A Confissão
Como fazer a confissão neste tempo de coronavírus?
- 28-03-2020
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Diante desta difícil situação do coronavírus, o Papa
Francisco recomendou às pessoas que não conseguem um sacerdote para se
confessar, que façam um acto de arrependimento bem feito dos pecados diante de
Deus, para alcançarem o perdão. Mas cabe ao penitente confessar-se mais tarde
com um sacerdote quando for possível.
O Papa disse: “Faz o que o diz Catecismo. É muito claro: se
não encontras um sacerdote para te confessares, fala com Deus, Ele é teu Pai”
(cf. n.1484). E explicou: “Sei que muitos de vocês, na Páscoa, vão se confessar
para se encontrarem com Deus. Mas muitos me diriam hoje: ‘Padre, onde posso
encontrar um sacerdote, um confessor, por que não podemos sair de casa? Eu
quero fazer as pazes com o Senhor, eu quero que Ele me abrace, que o meu Pai me
abrace… Como posso fazer se não encontro sacerdotes?’”
Então, o Papa pediu que cada um faça, em casa, aquilo que diz
o Catecismo, que é muito claro neste ponto: “Se não encontras um sacerdote para
te confessares, fala com Deus, Ele é teu Pai, e diz a Ele a verdade: ‘Senhor,
fiz isto, isto, isto … Perdoa-me’. Pede perdão a Ele, de todo o coração, com o
acto de contrição’. Um acto de contrição bem feito, e a nossa alma se tornará
branca como a neve”.
“Em seguida, você deve prometer a Deus: ‘Depois, vou-me
confessar, mas perdoe-me agora’. Imediatamente, voltarás à graça de Deus. Tu
mesmo podes aproximar-te – como nos ensina o Catecismo – do perdão de Deus se
não tens à mão um sacerdote. Mas pensem: é o momento! E este é o momento correcto,
o momento oportuno. Um acto de contrição bem feito, e assim a nossa alma se
tornará branca como a neve.”
É importante notar que o Papa diz: “’Depois vou-me confessar,
mas perdoe-me agora’. Então, é preciso confessar-se, depois, mais tarde, com um
sacerdote. O mesmo vale para a confissão comunitária; é preciso confessar-se
depois com um sacerdote quando for possível. O Catecismo diz que para a
validade da confissão comunitária “os fiéis devem ter o propósito de confessar,
individualmente, os seus pecados graves no tempo devido” (n. 1483). O mesmo
vale para o que disse o Papa no caso actual.
Em situação normal, sem epidemia e outros impedimentos, o
catecismo lembra que: “A confissão individual e integral, seguida da
absolvição, continua a ser o único modo ordinário pelo qual os fiéis se
reconciliam com Deus e com a Igreja, salvo se uma impossibilidade física ou
moral dispensar desta confissão.” Há razões profundas para isto. Cristo age em
cada um dos sacramentos. Dirige-se pessoalmente a cada um dos pecadores:
“Filho, os teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5); ele é o médico que se
debruça sobre cada um dos doentes que têm necessidade dele para os curar; ele
os levanta e reintegra na comunhão fraterna. A confissão pessoal é, pois, a
forma mais significativa da reconciliação com Deus e com a Igreja”. (n.1484)
O Papa relembrou a volta do filho pródigo para mostrar que
Deus está pronto a perdoar quem se arrepende. E citou ainda o profeta Isaías:
“Se os vossos pecados forem como escarlate, se tornarão brancos como a neve”.
“Ele é capaz de nos transformar, Ele é capaz de mudar o coração, mas precisamos
dar o primeiro passo: voltar. Não é ir para Deus, não: é voltar para casa”.
O Papa fez uma de oração para a reconciliação com Deus e para
a comunhão espiritual:
“Aos vossos pés, ó meu
Jesus, me prostro e ofereço-Vos o arrependimento do meu coração contrito, que
mergulha no Vosso e na Vossa santa presença. Eu Vos adoro no sacramento do
Vosso amor, desejo receber-Vos na pobre morada que o meu coração Vos oferece. À
espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-Vos em Espírito.
Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a Vós. Que o Vosso amor possa inflamar
todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em Vós, espero em Vós. Eu Vos
amo. Assim seja”.