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A Mulher

Preferiu ficar cega a interromper uma gravidez

A mulher que preferiu continuar cega a interromper uma gravidez

O exemplo dela inspirou um filme

Márcia Bonfim Vieira, tinha 15 anos e ficou grávida. Dois meses depois, foi acometida por uma cegueira provocada por uma uveíte, doença que causa inflamação nos olhos. A jovem, então, tinha uma escolha a fazer: continuar com a gravidez ou interrompê-la para fazer uma cirurgia e voltar a ver.

 “Eu tinha consciência que dentro de mim existia uma vida que dependia de mim para viver, e isto deu-me muita força”, disse a mulher.

Márcia escolheu ser mãe, mesmo que isto lhe custasse a visão. “Em nenhum momento me sinto uma super mãe por esta decisão. Fiz o que deveria fazer”, acrescentou.

De acordo com a Márcia, todos os médicos a orientaram para que abortasse. “Eles disseram que o bebé também poderia nascer com alguma deficiência, o que dificultaria as coisas para mim por eu ser nova. Mas não achei nada complicado”, concluiu.

Vinte anos depois disso, Márcia teve outra filha: “Sou totalmente a favor da vida, viver é uma dádiva de Deus. Eu amo viver. Aprendi a ver o mundo de outro ângulo”, comenta a mãe-coruja, que, hoje, também é atleta paralímpica de golbol.

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