Vítor I nasceu na África. É incerta a cronologia deste Papa. Alguns, seguindo o historiador Eusébio, fazem-no reinar até ao ano 202. Teria morrido mártir na 5ª perseguição, que foi movida nesse ano pelo imperador Sétimo Severo, ou então pouco antes, numa sublevação de pagãos.
Declarou que água comum, de fonte, de poço, de chuva, do mar, etc., pode, no caso de necessidade, servir para administração do baptismo.
Sob São Vítor, a questão da data pascal, de novo agitada, deu mais brilho à supremacia do Bispo de Roma. A Igreja conservara do ritual judaico o uso de se consagrarem a Deus vários dias festivos.
O sábado (a festa semanal judaica) foi cedo substituído pelo domingo em memória do dia da ressurreição do Senhor. As festas hebraicas caíram em desuso, menos o Pentecostes e a Páscoa. Por esta é que se estabelecia todo o calendário judaico cristão.
Na Ásia era a Páscoa celebrada no 14º dia do plenilúnio de Março. Em Roma pretendia-se que a festa fosse sempre num domingo seguinte ao 13º dia do plenilúnio de Março. Mais tarde, 130 anos depois, o memorável Concílio de Niceia (325) deu plena razão a São Vítor.