Pequenos gestos que reforçam os laços da vida conjugal feliz

Não é difícil encontrar casais que relatam as suas dificuldades no casamento, ainda que estejam casados há poucos meses. A impressão que a maioria destes casais têm é de que, enquanto namoravam, tudo era bem diferente. Eles comentam que, antes de oficializar o matrimónio, viviam melhor.

Se formos considerar a longevidade da proposta conjugal, certamente alguns poucos anos corresponderiam a um período de lua de mel. É o começo de uma vida nova que se desdobra.

Como ter um casamento feliz?

O segredo para ter um casamento feliz é os casais aprenderem a deixar de conjugar os verbos na primeira pessoa – eu vou, eu quero, eu faço –, para os conjugar na primeira pessoa do plural – nós vamos, nós queremos, nós faremos.

Muitas são as queixas de ambos. Parece que o romantismo vivido por eles no namoro e nas primeiras semanas de casados foi abandonado.

Se ficarem presos às coisas que deixaram para trás ou às situações que têm sido motivos de brigas, em muito pouco tempo os casais começarão a pensar em se separar, antes mesmo de fazerem a experiência da verdadeira vida conjugal, além da cama.

Diante das primeiras crises, eles reclamam que o cônjuge já não se preocupa em ser a mesma pessoa atenciosa com quem, um dia, se casaram. E com isto, muitas farpas são trocadas. Na tentativa de fazer valer a sua opinião, o casal prende-se ao objectivo de vencer uma batalha, na qual as palavras são as armas.

Obcecados em vencer a briga, eles esquecem-se de que o objectivo da vida a dois está em eliminar os motivos de desavenças e não criar barreiras contra alguém que está no mesmo grupo.

Numa guerra, ainda que o soldado não seja morto, certamente alguns arranhões ele trará consigo. Tal situação não seria diferente para os que travam uma guerra de palavras. Ainda que haja um vencedor, ambos perdem por causa dos resquícios das ofensas lançadas contra o outro.

Vamos reflectir

Poderíamos fazer uma lista com muitas dicas usadas pelas revistas, mas nenhum conselho poderá ser útil se não houver a atitude de resgatar o primeiro objectivo que tiveram ao optar pelo casamento: ser feliz com a pessoa por quem se apaixonou. No entanto, nada será diferente se, nos momentos de crise, a pessoa começar a olhar apenas para os sinais que a fazem infeliz no casamento, pois, em pouco tempo, ela cogitará a hipótese de separação.

Em vez disso, será muito mais proveitoso para o casal fazer uma reflexão, em conjunto, sobre a situação, na tentativa de entender o que os poderia tornar mais felizes dentro do novo estado de vida.

Mesmo que as nossas actividades e os nossos trabalhos não permitam que estejamos juntos, podemos fazer outras pequenas coisas que reforçam também os laços da vida de casados.