Um sacerdote brasileiro conta o seguinte: No 1º de Novembro, festa de Todos os Santos, encontrava-me na capela, nas margens do rio Maroim, no estado de S. Catarina. O dia era de calor. O horizonte ia-se cobrindo de nuvens escuras, ameaçando chuva. O vento assobiava, quando veio a correr para mim um jovem, que me disse:
A tempestade aproxima-se. Moro a três quilómetros de distância. Tenho pressa de voltar para casa. Amanhã, é dia de finados. Desejava comungar pelas almas do purgatório. O Senhor padre não poderá confessar-me? Tenho pressa. - Pois, sim, meu filho! O rapaz confessou-se na capela e correu, em seguida, para casa, procurando escapar ao furacão. No dia seguinte, na comemoração dos Fiéis Defuntos, este jovem encontrava-se na missa. No fim, acompanhou a procissão ao cemitério e regressou satisfeito para sua casa. Passando à beira do rio, escorregou numa pedra e caiu para dentro da água, de onde foi retirado cadáver. No dia 3 de Novembro, procedeu-se ao enterro. A terra acolheu os restos mortais do jovem que teve pressa em se confessar pela última vez, em preparação para a morte repentina e inesperada.