Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

A voz dos Bispos

Tempo de esperança e de alegria

Nota Pastoral do Bispo do Algarve para a Semana do Seminário

Meus caros diocesanos,
“O Deus da esperança vos encha de toda a alegria e paz na vossa fé, pela acção do Espírito Santo” (cf Rm 15,13).

1. Vamos iniciar a “Semana dos Seminários”. Na nossa Diocese há muito que abrange um tempo mais alargado… Na verdade, o que o Seminário representa para toda a Igreja diocesana, não cabe em nenhum limite temporal, por mais alargado que ele possa ser. Mais recentemente, através do Lausperene diocesano, vimos assinalando este tempo com a adoração eucarística, realizada em todas as paróquias da Diocese. Verifico, com agrado, como esta iniciativa tem contribuído para sensibilizar e corresponsabilizar toda a Igreja diocesana na pastoral vocacional e no apoio ao nosso Seminário.

A Eucaristia e o sacerdócio estão íntima e inseparavelmente unidos. A assembleia que se reúne para a celebração da Eucaristia necessita absolutamente de um sacerdote ordenado que a ela presida, para poder ser verdadeiramente uma assembleia eucarística. A comunidade não pode, por si só, dotar-se do ministro ordenado. Este é um dom que ela recebe através da sucessão episcopal que remonta aos Apóstolos. É o Bispo que constitui, pelo sacramento da Ordem, um novo presbítero, conferindo-lhe o poder de consagrar a Eucaristia (cf João Paulo II Ecclesia de Eucharistia, 29). É por isso que a adoração eucarística constitui um meio privilegiado de rezar pelas vocações sacerdotais. Só uma Igreja apaixonada pela Eucaristia – como referiu o saudoso Papa João Paulo II – é geradora de vocações sacerdotais. A Eucaristia, enquanto fonte da missão evangelizadora da Igreja e coração da vida cristã, é escola de todos os ministérios confiados ao Povo de Deus, particularmente do ministério ordenado.

2. Quero, igualmente, convidar-vos, tal como referi na saudação inicial, a viver este tempo com viva esperança e intensa alegria.

A esperança que caracteriza o semeador que lança a semente à terra. A esperança de quantos não esmorecem na oração ao Senhor da messe; de quantos não se alheiam da corresponsabilidade eclesial de ser mediadores de Deus na proposta vocacional; de quantos manifestam, de muitos modos, o seu apoio ao nosso Seminário.

O tema que este ano nos ilumina e nos congrega nesta acção de toda a Igreja em Portugal – no seminário cresce o futuro – é colhido da parábola do semeador (Mt 13).

A semente da vocação é dom de Deus, que precisa de mediadores para ser lançada no coração daqueles que Ele escolhe a seguir e a identificar-se com Cristo. O pré-Seminário e sobretudo o Seminário constituem o espaço e o tempo, onde esta semente encontra o ambiente propício para germinar, crescer e frutificar no serviço e doação plena à Igreja e à construção do Reino.

É com o coração agradecido ao Senhor da messe, que abrimos este tempo dedicado ao Seminário com a Instituição no Ministério dos Leitores do António de Freitas, e o encerramos com a ordenação diaconal do Flávio e do Pedro. Vivamos, por isso, também este tempo com intensa alegria. A alegria que acompanha sempre a recolha dos frutos! O Senhor escutou a nossa oração! A Ele o louvor e a glória para sempre!

Que este dom de Deus sirva de estímulo para todos, na oração confiante, num contínuo e corajoso empenho na pastoral vocacional, bem como no apoio generoso ao nosso Seminário.

3. Vivamos, ainda, este tempo, apoiados em Maria e em sintonia com as comunidades paroquiais que acolhem a sua Imagem Peregrina. Ela, a Senhora do Sim, é modelo e guia de quantos peregrinam ao encontro de Cristo, para escutar e fazer o que Ele nos disser. Que a sua passagem pela nossa Diocese possa, através da nossa acção, provocar um novo despertar vocacional apoiado, igualmente, no testemunho fiel e alegre daqueles que o Senhor chamou a consagrarem toda a sua existência ao anúncio do Evangelho e ao serviço dos irmãos.

Faro, 25 de Outubro de 2007.

+ Manuel Quintas, Bispo do Algarve

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