Dos pais da Santíssima Virgem nada nos transmitiram os escritos inspirados do Novo Testamento. O pouco que sobre eles conhecemos deve-se a vários livros apócrifos, como o Proto-Evangelho de S. Tiago, o Pseudo-Mateus e o Evangelho de Maria, que apresentam sempre um núcleo de verdade e historia, embora em muitas coisas sendo lendários.
O pai de Santa Ana chamava-se Mátan e era natural de Belém; o marido dela era galileu e chamava-se Joaquim. A Igreja recebeu e consagrou os nomes de Ana e Joaquim, e é também muito universal e antiga a tradição sobre a esterilidade e velhice de ambos os esposos, quando Deus os abençoou com o nascimento da Virgem Maria.
O culto de Santa Ana e de S. Joaquim é antiquíssimo entre os Orientais. (...) No Ocidente, o culto de Santa Ana não é anterior ao século VIII. (...) A festa litúrgica de Santa Ana começa a aparecer, por aqui e por acolá, em pleno decurso da Idade Média. Entra definitivamente no Missal Romano em 1584, no templo de Gregório XIII.
O nome de Ana é em hebraico Hannah ou Joana, e exprime graça. Joaquim equivale a “Javé prepara ou fortalece”. Ambos os nomes indicam, portanto, a sua missão divina: preparar em Isabel a realização das promessas messiânicas, sendo eles os progenitores da Mãe do Salvador.
Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, e avós de Jesus, se chamam Joaquim e Ana.
Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana vivia, humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim dirigiu-se então para o deserto e ali passou em jejum e oração 40 dias. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho. De facto, tiveram uma filha, à qual deram o nome de Maria.
A devoção a Santa Ana ou Sant’Ana remonta ao século VI, no Oriente. No Ocidente data do século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.
“A estrela d’alva já brilha, já nova aurora reluz,
o sol nascente vem vindo e banha o mundo de luz.
Cristo é o sol da justiça. Maria, aurora radiante.
Da lei a treva expulsando, ó Ana, vais adiante.
Ana, fecunda raiz, que de Jessé germinou,
produz o ramo florido do qual Cristo brotou.
Mãe da Mãe santa de Cristo, e tu, Joaquim, santo pai,
pelas grandezas da filha, nosso pedido escutai.
Louvor a vós, Jesus Cristo, que de uma Virgem nascestes.
Louvor ao Pai e ao espírito, lá nas alturas celestes”. (Lit das Horas).
Os avós de Jesus
No Oriente, a devoção a São Joaquim e Santa Ana é muito antiga. A liturgia de São João Crisóstomo refere-se a eles como "os santos avós de Jesus". Grande deve ter sido a santidade dos dois esposos para que deles nascesse a Virgem Imaculada, a Mãe de Deus! São Joaquim e Santa Ana foram, no seu tempo e nas circunstâncias históricas concretas, um elo precioso do projecto da salvação da humanidade. Por meio deles, chegou-nos a bênção que um dia Deus prometera a Abraão e à sua descendência, pois foi através de sua filha Maria Santíssima que recebemos o Salvador.
Os Evangelhos canónicos não falam nada sobre a infância da Virgem Maria nem dos seus pais, Ana e Joaquim. Somente os chamados 'Evangelhos apócrifos', isto é, aqueles textos de autenticidade não comprovada do século II, escritos com liberdade poética para apagar a afectuosa curiosidade dos fiéis, narram o milagroso nascimento de Maria, de pais idosos e estéreis. Natural que os primeiros cristãos desejassem saber mais, especialmente sobre os personagens que os evangelistas haviam deixado na 'sombra'.
O texto apócrifo narra que, um dia, Joaquim, teve recusada a sua oferta no Templo de Jerusalém justamente por não ter descendentes. Isto era considerado, na mentalidade judaica da época, sinal de maldição. Triste, ele se retira sozinho a um monte para rezar e jejuar. Após quarenta dias, um anjo avisa-o que a sua prece foi acolhida por Deus, e que Ele premiaria a fé do casal concedendo-lhes, na velhice, a mais bela flor da humanidade, Maria. Santa Ana e São Joaquim tornaram-se, assim, corno que um símbolo da velha humanidade da qual floresce a eterna juventude da graça.
A festa de Santa Ana difundiu-se a partir do século XIII, propagada pelos Cruzados, e a de São Joaquim foi introduzida no ocidente somente a partir de 1522. A união das duas festas numa única data, dos "avós de Jesus", foi oficializada em 1969.
Ser santo, no caso de Ana e Joaquim, significa não perder a confiança em Deus nos momentos de maior sofrimento, de provação. Significa, também, estar pronto a doar a Deus o que temos de mais precioso, como fizeram os dois velhos esposos, consagrando ao Senhor sua única filha.
O Papa João Paulo II ensinou-nos que São Joaquim e Santa Ana são "uma fonte constante de inspiração na vida quotidiana, na vida familiar e social".
Oxalá, pais e filhos, avós e netos possam cultivar a sua fé e serem generosos com Deus, como foram os pais da Virgem Maria!
“Os Avós”
O dia 26 de Julho, dia de S. Joaquim e de Santa Ana, avós genéticos de Jesus Cristo, é o “dia dos avós”.
Os avós representam e são garantia do passado de todos nós, da nossa história familiar. E todos nós sabemos como é importante conhecermos as nossas raízes!
Alguém disse que o mais importante na vida de cada um é aprender a amar. O amor é a chave do crescimento saudável, harmonioso, em segurança psicológica … exige prática e reflexão. Nunca a sociedade “ocidental”, “controlada” e alienada precisou tanto de amor, mas procura o amor fora do amor! Freud e Descartes estão na origem de muitas infelicidades, por acreditarmos neles cegamente, sem espírito crítico!
O amor do avô é diferente do amor da avó, assim como o amor da mãe é diferente do amor do pai. Todos eles são necessários para o referido crescimento harmonioso.
Segundo Erich Fromm, a criança “ama porque é amada”; o amor amadurecido segue o princípio: “sou amado porque amo”.
O amor da avó, à semelhança do amor materno, é incondicional e por isso representa o refúgio quando as coisas não correm bem.
O amor do avô, à semelhança do amor paterno, é um amor condicional, que leva a criança (principalmente a partir dos seis anos) a crescer de acordo com o mundo real, que “socializa” a criança. É um apoio forte na orientação da vida, porque é uma fonte de sabedoria derivada da longa experiência, insubstituível.
Felizes os netos que têm perto os seus avós disponíveis
Felizes os avós que usufruem da companhia dos seus netos
Felizes as crianças que crescem na vivência dos pais e dos avós, pois colhem os frutos dos diferentes amores. E como a nossa sociedade seria bem mais saudável e feliz se isto acontecesse com todos!... Será isto possível? Creio que sim, se todos conjugarmos esforços nesse sentido.
Que os avós sejam “braços abertos que esperam e dão, que aconchegam, consolam e protegem, mas também encorajam” – sempre com amor.
São Joaquim e Santa Ana
S. Joaquim e Santa Ana, pais de Santa Maria, foram, no seu tempo e nas circunstâncias históricas concretas, um elo precioso do projecto da salvação da humanidade.
O Papa João Paulo II, ensina que S. Joaquim e Santa Ana são “uma fonte constante de inspiração na vida quotidiana, na vida familiar e social”.
E exorta: “ Transmiti mutuamente de geração em geração, com a oração, todo o património da vida cristã”.
Santa Maria recebeu no lar formado por seus pais todo o tesouro das tradições da Casa de David que passavam de uma geração para outra; foi nele que aprendeu a dirigir-se ao seu Pai-Deus com imensa piedade; foi nele que conheceu as profecias relativas à chegada do Messias.
S. Joaquim e Santa Ana, pais de Santa Maria, foram, no seu tempo e nas circunstâncias históricas concretas, um elo precioso do projecto da salvação da humanidade. Por meio deles, chegou-nos a bênção que um dia Deus prometera a Abraão e à sua descendência, pois foi através de sua Filha que recebemos o Salvador. S. João Damasceno afirma que os conhecemos pelos seus frutos: a Virgem Maria é o grande fruto que deram à humanidade.
S. Teresa de Jesus, que costumava por os conventos que findava sob a protecção de São José e Santa Ana, argumentava: “ A misericórdia de Deus é tão grande que por nada deixará de favorecer a casa da sua gloriosa avó”.
Peçamos a São Joaquim e Santa Ana que os lares cristãos sejam lugares onde se encontre facilmente Deus e que a nossa Mãe Maria, envie a Cristo as nossas orações e que as aceite benigno, Ele que se fez filho de Maria.
O que é ser Avó!
Avó é aquela pessoa a que eu chego pertinho e tem sempre uma palavra certinha para tudo o que eu pergunto
No dia das avós, é comum as mais lindas mensagens de amor e carinho, serem enviadas com flores, presentes, surpresas, para aquela que é o melhor privilégio extra que qualquer criança pode ter.
Avó é aquela pessoa de quem eu me aproximo e que tem sempre uma palavra certinha para tudo o que eu pergunto, e parece que a minha pergunta fez com que ela achasse uma resposta que procurava há muito tempo.
Por mais tempo que eu precise, ela tem sempre muito tempo para mim e consegue parar tudo o que fazia simplesmente para me escutar.
E se tenho sono, só ela tem as músicas mais bonitas que já ouvi, e consegue que num minutinho tudo se ajeite e parece que sempre tudo corre sempre muito bem.
Avó é quem tem as receitas mais saborosas e faz os docinhos, biscoitinhos mais cheirosos que já comi.
Ela conta-me coisas que aconteceram com os meus pais, coisas de antigamente, e parece que sabe tudo...e às vezes fico a pensar... será que ela é mesmo velhinha? Acho que não.
Ser avó é mostrar que tem orgulho de mim, como se tivesse recebido uma medalha ou um troféu muito lindo e valioso! Eu! Avó, queria que soubesse quanto me orgulho de ter uma avó tão linda e amiga como você!! Feliz Dia da Avó!