quando se manifestam em vícios ou desejos por coisas que fogem dos padrões (animais, crianças, agressividade entre outros). Porém, algumas pessoas vivem guiadas pelos seus traumas, com distúrbios na sexualidade, sem perceberem isso claramente. Desenvolvem padrões de relacionamento destrutivos, mas não tão óbvios para a sociedade. Isso pode se manifestar em ciúme excessivo, dependência emocional, dificuldade de assumir compromisso, manutenção de vícios mesmo sendo casado (masturbação e pornografia), tendência à traição ou na escolha de namorados sempre com características semelhantes e ruins.

Estes padrões de relacionamentos, muitas vezes, só são percebidos por meio de erros repetitivos. Por exemplo: alguém que foi traído em todos os namoros que teve ou sempre perde o “encanto” pelo outro quando passa a paixão inicial; quando sente necessidade de estar com pessoas que controlem excessivamente a sua vida, sendo dependentes emocionais desse relacionamento.

Para avaliar um pouco se os teus relacionamentos são saudáveis ou se há algum tipo de distúrbio sexual, é interessante pensar em dois aspectos. Primeiro, o histórico. Olhando para todos os relacionamentos que tiveste, consegues perceber alguma repetição? Traição, término do relacionamento, quando começa a exigir compromisso; tendência à agressividade ou ao alcoolismo; perda da individualidade e dependência emocional? Isto pode ser um mau sinal de que os teus traumas familiares estão mal resolvidos dentro de ti, e, por causa deles, tens-te apaixonado por pessoas com o mesmo perfil. É como um quebra-cabeças. Nós acabamos por atrair pessoas que se encaixam no nosso padrão afetivo. Se não mudarmos a nossa forma de amar, podemos até mudar a peça, mas o encaixe será sempre o mesmo.

Outra pergunta importante é como é que esse relacionamento tem influenciado a tua personalidade. Tenho-me tornado uma pessoa melhor, mais madura, com autonomia e realizado? Estar com o outro me transformou numa versão melhor do meu eu? Ou anulei-me, escondi-me, fragilizei-me na minha auto-imagem, perdi características importantes da minha personalidade, fui afastado de outras pessoas importantes para mim (família, amigos)? Quando um relacionamento é saudável, ele potencializa o que temos de melhor, ajuda-nos a evoluir naquilo que é defeito e estimula-nos a desenvolver o que é bom.

O amor não aprisiona, não degrada, não exige exclusividade afetiva (exige fidelidade sexual). O amor verdadeiro aproxima-nos de quem realmente somos, dá-nos a oportunidade de ser o melhor que podemos ser em todas as áreas. Um bom relacionamento ajuda-nos a equilibrar todos os nossos laços afetivos – com amigos, família, trabalho, comida, comigo mesmo, com Deus…

Tem coragem de parar para avaliar um pouco a tua forma de amar e ser amado. Até que ponto os teus traumas ainda têm manipulado os teus relacionamentos? Será que é amor ou é um acumular das carências que tens direcionado para o outro? Amar é doar-se. Será que já te possuis o suficiente para te poderes relacionar de maneira verdadeira? Deixa Deus passear consigo pela tua intimidade e preencher os teus vazios. Só Ele pode entrar nesse lugar, só Ele tem amor suficiente para saciar traumas e assim podermos amar como precisamos.

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