QUEM FOI O PADRE PIO?
Faça a experiência de pedir a intercessão deste santo, que tinha um coração firme, porém, um coração doce. São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!
O Padre Pio, baptizado com o nome de Francisco, nasceu no dia 25 de Maio de 1887 em Pietrelcina, aldeia situada a treze quilómetros da capital e da arquidiocese de Benevento. Foi o quarto filho do casal Grazia Forgione e Maria Giuseppa Di Nunzio. Aos 12 anos recebeu juntos os sacramentos da Crisma e da Primeira Comunhão.
Desde criança já fazia penitência voluntária, nunca brincava e estava sempre rezando em algum lugar um pouco escondido. E assim foi crescendo num ambiente tranquilo, sendo muito amado pelos pais, irmãos, parentes e vizinhos.
Entrou no noviciado aos dezasseis anos, no dia 6 de Janeiro de 1903, na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone. No dia 22 do mesmo mês, vestiu o hábito de franciscano e passou a se chamar Frei Pio de Pietrelcina. Em 27 de Janeiro de 1907 fez a procissão dos votos solenes.
A sua ordenação ocorreu em 10/08/1910, em Benevento. No ano de 1916 precisou, por motivos de saúde, ir para San Giovanni Rotondo onde permaneceu até sua morte.
Sua vida foi dedicada à redenção das almas. Muitas vezes passava quase dezoito horas seguidas em oração, ao longo de um dia. Após a Santa Missa, atendia em confissão os peregrinos, vindos de perto e de outros países.
No campo da caridade social, esforçou-se para aliviar os sofrimentos e fundou a Casa Alívio do Sofrimento), que foi inaugurada em 5 de Maio de 1956.
Desde a juventude não tinha boa saúde. Os últimos anos de sua vida foram de grande sofrimento. Morreu em 23 de Setembro de 1968 com oitenta e um anos.
No dia 2 de Maio de 1999 foi beatificado por João Paulo II, na Praça São Pedro, em Roma. Foi canonizado em 16/07/2002, também por João Paulo II, em Roma.
Detalhes da vida do Padre Pio
O Padre Pio nasceu em Pietrelcina Benevento em 25/05/1887, filho de Horácio Forgione, agricultor e de Josefa de Núncio, dona de casa. Foi baptizado no dia seguinte ao seu nascimento, na Igreja dos anjos de Pietrelcina, com o nome de Francisco.
A VOCAÇÃO RELIGIOSA: A vocação religiosa, q sentira desde os primeiros anos, foi amadurecendo e aos 16 anos, dia 6 de 1903, se dirigiu à Morcone, ao convento do dos capuchinhos; ali, no dia 22 do mesmo mês, foi revestido do hábito franciscano, recebendo o nome do Frei Pio.
Em 18 de Julho de 1909, na igreja do convento Morcone, recebeu o diaconado. Por motivo de saúde, teve de interromper os estudos na família, em Pietrelcina. Não sendo bem vista esta permanência fora do convento, o provincial, padre Benedito de San Marco Lamis, também seu director espiritual, tornou a chamá-lo mandando-o ora para Morcone, ora para Campobasso. Frei Pio, obediente, ia, mas, passado pouco tempo era obrigado a voltar para Pietrelcina.
SACERDÓCIO: Em 10 de Agosto de 1910, foi ordenado sacerdote e no dia 14 do mês celebrou a sua primeira missa em Pietrelcina. Nestes anos, trocou correspondência frequente com os seus dois pais espirituais, Padre Benetto de San Marco in Lanis e Padre Agostinho. Dessa correspondência conhecemos a ascensão espiritual do Padre Pio, entrelaçada de amor e sofrimento. Em 4 de Setembro 1916, o Padre Pio transferiu-se para o convento de San Giovani Rotondo, onde lhe foi confiada a direcção de seminário seráfico.
OS ESTIGMAS: Nos dias 5-7de Agosto de 1918, recebeu o Dom da transverberação e, pouco depois, em 20 de Setembro, o Dom dos estigmas. Tinha suplicado ao Senhor que eles permanecessem invisíveis, mas não foi atendido. Procurei ocultá-los mas não consegui. Por desejo da autoridade eclesiástica, foi submetido a diversas visitas e controle médico.
O CAMINHO DA CRUZ: Em 2 de Junho de 1922, intervém pela primeira vez o Santo Ofício, que, entre 1924 e 1928, enviaram a San Giovani Rotondo três visitadores apostólicos. Em 23 de Maio de 1931, o Santo Ofício suspendeu o Padre Pio de todo o ministério Sacerdotal, com excepção da Santa Missa, que ele devia, no entanto, celebrar na capela interna do convento, somente com o acólito. Ao ser lido o decreto, o Padre Pio ergueu os olhos ao céu e disse: Seja feita a vontade de Deus.
O Padre Pio iniciou, assim, uma vida de completo isolamento.
O PADRE PIO RETOMA O MINISTÉRIO: Dois anos após a proibição, no dia 14 de Julho de 1933, o Santo Ofício devolveu ao Padre Pio a licença para celebrar em público e a faculdade de ouvir confissões. Assim, o Padre Pio iniciou um novo ritmo de vida. Dizia cedíssimo a Santa Missa, que geralmente durava cerca de uma hora e meia. Depois de um longo agradecimento, ouvia confissões de homens e mulheres até ao meio-dia; à tarde, somente as de algum homem, e passava o resto do tempo em meditação.
A CASA SOLLIEVO DELLA SOFFERENZA E OS GRUPOS DE ORAÇÃO: Em 9 de Janeiro de 1940, à noite, na pequena cela de Padre Pio, presentes os doutores Carlo Kiswarday e Mario Sanvico, nasceu a ideia da construção da casa Solievo Della Sofferenza, que posteriormente, no dia 19 de Maio de 1947, se tornou realidade com o início de trabalhos.
Em 26/7/1954 foram abertos os ambulatórios, e em 5/5/1956 a casa foi inaugurada solenemente, com a presença do Cardeal Giacono. Segundo as directrizes do Padre Pio, na casa Sollievo Della Sofferenza, todos deveriam receber o mesmo tratamento, o podre e o rico.
Outra obra altamente espiritual e benéfica, planeada e desejada pelo Padre Pio, foi a fundação dos grupos de oração, que, na intenção do Padre Pio, deveriam ser viveiros de fé, centros de amor, nos quais o próprio Cristo está presente sempre que nos reunimos para a oração, o ágape fraterno, guiados pelos pastores e directores espirituais. Ao mesmo tempo que surgiam e progrediam estas duas grandes obras do Padre Pio, uma para alívio da alma; o Padre Pio, por seu lado, esforçava-se para subir o alto cimo da contemplação por meio de sofrimentos interiores e exteriores. Toda a vida do Pe. Pio foi caracterizado por um fenómeno místico, a chamada "Noite escura".
MAIS SOFRIMENTOS D0 P. PIO: Em 12/5/1947, durante a visita canónica, o padre geral da ordem verificou alguns abusos das ditas mulheres piedosas, na igreja e perto do confessionário do Padre Pio. Deu algumas prescrições para remediar estes abusos.
Por volta de 1960, recomeçavam as queixas, acusações, reclamações, sobretudo por causa do fanatismo de algumas mulheres ciumentas. Finalmente, colocaram-se microfones e gravadores na cela do Padre Pio, na salinha de encontro e no parlatório. Assim, em 30 de Julho de 1960, chegou a San Giovani Rotondo em outro visitador apostólico. Logo depois desta visita canónica, foram determinadas algumas restrições pesadas ao exercício apostólico do P. Pio, que aceitou em espírito de humildade e obediência. No dia 30/1/1964, o cardeal Ottaviani comunicou aos superiores da ordem que o Santo P. Paulo VI desejava que o P. Pio exercesse o seu ministério em plena liberdade.
MORTE DO P. PIO: Em 7/7/1968, o P. Pio teve um forte colapso. Desde então, a sua saúde foi-se agravando. No Domingo, 22/9/1968, celebrou-se solenemente em San Giovani Rotondo, o 50º aniversário dos estigmas do P. Pio, com uma reunião internacional dos grupos de oração. O P. Pio, já extenuado, celebrou missa solene cantada.
Por volta da meia-noite de 22 de Setembro, o estado do Padre Pio agravou-se ainda mais. Ele chamou o superior, confessou-se e recebeu o sacramento da unção dos enfermos. Pediu perdão aos confrades pelos aborrecimentos e escândalos que causara. Quis que o vestissem com o hábito religioso e o colocassem numa poltrona. Expirava santamente por volta das duas e meia da manhã do dia 23/09/1968. Depois da morte foi verificado o desaparecimento dos estigmas sem o menor sinal de cicatrização. Ao cair a noite de Quinta-feira, 26 de Setembro, realizaram-se os funerais solenes. Foi sepultado na cripta da igreja de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo.
O túmulo do Padre Pio é alvo de fiéis e peregrinos que chegam ininterruptamente de todas as partes do mundo, para rezar e pedir graças.
Em 20/3/1983, foi iniciado o processo da beatificação do P. Pio. O tribunal Eclesiástico foi constituído em San Giovanni Rotondo e os trabalhos encerraram no Domingo, 21/1/1990. Em 7 anos, interrogou 73 testemunhas e juntou uma respeitável documentação (104 volumes), que foi entregue à congregação das causas dos santos. No dia 2/5/1999 o P. Pio foi proclamado beato por João Paulo II.
A MISSA DO P. PIO
Naquele altar compreendia-se que a Missa actualiza o Calvário pela identificação de Cristo com o seu ministro.
Na Missa o ministro empresta a sua voz a Cristo, mas o P. Pio crucificado, emprestava-se inteiramente a si mesmo.
“Vede a fama que o P. Pio teve. Porquê? Porque dizia a Missa humildemente”, afirmava o Papa Paulo VI.
Começava às 8h e terminava às 12h. “Se fosse por mim, não descia nunca do altar” – P. Pio
A Preparação – Dividia o dia em preparação e acção de graças: o homem, a vida, o tempo, tudo pela sua missa. A vida de Nosso Senhor foi toda projectada para o Calvário. E o P. Pio disse: A minha vida não é senão um passar do altar do sacrifício ao altar dos holocaustos. E a minha Missa não é senão a agonia de Jesus na Cruz”.
As leituras – Padre, porque chora quando lê o Evangelho? “E parece-te pouco um Deus que conversa com as suas criaturas? E que seja por elas contradito? E que seja continuamente ferido pela sua ingratidão e crueldade?”
O Ofertório – Neste momento recolhia todo o amor divino dos corações humanos, unia-o ao seu sofrimento, com as fadigas do trabalho, das doenças, das angústias interiores e tudo oferecia a Deus juntando-se a si mesmo. Ficava transformado num voluntário cireneu
O Sanctus – A Missa exprime a oração mais alta e mais completa da humanidade de Cristo, e com Cristo, sobre o altar, está presente todo o Céu. O Céu e a terra enchem-se da glória de Deus neste hino. Está ali também Nossa Senhora. E todo o mundo celeste, e toda a humanidade: Céu e terra estão à volta do altar.
O Memento – Recordar as pessoas e as suas necessidades humanas e espirituais, como Nossa Senhora em Caná.
A Consagração – “Aqui acontece uma nova e admirável destruição e ocasião”. Nova destruição do homem, P. Pio; era a sua consumação unida ao consumatum est.
O P. Pio, aqui, participava na tragédia do gólgota: Jesus abandonado pelo seu Pai, só, sem a sua Mãe, no êxtase da dor durante 3 horas de agonia, na cruz, até à morte. Até à comunhão era um crescendo constante que ia até à consumação.
A Comunhão – Jesus homem-Deus, corpo e alma faz unidade com quem O recebe, num amplexo e fusão que é afectiva, redentora, expiadora e salvífica.
Portanto, a Comunhão é vida que vem a nós, derivada de Cristo morto por nós com aqueles que, com Ele, foram vítimas expiadoras. Que mistério!
- Jesus quando vem só visita a alma? – Visita todo o nosso ser.
- Que faz Jesus na Comunhão? – Delicia-se na sua criatura.
- A Comunhão é uma incorporação? – É uma fusão, como duas velas se fundem ao mesmo tempo e depois não se distinguem.
- Na Comunhão também sofre? – É o ponto culminante.
- Depois da Comunhão continuam os sofrimentos? – Sim, sofrimentos amorosos.
- Onde pôs Jesus moribundo, o seu último olhar? – Sobre a sua Mãe.
A Acção de graças – Cerca de dez minutos. Absorto no seu amor intimo, na fusão virginal e nupcial da sua alma com Jesus esposo.
A melhor acção de graças da Comunhão é oferecer uma Santa Missa.
A CONFISSÃO
A Confissão tem como efeito primário a força de tirar a culpa ao pecador. E o P. Pio, cópia de Cristo, com Cristo levava sobre os ombros a humanidade...os pecados dos outros...era vítima pelos pecadores, isto é, gravava no seu espírito um terrível e indefinido sentido de culpa que o levava a definir-se o maior pecador do mundo. Por isso ele se confessava com frequência para sentir alívio e um “calmante” de que sentia necessidade.
O mais pequeno pecado é sempre coisa horrível diante de Deus. Nos últimos anos confessava-se todas as manhãs, antes de ir para o altar. E quando lhe mudaram o confessor, não teve força para enfrentar o altar, e não houve Missa.
A confissão dos outros – Levava os penitentes a chorar as lágrimas mais amargas sobre os próprios pecados. Recorda-te de viver sempre na presença de Deus, na graça de Deus e no amor de Deus.
Nossa Senhora está sempre junto do crucifixo, dizia.
Ofereceu a Nossa Senhora uma catedral cheia de almas marianizadas.
Ensinava a rezar o Terço com atenção: na presença de Maria, no amor e na dor com que Ela participou nos 20 acontecimentos divinos propostos no Rosário à nossa contemplação. Cada Terço pode salvar uma alma, dizia.
SOBRE O MATRIMÓNIO – “Quando te casaste, Deus decidiu quantos filhos te devia dar”.
ADORAÇÃO A JESUS SACRAMENTADO
Oração recitada pelo Pe. Pio, na visita ao Santíssimo Sacramento:
Senhor Jesus Cristo, que por amor dos homens, habitais noite e dia no Sacramento, esperando, chamando, acolhendo todos aqueles que vos vêm visitar, eu creio que estais realmente presente nesse Tabernáculo; adoro-vos, abismado que estou no meu nada e agradeço-Vos por tantas graças que me haveis concedido, especialmente a de vos ter dado a mim, de me terdes dado por advogada Maria, a vossa Santa Mãe e de me terdes chamado a visitar-Vos nesta igreja.
Saúdo o vosso adorável Coração e espero saudá-lo por um triplo fim; primeiro, em agradecimento por esse dom magnífico; segundo, em compensação de todas as injúrias que Vos fazem os vossos inimigos, neste Sacramento; terceiro, quero por esta visita adorar-Vos em todos os recantos da terra, onde a vossa presença eucarística é menos venerada e mais abandonada.
Meu Jesus, amo-vos de todo o coração; lamento ter no passado ofendido tanta vez a vossa bondade infinita. Proponho com a vossa graça não Vos tornar a ofender para o futuro e no presente, e apesar da minha miséria, consagro-me inteiramente a Vós; renuncio à minha vontade e dou-vo-la toda inteira bem como as minhas afeições, os meus desejos e tudo o que me pertence.
Fazei de mim, daqui para diante, bem como dos meus bens, tudo o que Vos aprouver. Não peço nem desejo senão o vosso amor, a perseverança final e a perfeita submissão à vossa vontade.
Recomendo-Vos as almas do purgatório, especialmente as que mais devotas foram do Santíssimo Sacramento e da Santíssima Virgem. Recomendo-vos também todos os pobres pecadores.
Uno, enfim, ó meu Salvador, todas as minhas afeições às do vosso Adorável Coração e ofereço-as ao Pai Eterno, pedindo-lhe para as aceitar e acolher por vosso amor. Assim seja.
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ORAÇÃO AO SANTO PADRE PIO Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão do vosso Filho, por sua intercessão, dai-me a graça... que tanto desejo; e sobretudo concedei-me unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressureição. Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória...
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O corpo do Padre Pio está quase intacto
e será exposto para visitação
Os restos mortais de Padre Pio, um dos santos mais populares da Itália, foram exumados nesta segunda-feira, 3, em San Giovanni Rotondo. Foi verificado boa conservação do corpo e algumas partes estão intactas.
O túmulo foi aberto no domingo depois de uma breve cerimônia, presidida pelo arcebispo Domenico D'Ambrosio, com a presença dos padres capuchinhos e dos médicos e técnicos que vão fazer o reconhecimento do corpo. A exumação foi feita no período da noite e mantida em sigilo para evitar a chegada de uma multidão de fiéis.
O santuário de Padre Pio é um dos mais visitados da Itália e recebe milhões de fiéis todos os anos. Segundo o arcebispo, algumas partes do corpo estariam intactas e o resto do corpo está bem conservado. Os restos do santo serão reconhecidos oficialmente pelas autoridades do Vaticano e depois analisados para constatar seu estado de conservação. Antes da exibição, o corpo deve passar por um tratamento para mantê-lo em boas condições.
O corpo de São Pio de Pietrelcina deverá ser exposto aos fiéis a partir do dia 24 de abril, em comemoração dos 40 anos de sua morte e pelos 90 anos do aparecimento dos estigmas.
O CORPO DO PADRE PIO EM BOM ESTADO | ![]() | ![]() | ![]() |
O corpo do Padre Pio foi visto por milhares de pessoas
O corpo do Padre Pio, em bom estado de conservação 15 mil pessoas peregrinaram no dia 24 de Abril a San Giovanni Rotondo, sul da Itália, para assistir à cerimónia que antecedeu a exibição dos restos mortais do Padre Pio, um dos santos mais venerados do país, canonizado em 2002 por João Paulo II. A iniciativa assinala o 40º aniversário da morte do Santo. Na Celebração Eucarística, presidida pelo Cardeal José Saraiva Martins, os presentes foram convidados a "adorar em silêncio o mistério deste Santo". O corpo, sepultado em Setembro de 1968, quatro dias depois da sua morte, foi exumado em Março passado, no santuário de San Giovanni Rotondo, por uma comissão médica, em bom estado de conservação, sem sinal dos famosos estigmas, que apareceram em 1911 e desapareceram pouco antes da sua morte. Dom José Saraiva Martins, prefeito da Congregação para a Causa dos Santos, disse que hoje se inaugurou "um período particularmente intenso de peregrinação", colocando em evidência o significado da morte e das relíquias. O SANTO PADRE PIO e O ANJO DA GUARDA O Padre Pio tinha uma devoção muito especial, delicada e respeitosa pelo Anjo da guarda. O seu ‘pequeno companheiro de infância’, ‘o bom anjinho’, ajudou-o sempre. Foi amigo obediente, fiel, pontual, que, como grande mestre de santidade, exerceu sobre ele um estímulo continuo a progredir no exercício de todas as virtudes.
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Relato inédito da
estigmatização do Padre Pio
«Eu te associo à minha Paixão»: um dom de graça para a «saúde» dos irmãos
O Padre Pio de Pietrelcina recebeu em 1918 os estigmas de Jesus Crucificado, que numa aparição o convidou a unir-se à sua Paixão para participar na salvação dos irmãos, em especial dos consagrados.
Este elemento particular foi conhecido graças à recente abertura dos arquivos do antigo Santo Ofício de 1939 (actual Congregação para a Doutrina da Fé), que guardam as revelações secretas do frade sobre factos e fenómenos nunca contados a ninguém.
Agora saíram à luz no livro «Padre Pio sotto inchiesta. L’autobiografia segreta» (Pe. Pio indagado. A auto-biografia secreta, N. do T.), com prólogo de Vittorio Messori, e preparado pelo sacerdote italiano Francesco Castelli, historiador para a causa de beatificação de Karol Wojtyla e professor de História da Igreja moderna e contemporânea no ISSR «R. Guardini», de Tarento (Itália).
Até hoje parecia, de facto, que o Padre Pio, por pudor ou talvez por se considerar indigno dos extraordinários carismas recebidos, não teria revelado a ninguém o que aconteceu no dia da sua estigmatização.Só existe um dado a respeito disto, que se encontra numa carta enviada ao seu director espiritual, o Pe. Benedetto de São Marco in Lamis, quando fala da aparição de um «misterioso personagem», mas sem deixar transluzir outros detalhes.
O livro, que oferece pela primeira vez a informação na íntegra, redigido por Dom Raffaello Carlo Rossi, bispo de Volterra e Visitador Apostólico enviado pelo Santo Ofício para «inquirir» em segredo o Padre Pio, declara finalmente que o santo de Gargano teve um colóquio com Jesus crucificado.Dom Rossi foi o único representante de uma congregação Vaticana encarregado de estudar os estigmas do Padre Pio. E pronunciou-se favoravelmente, considerando que a sua origem era divina.
Uma segunda fonte autobiográfica do Padre Pio, prestada sob juramento, foi acrescentada ao seu epistolário, oferecendo as chaves de leitura adequadas para conhecer a personalidade e a missão de «sacerdote associado à Paixão de Cristo» do frade com os estigmas.Chamado a responder jurando sobre o Evangelho, pouco depois dos fenómenos místicos, o Padre Pio revelou pela primeira vez a identidade daquele que o estigmatizou.
Em 15 de Junho de 1921, por volta das 17 horas, interrogado pelo bispo, o Padre Pio respondeu assim: «Em 20 de Setembro de 1918, depois da celebração da Missa, ao entreter-me para fazer a acção de graças no Coro, a dado momento fui assaltado por um grande tremor, depois voltei a ter calma e vi NS (Nosso Senhor) com a postura de quem está na cruz».
«Não me teria impressionado se tivesse a Cruz, lamentando-se da falta de correspondência dos homens, especialmente dos consagrados a Ele e, por isso, mais favorecidos.» «Assim – continua seu relato – se manifestava que ele sofria e que desejava associar as almas à sua Paixão. Convidava-me a compenetrar-me com as suas dores e a meditá-las: ao mesmo tempo, a ocupar-me da saúde dos irmãos. Imediatamente senti-me cheio de compaixão pelas dores do Senhor e perguntei-lhe o que podia fazer.»
«Ouvi esta voz: ‘Eu te associo á minha Paixão’. E logo depois, desaparecida a visão, voltei a mim, recobrei a razão e vi estes sinais aqui, dos quais pingava sangue. Antes não tinha nada.» O Padre Pio revela, portanto, que a estigmatização não foi resultado de um pedido seu, mas um convite do Senhor, que, lamentando-se da ingratidão dos homens, particularmente dos consagrados, tornava-o destinatário de uma missão, como cume de um caminho de preparação interior e mística.Por outro lado, explica o autor do livro, «o tema da falta de correspondência dos homens, particularmente daqueles que haviam sido mais favorecidos por Deus, não é novo nas revelações privadas do capuchinho».
De facto, o Padre Pio relatou que numa aparição, no dia 7 de Abril de 1913, Jesus, com «uma grande expressão de desgosto no rosto», olhando para uma multidão de sacerdotes, disse-lhe: «Eu estarei em agonia até ao fim do mundo, por causa das almas mais beneficiadas por mim». Francesco Castelli afirma que «há um aspecto decisivo no facto de que não haveria um pedido dos estigmas por parte do Padre Pio. Isto dá-nos a entender a liberdade e a humildade do capuchinho, que não mostrava absolutamente nenhum interesse em mostrar as feridas».
«A humildade do Padre Pio transluz-se também na sua reacção, ao recobrar os sentidos: os sinais da Paixão marcados na sua carne – sublinha o historiador –. Uma vez concluída a cena mística, ele não fala dela. Não faz nenhum comentário.»Das conversas, da sua correspondência, das testemunhas interrogadas por Dom Rossi e inclusive da sua informação desprende-se o facto de que o Padre Pio sentia desgosto pelos sinais da Paixão, que tentava escondê-los e que sofria por ter de os mostrar pelos contínuos pedidos do visitador apostólico.
A ferida do lado e a sexta chaga do patibulum crucis
O livro refere também as conclusões de Dom Rossi aos reconhecimentos realizados sobre os estigmas do Padre Pio, efectuados pessoalmente por ele, dos quais se tinha notícia só em parte, e que oferecem grandes novidades, especialmente no que diz respeito à morfologia da ferida do lado e a suposta sexta chaga das costas.Na sua informação, o visitador revela que as feridas do Padre Pio não se fechavam, não cicatrizavam. Permaneciam inexplicavelmente abertas e sangrando, apesar de o frade ter deixado de as untar com tintura de iodo para tentar conter o sangue.
«A descrição de Dom Rossi sobre o estigma do lado é decididamente diferente das daqueles que o precederam e dos que o seguiram. Não lhe é apresentado como uma cruz inclinada ou inclusive obliqua, mas como uma ‘mancha triangular’ e, portanto, de contornos definidos.»Na acta do exame, o bispo de Volterra, contrariamente ao que revelam outros médicos, sustenta que «não há aberturas, cortes ou feridas» e que em tal caso «se pode supor legitimamente que o sangue saia por exsudação», ou seja – explica Castelli – que se tratava de «material sanguíneo que saiu por uma forma de hiper-permeabilidade das paredes dos vasos».«Isto testemunha a favor da sua autenticidade – explica o historiador –, porque o ácido fénico, que segundo alguns teria sido utilizado pelo Padre Pio para produzir as chagas, uma vez aplicado, acaba por consumir os tecidos, inflamando as áreas circundantes.»
«É difícil pensar que o Padre Pio tivesse estado em grau de se produzir estas feridas durante 60 anos e de forma constante», comenta Castelli.«Das chagas desprendia-se também um perfume intenso de violeta em vez do odor fétido causado pelos processos degenerativos, pelas necroses dos tecidos, ou pela presença de infecções.»
Outro elemento digno de menção é o facto de o Pe. Pio ter confessado abertamente não ter outros sinais visíveis da Paixão fora dos das mãos, dos pés e do lado, excluindo a existência de uma chaga à altura do ombro onde Jesus levava a cruz, da qual fala uma oração atribuída a São Bernardo.Antes, no entanto, haviam surgido hipóteses sobre a sua existência, especialmente sobre a base das revelações a respeito disso do cardeal Andrzej Maria Deskur, que numa entrevista havia falado sobre um encontro, em São Giovanni Rotondo, em Abril de 1948, entre o então sacerdote Karol Wojtyla e o frade estigmatizado.
Segundo Castelli, «esta revelação fixa agora em 1921 o limite antes do qual não se pode subir ao atribuir ao Padre Pio a existência de qualquer outro sinal da Paixão».
ORAÇÃO a SÃO PIO de PIETRELCINA (PADRE PIO)
Ó Deus, que doastes a São Pio de Pietrelcina, sacerdote capuchinho, o insigne privilégio de participar, de modo admirável, da Paixão de vosso Filho, por sua intercessão, dai-me a graça... que tanto desejo; e, sobretudo, concedei-me unir-me à Paixão de Jesus, para depois chegar à Sua gloriosa ressurreição.
Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória ao Pai.