S. Maximiliano Maria Kolbe (1894-1941), franciscano, mártir
Nasceu
no dia 8 de Janeiro de 1894, na Polónia. Morreu num campo de concentração
nazista, oferecendo a sua vida em favor de um pai de família condenado à morte.
Era franciscano conventual. Ensinou teologia
Regressado à Polónia, foi preso pelos nazistas devido à influência que a
revista e publicações marianas exerciam. Foi dia 7 de Fevereiro de 1941,
Toda a razão de ser, de sofrer e de morrer do Padre Kolbe esteve em perscrutar
- para dela viver e fazer que se vivesse - a resposta de Maria a Bernardette:
"Sou a Imaculada Conceição".
TUDO PELA IMACULADA
O ideal da sua vida era: «Tudo pela
Imaculada».
No seu Diário lêem-se estas palavras: «Com a ajuda da Imaculada
vencer-te-ás e contribuirás muitíssimo para a salvação dos outros. Deixa-te
conduzir pelas Suas mãos imaculadas. Sê seu instrumento. Confia-Lhe todas as
tuas empresas e Ela actuará».
Em 1927 fundou a Cidade da Imaculada, um convento-cidade onde vivia
quase um milhar de religiosos dedicados à propagação da devoção a Nossa Senhora
por meio da pregação, da imprensa e da rádio. O jornal O Cavaleiro da
Imaculada atingiu a tiragem de 1 milhão de exemplares.
De
Anunciou profeticamente: «Haveis de ver um dia a imagem da Imaculada, no
centro de Moscovo, no mais alto ponto do Kremlin! Mas antes que isso aconteça
teremos de passar por uma prova de sangue».
Ao regressar à Polónia continuou o seu
espantoso apostolado até ser preso encerrado num campo de concentração.
Foi aceite o seu oferecimento de morrer em vez dum sargento chamado Francisco
que lastimava a sorte dele próprio, da mulher e dos filhos. Depois de 15 dias
de fome e sede foi morto a 14 Agosto de 1941 e o seu corpo reduzido a cinzas.
No dia da sua canonização, 10 Outubro de 1982, disse o Santo Padre João Paulo
II:
«A inspiração de toda a sua vida foi a Imaculada, à qual confiava o seu
amor por Cristo e o seu desejo de martírio. No mistério da Imaculada Conceição
manifestava-se diante dos olhos da sua alma aquele mundo maravilhoso e
sobrenatural da Graça de Deus oferecida a homem. A fé e as obras
de toda a vida do Padre Maximiliano indicam que ele entendia a sua colaboração
com a Graça divina como uma milícia sob o sinal da Imaculada Conceição».
«Conservai as vossas lâmpadas acesas»
O que é preciso fazer para vencer a fraqueza da alma? Há dois
meios para isso: o primeiro é o distanciamento de si próprio. O Senhor Jesus
recomenda-nos que vigiemos. É preciso vigiarmos se quisermos que o nosso
coração seja puro, mas é preciso vigiarmos em paz, para que o nosso coração
seja tocado, pois ele pode ser tocado por coisas boas ou por coisas más,
interiormente, ou exteriormente... portanto é preciso vigiar.
Habitualmente, a inspiração de Deus é uma graça discreta: é preciso não a
rejeitarmos...; se o nosso coração não estiver atento, a graça retira-se. A
inspiração divina é muito precisa; tal como o escritor dirige o seu aparo,
assim a graça de Deus dirige a alma. Tentemos pois alcançar um maior
recolhimento interior.
O Senhor quer que tenhamos o desejo de O amar. A alma que se mantém vigilante
apercebe-se de que cai, e de que, só por si, não consegue lá chegar; por isso,
sente a necessidade da oração. A súplica funda-se na certeza de que nada
podemos fazer por nós mesmos, mas que Deus tudo pode. A oração faz falta para
obter a luz e a força.
(De uma conferência sua de 13/2/1941)