Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

A Confissão

Um pecado grave não confessado

Consequências de um pecado grave, não confessado

Exemplo de uma senhora que durante muitos anos calou na confissão um pecado desonesto. Conta Santo Afonso e mais particularmente o padre António Caroccio, que passaram pelo país em que vivia esta senhora dois religiosos, e ela, que sempre esperava confessor forasteiro, pediu a um deles que a ouvisse em confissão e confessou-se. Logo que partiram os padres, o companheiro disse ao confessor ter visto que, enquanto a senhora se confessava, saiam da sua boca muitas cobras e uma serpente enorme deixava ver fora a cabeça, mas voltava de novo para dentro, e após ela, todas as que antes saíram. Suspeitando o confessor o que aquilo poderia significar, voltou à cidade e a casa daquela senhora, onde lhe disseram que ela, no momento de entrar na sala, morrera repentinamente.

Durante três dias seguidos jejuaram e oraram por ela, suplicando ao senhor que lhes manifestasse aquele caso. Ao terceiro dia apareceu-lhes a infeliz senhora condenada e montada sobre um demónio, em figura de um dragão horrível com duas serpentes enroscadas ao pescoço, que a afogavam e lhe comiam os peitos, uma víbora na cabeça, dois sapos nos olhos, setas ardentes nas orelhas, chamas de fogo na boca e dois cães danados que lhe mordiam e lhe comiam as mãos; e dando um triste e espantoso gemido, disse: - Eu sou a desventurada Senhora que V. Rev.ma confessou.

Confessei-me há 3 dias, e conforme eu ia confessando, os meus pecados saíam da minha boca, e aquela serpente enorme, que o companheiro viu sair da minha cabeça e voltou depois para dentro, era figura dum pecado desonesto que calei sempre por vergonha; quis confessá-lo com V. Rev.ma, mas, também não me atrevi e por isso, voltou a entrar, e com ele todos os que tinham saído. Cansado já Deus de tanto me esperar, tirou-me repentinamente a vida e precipitou-me no inferno, onde sou atormentada pelos demónios em figura de horrendos animais. A víbora atormenta-me a cabeça pela minha soberba e excessivo cuidado em pentear os cabelos, os sapos cegam-me os olhos, pelos meus olhares lascivos; as flechas acesas atormentam-me os ouvidos, porque escutei murmurações, palavras e cantigas obscenas; o fogo abrasa-me a boca pelas murmurações e beijos torpes; tenho as serpentes enroscadas no pescoço e comem-me os peitos, porque os levei dum modo provocativo, pelo decote dos meus vestidos e pelos abraços desonestos; os cães comem-me as mãos, pelas más obras e tatos impuros, mas o que mais me atormenta é o horroroso dragão, em que vou montada, e que me abrasa as entranhas em castigo dos meus pecados impuros. Ai! Que não há remédio para mim, senão tormentos e pena eterna! Ai das mulheres, acrescentou; porque muitas delas se condenam por 4 géneros de pecados: por pecados de impureza, pelas galas e enfeites, por feitiçaria e por calar pecados nas confissões. Os homens condenam-se por toda a classe de pecados, mas as mulheres principalmente por estes quatro pecados. Disto isto, abriu-se a terra e por ela entrou esta infeliz mulher, até ao mais profundo do inferno, onde padece e padecerá por toda a eternidade!"

Fonte: (O Caminho Reto, de Santo António Maria Claret, pág. 99 e 100)

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