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A Família

Sereis uma só carne

 

Sereis uma só carne

 

“Por isso o homem deixa a casa de seu pai, une-se à sua mulher e tornam-se uma só carne” (Gn 2, 24)

 

Como Deus quis que nós existíssemos, Deus fez um plano, um projecto. E qual é o nome desse projeto? Família – este é o nome desse projeto. São João Paulo II disse que a família é o santuário da vida, chamava também património da humanidade; o Concílio Vaticano II chamou à família Igreja doméstica.

 

A família nasce no casamento, e por isso o primeiro milagre de Jesus aconteceu durante um casamento, nas Bodas de Caná. Jesus transformou seis talhas de água. Tanta água, porque os judeus festejavam o casamento durante sete dias.

 

João Paulo II disse na sua Carta às famílias que as famílias estão ameaçadas, a começar pelo divórcio, e agora vem a ideologia de género dizer que não existe o sexo, não existe homem ou mulher. Como se, na nossa natureza, Deus não tivesse definido o homem e a mulher. O cromossomo que identifica a mulher é XX e o homem é XY, não existe cromossomo XZ ou XW ou etc. Isto é uma ideologia maluca, ensinando que não existe sexo como se nós fôssemos pessoas que não pensam.

 

Nós, cristãos católicos, temos o dever diante de Deus de dizer “não” a tudo o que destrói as famílias, não aceitamos que a família de Deus seja destruída. Deus fez o homem e fez a mulher diferente, para ser complemento do homem.

 

Por que é que Adão chamou à mulher ‘mulher’? Porque na tradução, ‘mulher’ é homem em hebraico. Deus quando viu Adão e Eva felizes, então disse ao casal: “Por isso o homem deixa a casa de seu pai, une-se à sua mulher e tornam-se uma só carne”. (Gn 2, 24)

 

O projeto de Deus é que o homem e a mulher sejam uma só carne. Quando Deus disse “uma só carne”, Ele diz: “Vós sereis duas pessoas unidas, um casal profundamente unidos entre si”. 

 

Ser unido não é só estar junto. Há casais que estão juntos há trinta anos ou até mais, mas não estão unidos. Por exemplo, se olharmos para um saco de batatas, percebemos que elas estão juntas no saco, mas se deitarmos o saco no chão elas espalham-se; diferente, por exemplo, do café com leite, que não estão apenas juntos, mas estão unidos, uma vez que ninguém consegue separar o café e o leite depois que os misturam.

 

O leite está inteirinho ali e o leite também, no entanto, eles formaram um novo produto mas não se separam; como o casamento, que é uma unidade, feita em Deus.

 

Por isso Deus fala para não separar o que Ele uniu porque não há como separar.

 É importante saber que se o casamento não for de livre e espontânea vontade ele não é válido, Deus não une; mas quando o casal casa sem dúvidas, sem ameaças, sem chantagem, nem o Papa o separa.

 

Mas nós sabemos que a carne é fraca e o pecado entrou também no casamento. Há muita coisa que separa o casal e temos que lutar para que não se separe um casal.

 

A coisa mais importante na vida de um casal é Deus, porque foi Deus que uniu. Um casal que reza, que vai à missa, que reza juntos o terço, dificilmente se separa. Um casal que não tem Deus, não tem fé, o demónio consegue separar.

 

A carne é fraca e precisa de ser fortalecida pela graça de Deus.

 

O que separa um casal?

 

Por exemplo, uma das coisas que faz separar o casal é a mentira porque ela corrói a unidade, a fidelidade e a confiança. O pai da mentira é o demónio. É pela mentira que o demónio acaba com muitos casamentos. Um padre exorcista disse que o demónio tem ódio a um casal que se ama. O demónio separa o casal. Pensa no seu coração: Será que eu ando a mentir ao meu esposo/esposa? Renuncia à mentira.

 

Outra coisa que separa o casal muitas vezes é o dinheiro. Disse um psicólogo que o que separa o casal é o dinheiro que sobra e não o que falta. Entre o casal, o dinheiro é “nosso”. É preciso pensar juntos o que fazer com o dinheiro. Temos que entender que num casamento não pode existir a primeira pessoa no singular: eu, meu… temos que trocar por: nós, somos… Por exemplo: Vamos ou não vamos trocar o carro? Vamos ou não vamos comprar uma casa? Até digo que seria mais interessante no casamento se na hora de comprar uma camisa ou um vestido, leves o teu esposo/esposa para dar a sua opinião. Se ele/ela não gosta, não compres. A primeira pessoa a quem tenho que agradar é ao meu esposo ou esposa.

 

Outra que separa muitos os casais é a reprovação. Acusar, apontar o dedo é muito perigoso. A palavra demónio significa “acusador”. Marido e mulher não podem andar a acusar-se mutuamente. É preciso saber chamar a atenção do outro com delicadeza. Uma forma de corrigir o outro é, em primeiro lugar, rezar por ele ou ela antes de conversar; segunda coisa: escolher a hora certa, deixar a pessoa acalmar-se; terceira coisa é saber o lugar certo. Não faças isso na frente de outras pessoas, é indelicado. Se precisas de dizer algo tem que ser no quarto com as portas fechadas, só tu e ele/ela; as crianças não têm que ouvir. O casal não tem que discutir, tem que dialogar. Quando o casal está nervoso, há guerra, quando está calmo fala-se com amor; quarta coisa: escolher o modo certo de falar. As pessoas extrovertidas, sanguíneas começam logo a explodir. Começa devagar. O segredo para corrigir do modo certo é antes de apontar um defeito apontar primeiro uma qualidade. Isto funciona como uma anestesia do ego porque ninguém gosta de ser corrigido, porque somos orgulhosos. Um ensinamento muito importante: temos a péssima mania de ver nas pessoas primeiro os defeitos e somente depois as qualidades. Ninguém põe apelido no outro pela qualidade, são todos a partir de defeitos. Então, cuidado! Antes de apontar um defeito à pessoa, mostra uma qualidade. Isto faz bem à pessoa.

 

A falta de consideração, ou seja, a displicência faz mal ao casal. Esta displicência é falta de atenção, de carinho. Os psicólogos dizem que no casamento os casais devem dizer, ao menos uma vez ao dia, um ao outro, uma palavra carinhosa porque isto é como a água que pões na planta para ela crescer. Se não colocares água, ela morre. Dê um pouco de amor todo dia ao teu esposo/esposa para que a planta do amor não morra. Posso até ser displicente com os outros, mas não posso ser displicente com a minha esposa/meu esposo. Por que é que muitos casais não estão bem na vida sexual? Porque falta amor. Sexo é manifestação de amor, onde se celebra o amor do casal. O que acontece com um casal que não tem amor? O ato sexual não tem harmonia. E a mulher é extremamente sensível no ato sexual, muito mais que o homem. Foi Deus quem nos fez assim. E por que é que a mulher é tão sensível em relação ao sexo? O homem oferece amor para receber sexo e a mulher oferece sexo para receber amor. Muitos casais estão com a vida sexual arrebentada por causa da falta de amor.

 

Até a religião pode separar um casal. Não deixes que a diferença de religião seja motivo de briga. A esposa pode dizer: “O meu marido não me deixa ir ao grupo de oração”. Então não vás ao grupo de oração, e diz-lhe que não vais para não causar zanga entre vós, mas que ele vai responder diante de Deus por não te deixar ir.

 

As comparações também podem separar um casal. Cada casal é único. A beleza de um casal é ser exatamente único.

 

Outra coisa que separa o casal é o temperamento. A minha esposa era completamente diferente de mim. Ela não era de estudar e nem de pregar. Ela gostava de uma boa conversa na cozinha. Mas, nós entendemo-nos bem porque houve aceitação.

 

O que Deus disse? Crescei e multiplicai-vos. Isto faz um casal feliz!

 Não tenham medo de ter filhos porque os tempos estão difíceis. Onde está a nossa fé? Medo, é falta de fé.

 

São João Paulo II disse: Não tenham medo da vida. A Igreja fala da paternidade responsável. Então se podes ter 2 filhos, tem 2. Se podes ter 8, tem 8… mas tem os teus filhos. O Papa Francisco disse: tem os filhos que puderes criar.

 

Quando Deus nos dá algo, Ele só dá coisa boa! Então se Deus nos diz: “crescei multiplicai-vos”, Ele está a dar algo que te vai deixar feliz.

 

Quando nós chegarmos ao Céu, Ele vai dizer a muitas mulheres: “ó Maria, ó Bernardete… eu dei-te um marido que bebia e, hoje, tu o devolves tão bem, tão melhor”. E Deus vai dizer a muitos homens: “ Ó Pedro, ó Francisco dei-te uma mulher meio “atravessada”, mas tu investiste e estás a devolver uma mulher melhor que a mulher que eu te dei”.

 

Precisamos de fazer o outro crescer. E o que é faz crescer? É o amor! O amor tudo crê, tudo suporta, o amor não passa nunca. O amor é mais forte do que a morte.

 

Ás vezes, é preciso derramar lágrimas no casamento, mas as lágrimas são preces autênticas. Quando tu não tiveres mais palavras para dizer a Deus, entrega-lhe as tuas lágrimas.

 

O casamento é uma missão, e missão é uma ordem que tu recebes de Deus. O matrimónio é a nossa missão. Que missão? Crescei e multiplicai-vos. Faz o outro crescer, faz o teu esposo/esposa ser santo(a).

 

Depois de dez anos, quarenta anos de casado podes dizer: “Eu construí esta mulher/ homem”. Então estás a cumprir a tua missão, e é isto que faz a gente feliz!

 

Eu deve haver alegria maior do que estar com os filhos e com os netos porque a gente ama aquilo que a gente constrói com amor, suor e lágrimas.

 

Não há coisa mais bonita do que ser fiel no matrimónio, e fazendo do nosso lar um céu na terra.

 

 

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