Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

A IGREJA

Tu conheces a Igreja Católica?

A Igreja Católica congrega, além dos dogmas e cânones fundamentais, um conjunto significativo de conceitos, nomes e classificações. Conhecê-los e entendê-los é muito importante.

Passados mais de dois mil anos da sua fundação, a Igreja Católica congrega, além dos dogmas e cânones fundamentais, um conjunto significativo de conceitos, nomes e classificações. Conhecê-los e entendê-los é de grande valia para todo o católico e principalmente para o leigo.

A organização hierárquica costuma passar desapercebida ao entendimento do fiel, tanto os nomes usados para as estruturas físicas, como a ordenação dos cargos. Nada é por acaso, e sendo, como já referido, uma instituição milenar, os parâmetros usados são bastante sólidos, pois a pedra angular da qual tudo provém é Jesus Cristo.

Arcabouço

A começar pelo arcabouço, temos as seguintes diferenças:

Basílica – Igreja de grande porte, possuidora de relíquias de alguns santos, e que possui grande influência sobre determinada região geográfica, além de ter um acentuado carácter espiritual que exerce sobre religiosos e leigos de uma jurisdição eclesiástica. Um exemplo bem conhecido é a própria Basílica de São Pedro, no Vaticano.

Catedral – São as Igrejas “mães” das Dioceses, ou seja, a Igreja principal, que possui a liderança do Bispo, que exerce domínio sobre os párocos das igrejas da sua diocese,  repassando, com a sua autoridade eclesiástica, as directrizes firmadas pelo Papa.

Nas Catedrais costuma estar também a cripta, que é localizada na parte subterrânea da Igreja, onde são sepultados os bispos diocesanos que passaram pela diocese. A cripta é sobretudo um local de oração e silêncio. 

Igreja – A igreja é o local da pregação dos ensinamentos de Jesus Cristo. É o organismo visível da união entre Deus e os homens. O termo “igreja” vem do latim ecclesia, que tem o sentido de “assembleia, reunião”. As catedrais e basílicas também são igrejas, mas nem toda a igreja pode ser considerada uma catedral ou basílica.

Capela – Templo que tem, normalmente, só um altar, caracterizada pela sua modesta estrutura física, onde o padre exerce as suas funções, normalmente de forma itinerante. A capela está subordinada e pertence a uma determinada paróquia.

Paróquia – Subdivisão territorial que determina uma comunidade de fiéis. De acordo com o Código de Direito Canónico, a paróquia pode ser definida como: “uma determinada comunidade de fiéis, constituída estavelmente na Igreja particular. O seu cuidado é confiado ao pároco, como seu pastor próprio, sob a autoridade do bispo diocesano”.

Santuário – Igreja ou paróquia digna de apreço pelas relíquias que contém, normalmente do padroeiro de uma cidade ou Estado, pela afluência de devotos ou sinais visíveis de grandes graças aí obtidas.  O local ganha esse título por ser preparado e específico para a peregrinação, na busca dos sinais da experiência de fé, porque ali acolhe muitas pessoas para celebrações eucarísticas, para o atendimento sacramental, para o aconselhamento, sendo um local de afluxo de peregrinos e de romarias.

Hierarquia

Quando falamos de hierarquia da Igreja Católica acerca dos cargos e o modo de autoridade que cada um exerce, há um desconhecimento ainda maior, gerando, em muitos casos, até mesmo um preconceito pela análise equivocada dos motivos que sustentam toda a organização. Portanto, antes de fazer qualquer juízo de valor, é necessário primeiramente ter conhecimento da estruturação institucional da parte visível da Igreja e perceber que toda essa engrenagem tem como válvula mestra o projecto de salvação inaugurado por Jesus na Cruz Redentora.

Facto é que essa hierarquia tem fundamento nas Sagradas Escrituras e à frente de todo este grupo, encontra-se Pedro, escolhido pelo próprio Cristo, como chefe da Igreja Católica. Tal primado possui como fundamento o facto de que, tendo Jesus constituído os Apóstolos como enviados seus para pregar o Evangelho, para que o mesmo permanecesse uno e indiviso em si, apesar de serem muitos os anunciadores, Cristo instituiu o princípio e o fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e de comunhão da Igreja. Com isso, Pedro torna-se vigário de Cristo, cabeça visível da Igreja, e, unido aos apóstolos, é quem governa a casa de Deus vivo.

A Igreja Católica foi fundada sobre uma pedra, é fincada numa só raiz, num só chão, mas a sua configuração e estruturação deveriam chegar a todo o lugar, até aos confins da Terra. E, para tanto, era necessário um ordenamento. 

Assim, se tomarmos, como exemplo, um bispo católico ordenado de uma diocese qualquer, vermos qual foi o bispo que o ordenou, e seguirmos numa regressão sucessiva na pesquisa de qual bispo ordenou qual bispo no passado, chegaremos, sem sombra de dúvida, até aos Apóstolos. Todos os Bispos sucedem aos Apóstolos como pastores da Igreja; quem os ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou Cristo (cf. Lc. 10,16).

Funções

Antes de delimitarmos, de modo claro, os diferentes graus da hierarquia da Igreja Católica convém salientar que, no que concerne à dimensão do Sacramento da Ordem, há somente 3 graus: primeiro grau, o diaconado; segundo grau, o presbiterado; e, terceiro grau, a plenitude do sacramento, que é o episcopado. Agora, vamos às funções:

Papa – O bispo da Igreja de Roma, no qual perdura o múnus concedido pelo Senhor singularmente a Pedro, primeiro dos Apóstolos, para ser transmitido aos seus sucessores, é a cabeça do Colégio dos bispos, Vigário de Cristo e aqui na terra Pastor da Igreja católica

Bispos – por divina instituição, são os sucessores dos Apóstolos, e são, por isso, os pastores da Igreja. São eles os mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e ministros do governo. A sua missão de ensinar, governar e santificar a Igreja só pode ser exercida dentro da comunhão hierárquica com a cabeça da Igreja e com os membros do Colégio. Os bispos são chamados diocesanos caso lhes seja entregue os cuidados de uma diocese. Os outros são chamados titulares. Quem nomeia e escolhe os bispos é o próprio Papa, ou, é ele quem confirma os que foram legitimamente eleitos.

Arcebispos – é o bispo que preside à província eclesiástica metropolitana (cf: CIC 435). São, em geral, as dioceses mais antigas das quais surgiram outras dioceses menores. O arcebispo tem um papel mais de honra e de organização, e, eventualmente, quando as circunstâncias o exigirem, é chamado a intervir nas chamadas dioceses sufragâneas (dioceses vizinhas à arquidiocese, que participam de uma mesma província eclesiástica).

Presbíteros – Constituem estes o segundo grau do sacramento da ordem. Os presbíteros possuem a dignidade de agir, de modo íntimo, in persona Christi, ou seja, na administração dos sacramentos, sobretudo na Celebração do Santo Sacrifício da Missa e no Sacramento da Confissão. Dentro do presbiterato há, sobretudo nas dioceses, alguns títulos que são, na sua maioria, títulos honoríficos ou que designam uma função específica na diocese, como o Pároco, que é o pastor próprio da paróquia a ele confiada. É o responsável, administrativamente, canonicamente e espiritualmente, pelo pastoreio do território a ele confiado. (cf. CIC 519).

Diáconos – O primeiro grau da ordem, diaconal, tem raízes, também, na própria Escritura e Tradição. Ora, em Atos dos Apóstolos vemos a eleição dos sete primeiros diáconos, tendo já lá, por ministério e função, a assistência aos órfãos, às viúvas e aos pobres, e o serviço à mesa, para que os apóstolos e os anciãos não descuidassem a oração e a pregação da Palavra.

Conhecer a estrutura da instituição na qual o católico se insere e defende também é missão no combate contra falácias propagadas que só visam o esmorecer da Igreja. E o conhecimento é arma poderosa contra o mal.

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