A violência contra a mulher
A espiritualidade é um caminho para transformar os homens diminuindo a violência contra a mulher
O Papa Francisco, numa entrevista, sublinhou a importância e necessidade de se buscar novos modos de participação da mulher na vida da Igreja. Uma sinalização esperançosa que pode fazer grande diferença no contexto eclesial, mas também uma indicação que deve desencadear um processo mais abrangente de mudança, com incidências em toda a sociedade. É preciso superar, sobretudo, um grave problema social, que infelizmente ocorre com muita frequência no contexto das famílias: a violência contra a mulher. Diante de todos, está esta chaga terrível, que aflige pessoas e atormenta ambientes familiares, com impactos incalculáveis, tanto na vida das vítimas como no contexto social mais amplo.
Os crimes contra as mulheres são praticados quase sempre por parceiros e ex-parceiros. E tudo isto acontece por questão de género, simplesmente porque é mulher. São geralmente abusos familiares, com consequentes prejuízos na consistência do tecido social. Ora, incontestável, hoje, é a convicção de que a família é célula vital da sociedade, e a agressão contra a mulher é também violência contra esta instituição.
Comprometidos os vínculos naturais de afeto, todos sofrem com prejuízos sem proporção. As consequências são muitas e de variados tipos, atingindo todos os membros de uma família. Instala-se um clima de irresponsabilidade geral, abrindo espaço para vícios como o alcoolismo, outras dependências químicas e o consequente comprometimento do sentido de cidadania. Aqueles que agridem as mulheres são, pois, perigosos no contexto familiar, mas também oferecem riscos para toda a sociedade.
A espiritualidade é um caminho eficaz para mudar ambientes familiares
Assim, o equilíbrio familiar deve tornar-se meta a ser alcançada permanentemente. Reconhecendo a centralidade da família, é preciso encontrar caminhos para reverter este quadro abominável de violência. Estamos conscientes que a espiritualidade é um caminho eficaz para mudar ambientes familiares, pela transformação mais profunda dos homens.