Como deixar o vício da pornografia?
O vício da pornografia desfigura a vivência da castidade
Muitos jovens perguntam como deixar o vício de estar à frente do computador a ver sites pornográficos. Para muitos, isto já se tornou um vício, especialmente porque a internet facilita muito esta atividade negativa. Também muitas pessoas casadas têm também este vício. Quando uma esposa surpreende o esposo a ver sites pornográficos, fica apavorada, e pergunta-se se deve abandoná-lo. É claro que não! Elas sentem-se traídas.
Antes de tudo, é preciso dizer que é condenado pela moral cristã entregar-se ao deleite da pornografia. O Catecismo da Igreja coloca-a como um dos pecados contra a castidade:
§2354 – “A pornografia consiste em retirar os atos sexuais, reais ou simulados, da intimidade dos parceiros para exibi-los a terceiros de maneira deliberada. Ela ofende a castidade porque desfigura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes, público), porque cada um torna-se para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um modo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos”.
§2396 – “Entre os pecados gravemente contrários à castidade é preciso citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais”.
Não desesperar diante do problema, ter calma e não desanimar
Portanto, o cristão não se pode entregar a esta prática pecaminosa; é preciso lutar com os auxílios da graça de Deus e da força de vontade para combater este vício moderno. Antes de tudo, é preciso não desesperar diante do problema, ter calma e não desanimar. O mais importante é lutar com perseverança contra isto, até que se domine a situação. Jesus disse que quem perseverar até ao fim será salvo do pecado. Mesmo que se tenha uma recaída, é preciso levantar e retomar a luta.
O grande remédio que Jesus recomendou aos apóstolos contra o pecado foi “vigiar e orar” para não cair em tentação.
Duas coisas: rezar bastante, pedir ajuda de Deus, da Virgem Maria, de São José castíssimo, dos anjos e santos. Comungar, sempre que possível, e pedir a Jesus Eucarístico a graça desta libertação. Sempre que houver uma queda, confessar-se, ainda que isto se repita, pois a confissão dá força para vencer o vício. Converse com o confessor sobre o assunto, sem medo, ele pode ajudá-lo.
Fugir da ocasião de pecado
E “vigiar”. Isto significa fugir da ocasião de pecado; e esta é uma fuga heróica; não abrir nenhum site pornográfico, a revista suja, nem o filme impuro; nem mesmo abrir o computador se não se puder controlar diante dele. Suplicar a força de Deus, a intercessão dos santos, da Virgem Maria nessa hora. “Algumas vezes, encontrei-me em perigo de morte, mas fui libertado pela graça de Deus” (Eclesiástico 34,13).
É muito importante tomar a decisão de não acessar o site porno, “por amor a Jesus” que morreu na cruz por ti. Oferece-Lhe este “jejum de pecado” e suplica que o Seu preciosíssimo Sangue te ajude. Ele vai gostar muito! E o mais importante é não desistir nunca, não desanimar, mas lutar. Às vezes, para ganhar uma guerra é preciso vencer muitas batalhas, uma de cada vez.
Fechar as janelas da alma
Uma dessas batalhas a vencer é desintoxicar a alma do veneno do sexismo, hoje espalhado por toda parte, especialmente na moda e nos meios de comunicação. Santo Agostinho gostava de lembrar que tudo o que invade a nossa alma entra pelas “janelas”, que são os sentidos: olhos, ouvidos, boca, mãos e nariz. Então, é preciso fechar as “janelas da alma” para que a tentação não entre por elas. Não permita que a sua alma seja excitada sexualmente pela sujeira que entra por essas janelas.
A Bíblia ensina que quem abusa da ocasião, cai no pecado. E o povo diz que “a ocasião faz o ladrão”, “Quem ama o perigo nele perecerá”. (Eclo 3,27)
As esposas ou maridos que surpreendem o outro a ver filmes e sites pornográficos, não devem desesperar, mas ajudá-lo, com firmeza e carinho, a vencer o vício; exigir a mudança para o bem dele e do casamento. Esta tentação é muito forte, e o “paciente” precisa de ser ajudado pelo amor, pela oração da (o) esposa (o). Não é isto que deve abalar ou muito menos destruir um casamento; juntos, marido e mulher devem conversar, ajudarem-se mutuamente e vencer o problema. Será uma bela vitória de ambos, do casamento e da família.