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A Família

Aspectos comportamentais da adolescência

Adolescência significa “fazer-se” homem/mulher, crescer na maturidade. É a etapa da vida marcada por desequilíbrios e instabilidades extremas: momentos de euforia, reclusão, audácia e timidez, passividade ou urgência, mudanças rápidas de interesse por um assunto ou, ao mesmo tempo, conflitos afectivos, crises religiosas (não ter religião ou ser fervoroso na sua crença), dúvidas, contradições e revoltas intelectuais, sociais e filosóficas, condutas sexuais adequadas ou não à sua idade.

O exagero em intensidade ou a persistência destes fenómenos é que, ao longo do tempo, configuram um comportamento normal ou não.

É notório que os traços físicos são mais marcantes e evidentes nas mulheres e até mesmo mais rápidos do que nos homens. As diferenças de reacção para cada uma destas situações na adolescência é, praticamente, única para cada jovem, inclusive entre irmãs na mesma família.

Imagine um corpo de mulher que, muitas vezes, não é maduro o suficiente do ponto de vista psicológico; assim acontece com muitas jovens. Socialmente, exigem-se posturas de mulher, padrões de beleza, de sexualidade precoce.

Dúvidas e questões da adolescência

Vivendo esta crise de identidade, a jovem pouco preparada ou acolhida nas suas relações sociais é facilmente induzida a comportamentos e escolhas erradas quando falamos em namoro, atitudes agressivas ou rebeldes.

A rebeldia surge pela evolução do pensamento: ser crítica, analisar, saber os porquês, sair à frente faz com que a jovem questione a autoridade presente (pais, professores, o grupo ao qual pertence). Um ‘não’ como resposta já não é suficiente. Por outro lado, a timidez ou a baixa estima de si leva-a a buscar soluções extremas: aderir a grupos radicais, usar drogas, adoptar atitudes agressivas, ter posturas induzidas (pela TV, pelo grupinho, pelo modismo), para que seja aceite socialmente. A urgência das jovens, muitas vezes, levam-nas a querer viver tudo rápida e intensivamente, sem espaço para a espera ou julgamento.

Namorar ou ficar pode vir, simplesmente, pela carência encontrada na família. Muitas acções são feitas muito mais pela imitação do que pela adaptação e pela avaliação crítica e consequente das acções que ela toma: um namoro mal escolhido, uma relação sexual precoce, uma revolta contra os pais dentre outras. O afecto familiar é importante para que adolescentes sejam mais adaptáveis e menos agressivas, assim como os grupos dos quais participam na sociedade. A religiosidade é importante tanto como grupo quanto como direcção das condutas de uma jovem. A evolução da infância para a vida adulta é importante e deve ser vista com respeito: reconhecer, acolher e apoiar os seus medos, ajudá-la no discernimento, fazer com que pense no colectivo e não apenas de forma egoísta e individual.

Com este apoio, a jovem terá mais segurança para tomadas de decisão, obterá melhores resultados nas suas investidas, sofrerá menos frustrações e passará pela transição para a vida adulta com muito mais equilíbrio comportamental.

É o ensinamento que pais, educadores e todos aqueles que convivem com jovens podem dar: o uso da liberdade vinculado à responsabilidade.

Elaine Ribeiro dos Santos

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