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A Família

Como lidar com o meu filho homossexual


O meu filho é homossexual. O que a Igreja me orienta a fazer.

São muitos os pais que enfrentam a questão da homossexualidade dos seus filhos. Muitos são surpreendidos quando o filho ou a filha diz que é homossexual e mostra o desejo de assumir esta situação.

Os pais cristãos devem educar os filhos na fé católica; portanto, devem ensinar-lhes o que ensina a Igreja sobre a homossexualidade. Antes de tudo, é preciso saber que a vida sexual, como ensina a Igreja, só deve existir entre os cônjuges, marido e mulher, unidos pelo matrimónio:

“A sexualidade está ordenada para o amor conjugal entre o homem e a mulher. No casamento, a intimidade corporal dos esposos torna-se um sinal e um penhor de comunhão espiritual. Entre os baptizados, os vínculos do matrimónio são santificados pelo sacramento” (Catecismo n. 2360). Assim, todo o acto sexual, praticado fora do casamento, seja homossexual ou heterossexual, é considerado fora do plano de Deus e pecaminoso.

“Entre os pecados gravemente contrários à castidade, devemos citar a masturbação, a fornicação, a pornografia e as práticas homossexuais” (CIC 2396)

O Catecismo da Igreja fala sobre a questão da homossexualidade

A Igreja entende que muitos cristãos trazem a tendência homossexual, que nada tem de pecado, e não deve haver discriminação e desrespeito para com quem traz esta tendência. Diz o Catecismo:

“Um número não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais profundamente enraizadas. Esta inclinação, objectivamente desordenada, constitui, para a maioria, uma provação. Todos esses e essas devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo o sinal de discriminação injusta. Estas pessoas são chamadas a realizar a vontade de Deus na sua vida e, se forem cristãs, a unir ao sacrifício da cruz do Senhor as dificuldades que podem encontrar por causa da sua condição” (n. 2358).

A Igreja considera que as causas da homossexualidade são complexas e ainda inexplicadas, mas condena os “actos de homossexualidade”:

 “A homossexualidade designa as relações entre homens e mulheres que sentem atracção sexual, exclusiva ou predominante, por pessoas do mesmo sexo. A homossexualidade reveste-se de formas muito variáveis ao longo dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua amplamente inexplicada. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves, a tradição sempre declarou que “os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados. São contrários à lei natural. Fecham o acto sexual ao dom da vida. Não procedem de uma complementaridade afectiva e sexual verdadeira. Em caso algum podem ser aprovados” (CIC 2357)

Castidade

A Igreja chama todos os seus filhos a viverem a castidade, isto é, a ter vida sexual apenas no casamento. Pela castidade, a pessoa que tem a tendência homossexual também pode chegar à santidade de vida:

“As pessoas homossexuais são chamadas à castidade. Pelas virtudes de autodomínio, educadoras da liberdade interior, às vezes pelo apoio de uma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã” (CIC 2359).

O que os pais devem fazer?

Os pais cristãos devem dar aos seus filhos as orientações que a Igreja nos dá, dentro do bom diálogo de pais e filhos, e nada deve impedir que se entendam e se respeitem. Se o filho, já independente de seus pais, não quiser seguir as orientações da Igreja, os pais devem ficar de consciência tranquila se os orientaram como manda a Igreja.

Diante de um filho que se declara homossexual, cabe aos pais cristãos dar-lhe as orientações da Igreja e fazer o possível para que vivam a espiritualidade cristã, baseada numa vida casta, na meditação da Palavra de Deus, na vida sacramental, na oração frequente, enfim, tudo o que lhes garanta o auxílio da graça de Deus para viver a castidade e chegar à perfeição cristã, qualquer que seja a sua tendência sexual.

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