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A Família

As sogras são realmente más?

 

As sogras são realmente más?  

 

Sogra má é um mito ou uma realidade?

Dizem que a sogra é óptima… à distância! É verdade? Vamos então pensar nalgumas alternativas sobre o conceito de sogra. Ela é a mãe que disputa com a nora o seu filho?

Quando o assunto é sogra, encontra-se de tudo: termos pejorativos, piadas, etc. Cada crueldade! E para completar, para cada sogra que dizem ser má há, ao seu lado, sempre um sogro alegre, carinhoso e que acha a nora linda. Coitadas das sogras!

Sogra má é um mito ou uma realidade? A tendência de todos nós não é sermos sogros e sogras um dia? De todos os desabafos que já ouvi, este chamou-me à atenção: “Acredito que as ‘picuinhas’ entre sogras e noras não passam de imaturidade. Se as duas amam tanto o mesmo homem e querem a felicidade dele, isto não é uma competição, mas um trabalho em grupo. Cada qual tem de entender que ocupam papéis diferentes na vida dele. Ou melhor, na vida de cada uma”.  Mas será que o problema é só com as noras? E os genros?

“A pior sogra era uma turca; a melhor estava morta”. Cheia de preconceito, esta piada demonstra o que muitas noras pensam sobre as sogras. Podemos expressar, de forma diferente, o que muitas sogras, ao longo da história, acabaram construindo sobre si mesmas. Mas ter uma sogra é ter um esposo. Portanto, para muitas noras o jeito é suportar a sogra má. Considero ser uma das relações mais difíceis a de sogra-nora, sogra-genro. Tão complicada que li uma frase de para-choque de caminhão: “Há duas coisas que matam de repente: vento pelas costas e sogra pela frente”.

Por que é que, afinal, a sogra é tão desqualificada, seja pelo genro ou pela nora? Segundo a Psicanálise, a mãe é o primeiro objeto de amor de filhos e filhas. Só que essa mãe um dia vira sogra. Consequentemente, ela toma as dores da filha, assim como compete com a nora. Já de acordo com outras abordagens psicológicas, não precisaria ser a mãe este primeiro objeto de amor na vida dos filhos para que esta situação ocorresse. O ambiente tornar-se-ia um possível responsável para que desencontros como estes acontecessem. É no ambiente que encontramos estímulos positivos e negativos, os quais nos afetam e nós também o afetamos.

A presença das pessoas torna-se um estímulo e, a depender da função que elas ocupam em nossa vida, podem nos deixar cada vez mais felizes ou não. Quando, em alguns casos, não nos adoecem. O que não quer dizer que, no casamento, esse papel de adoecimento seja o da sogra. Sair do jogo será sempre a atitude mais sábia.

O marido não precisa de comparar a comida preparada pela esposa com a da sua mãe. A sogra, lembre-se de que a sua nora não roubou o filho de ninguém. E o filho, mantenha-se sempre neutro e seja justo quando precisar.

Creio já ser tempo de atribuir um novo sentido a esta história. O mundo mudou, as pessoas mudaram e as sogras também. Se elas não servem para serem sogras, também não servem para criar os netos. Como é isso? Vamos ser justos com os membros da nossa família. É tempo de viver bem, mesmo que seja com a sogra. E a sogra, que viva bem com a nora e com o genro.

Uma relação como esta precisará de se tornar adulta para devolver harmonia na convivência familiar. A sogra por sua vez precisará de respeitar as escolhas dos filhos, aceitando-as e se comprometendo a ajudá-lo a viver bem com a esposa e os filhos. Noras e genros, o compromisso é de igual importância. Precisarão de aprender a conviver a partir das frustrações e conflitos familiares. Para isso fomos agraciados por Deus com uma porção de inteligência emocional. Em família, o jogo de cintura é muito importante, assim como o perdão e a verdade também. Precisamos de nos admirar e falar bem dos nossos, isso sim deverá ser problema de sogra. É preciso manter vivam as raízes que geraram bons frutos. E as que só trouxeram contendas, fofocas e ciúmes, devem ser arrancadas e lançadas fora. Sem decisão não se vive assim. Tem que querer, decidir e praticar as estratégias que as relações familiares se tornarão motivo de alegria e de encontro. E a casa da sogra e das noras será como uma casa de bênção onde o Senhor tem o prazer de entrar e ficar.

Em todo o caso, se nada te satisfizer no escrito acima, segue uma história para você ler, viver e contar.

 “Era uma vez, uma nora, jovem, bonita e muito inteligente. Entediada de tanto ter conflitos com a sogra, a linda jovem desabafou com seu pai sobre a situação que estava enfrentando dentro do ambiente familiar. Seu pai, muito sábio, perguntou: ‘O queres que eu faça para ajudá-la? A moça não pensou duas vezes e respondeu: ‘Mate-a. Por favor, ajude-me a matá-la’.

O pai, apaixonado pela filha e cheio de compaixão, respondeu que sim. Mas lhe explicou que tudo deveria ser do jeito dele; assim, ele poderia garantir que, em poucos dias, a sogra estaria morta. Então, o pai começou a explicar o passo a passo da destruição da sogra: ‘Filha, todos os dias prepare o café para sua sogra. Com calma. Não desista nunca. Coloque com paciência o pó do café e espere ferver. No outro dia, coloque tudo de novo, mas ofereça o cafezinho já na xícara. Se tiver muito quente, espere esfriar e com paciência sirva a sua sogra.’ Por vezes, a filha ficou sem entender nada.

A sogra estava encantada com tanta delicadeza, não sabia mais o que fazer para também agradar a nora. De repente, a filha reagiu, relatou ao pai que estava fazendo todos os dias o café da sogra e que esta estava bem melhor. E o pai insistia em lhe dizer que não parasse de colocar o café. A sogra ia tomar café até morrer. Quando, para surpresa do pai, a filha disse: ‘Meu pai, pare de matar a minha sogra. Ela está óptima!’. O pai retrucou: ‘Nunca quis matar a sua sogra, muito menos apoiá-la nessa ideia. Aquele pó de café que você colocava, todos os dias, foi se esvaziando de mágoa e tristeza. O veneno da bruxa má (ops… da bruxa má não!) estava vindo de você. Era quem estava oferecendo a ela o pó da irritação, da intolerância, da mágoa e do ciúme. Sem perceber, você passou a cuidar da sua sogra com paciência e zelo, e hoje já não quer mais matá-la. Então, minha filha, nessa história, mesmo com sogra, o final feliz somos nós que fazemos’.”

Que tal convidares a tua sogra para tomar um cafezinho contigo?

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