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A Família

O que dizer aos filhos sobre o conteúdo sexual que os amigos partilham na escola

 

O que dizer aos filhos sobre o conteúdo sexual que os amigos partilham na escola

 

A prevenção é a melhor abordagem

É um facto: a hipersexualidade invadiu os pátios das escolas. A disponibilidade de pornografia na internet e a crescente permissividade nos meios de comunicação em geral levaram à exposição precoce de crianças ao conteúdo e a experiências sexuais. Às vezes, crianças e adolescentes não entendem a natureza íntima da sexualidade, e isso, combinado com o uso indevido de redes sociais, cria um ambiente perigoso.

Os pais, devem ver a curiosidade sexual precoce como mero disparate juvenil, ou como uma questão importante na educação emocional dos filhos?

Françoise Guinard, uma especialista no tema, responde…

- Este fenómeno de hipersexualização entre os jovens é algo novo? Se sim, o que a torna cada vez mais predominante, a ponto de permear a vida social das crianças nas escolas?

- Françoise Guinard: Esta sexualidade exagerada e aberta surgiu a partir do momento em que os smartphones caíram nas mãos das crianças. Elas têm acesso a redes sociais e a conteúdo publicitário impróprio e pornográfico. Apesar da proibição de telefones em algumas escolas, os alunos conectam-se nos WC ou depois da escola.

- Por que é tão poderoso, tão contagioso?

- Porque a idade do ensino médio é quando as crianças procuram ganhar valor aos olhos dos outros. Elas querem mostrar aos amigos o que viram, e quanto mais chocante, mais valioso! E os amigos não se atrevem a dizer não, ou virar a cabeça, por medo de ser visto como um coitadinho.

- Alguns pais numa escola na França, onde o problema foi recentemente relatado como particularmente grave, reagiram dizendo: “É típico para a idade deles!” Mas é mesmo?

- Não, não é típico da idade deles. Os adultos às vezes tendem a banalizar a sexualidade. A lei proíbe que menores de idade acessem a qualquer forma de pornografia, mas, na prática, os menores não são protegidos. Os pais são os primeiros educadores dos filhos. Cabe a eles orientá-los na descoberta da sua vida emocional e do mundo dos relacionamentos e da sexualidade. Mas é verdade que muitas vezes se sentem impotentes para discutir esses assuntos com os filhos.

- Então, como podemos abordar o assunto?

- É essencial conversar com os filhos sobre as noções de modéstia, intimidade e respeito; respeito por si mesmo e pelos outros. “O meu corpo, sou eu.” Cuidar do seu corpo significa respeitá-lo. E respeitar o seu corpo também significa saber dizer “não”. É típico da idade ter uma certa curiosidade sobre o corpo humano, sobre sexualidade e um desejo de descobrir como ele funciona. Mas neste caso o meio de satisfazer essa curiosidade (mídia social, pornografia, etc) não é bom em si, porque coloca imagens chocantes do corpo no cérebro.

- Qual é o perigo?

- O perigo é que as crianças ficarão chocadas e enfeitiçadas pela força dessas imagens, e voltarão a elas por causa do seu poderoso impacto no cérebro. Portanto, há o risco de formar um hábito e, depois, o vício.

- O que é que diria ao seu filho que entra no curso secundário, por exemplo, uma vez que ele ou ela necessariamente será confrontado, uma vez ou outra, com tal comportamento no ambiente escolar?

- Primeiro, eu diria para evitar penalidades ou punições que possam aumentar a atracção dessas práticas para os jovens. Eu recomendo focalizar a prevenção através da informação e do diálogo, para ajudar o jovem a reflectir e dar um passo para trás a partir desses comportamentos: Que tipo de experiências eu quero ter? Que efeito eles têm em mim? E nos outros? É importante alertar os filhos de que imagens e vídeos relacionados com a sexualidade podem andar a circular na escola e que algumas crianças estão curiosas sobre este assunto. Diga-lhes que estas imagens do corpo são, acima de tudo, feitas para um público adulto, que há belas imagens do corpo humano, mas também outras onde ele é degradado e danificado. Diga-lhes que estas imagens são degradantes, até repugnantes, e que é uma indústria enorme projectada para ganhar dinheiro. Se as crianças forem confrontadas com este tipo de conteúdo, é realmente necessário falar sobre isto, mesmo que elas não tenham tentado vê-las, porque isto pode fazer com que elas se sintam muito culpadas.

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