Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Semana Santa

SEXTA-FEIRA SANTA

 SEXTA-FEIRA SANTA

A - Celebração da Paixão do Senhor

1. Introdução
Hoje não celebramos a Eucaristia, porque a Igreja tem esta longa tradição de não Celebrar missa na Sexta-feira Santa.
Nós reunimo-nos para comemorar e reviver a paixão do Senhor. A Igreja contempla Cristo que, morrendo, se oferece como vítima ao Pai, para libertar toda a humanidade do pecado e da morte. Nós adoramos nesta celebração o mistério da nossa salvação e dispomos o nosso coração na fé e no arrependimento, para que possamos ser curados e santificados pelo sacrifício de Cristo.
Aos pés da Cruz, a Igreja em oração quer trazer as dores de toda a humanidade, para que o sangue precioso de Cristo possa curar todos os males e fazer crescer a semente do reino plantada pela sua Palavra, regada com o seu sangue e cuidada com a força da sua Ressurreição.

A celebração de hoje tem 4 partes:
• Paixão proclamada: Liturgia da palavra
• Paixão invocada: Solene Oração Universal
• Paixão venerada: Adoração da Cruz
• Paixão comungada: Comunhão eucarística.

Proclamando o acontecimento da Paixão, nós tornamo-nos participantes e recebemos a força da sua Cruz. Assim, diante do mistério da morte de Cristo, nós sentimo-noss impelidos a não deixar ninguém fora deste sangue que nos liberta e lava. Cheios de amor, veneramos a cruz, num gesto de adoração àquela que se entregou até à última expressão do Amor. Nada faltou da parte de Deus, para nos amar e demonstrar a verdade da sua proposta de vida nova.
Comungando, fazemos um só corpo com ele e com todo o povo de Deus. Como diz a oração final da celebração: “Ó Deus, que nos renovastes pela santa morte e ressurreição do vosso Cristo, conservai em nós a obra da vossa misericórdia, para que, pela participação deste mistério, Vos consagramos sempre a nossa vida”.

B - LITURGIA

1. INÍCIO DA CELEBRAÇÃO

Os celebrantes e ministros aproximam-se em silêncio do altar.
Todo o povo se ajoelha.
Os celebrantes podem prostrar-se ou ajoelhar-se, em sinal de profunda reflexão e compenetração no mistério que vão celebrar. Após alguns instantes, levantam-se e dirigem-se aos seus lugares.
O povo fica de pé.
Voltando para o povo, o celebrante que preside reza a oração.

2. ORAÇÃO
Pedimos a Deus que, pelo sangue de Cristo derramado na cruz, se lembre das suas misericórdias e nos santifique pela sua constante protecção.

PAIXÃO PROCLAMADA
Liturgia da Palavra

3. PRIMEIRA LEITURA ( Is 52,13-53,12)
A Palavra de Deus apresenta o cântico do Servo de Javé, uma profecia sobre Cristo sofredor que assumiu as nossas dores, curando-nos pelas suas chagas. Ele ofereceu a sua vida como expiação. A Sua morte é vida para todos nós, pecadores. O salmo reza com Jesus na Cruz a sua entrega a Deus: “Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito”. A morte de Jesus culmina num grande grito de certeza de vida que está nas mãos de Deus: “ Senhor, eu ponho em Vós a minha esperança”. No servo sofredor estamos todos nós, também para viver.

4. SEGUNDA LEITURA
A Palavra de Deus desta leitura explica quem é servo de Javé, sofredor: Ele é o sumo sacerdote, aquele que nos dá plena segurança de nos aproximarmos do trono da graça, “para conseguirmos misericórdia e alcançarmos a graça de um auxílio no momento oportuno”. Ele é o mediador e sabe entender nossas enfermidades, pois passou por elas, menos no pecado. Pela sua obediência, teve seus clamores ouvidos. Deus o ressuscita. Dá-nos assim garantia que nossa luta contra todo mal será ouvida e temos uma ressurreição semelhante à sua. “Por isso Deus o elevou acima de tudo”, nos diz São Paulo (F12,9). Por meio de seu sofrimento e morte temos na casa do Pai um medidor, da nossa parte, a nos garantir.

5. EVANGELHO ( Paixão do Senhor) (Jo 18,1 - 19,42)
João narra a Paixão não somente um fim trágico de Cristo, mas como o caminho de sua glorificação. Jesus dizia: Quando for exaltado da terra atrairei todos a mim. Jesus não morre empurrado por um sistema. Tem plena consciência de sua missão de unir todos os dispersos. Tem plena consciência de sua missão de unir todos os dispersos. Tem força suficiente para crer que sua paixão e morte são Revelação do amor do Pai: O Pai amou tanto o mundo que deu seu Filho.
Esta morte está direcionado exercendo total influxo na Igreja, figurada por Maria ao pé da Cruz recebendo o discípulo.
Ali nascem os sacramentos do sangue, Eucaristia e água, batismo. Ele culmina com o Dom do Espírito: Inclinando a cabeça, entregou o Espírito. Bem dizem os santos padres: Do lado de Cristo adormecido na Cruz nasceu a nova Eva, a Igreja, fecundada pelo Espírito, gerando filhos para Deus.

PAIXÃO INVOCADA

6. SOLENE ORAÇÃO UNIVERSAL
No dia da celebração da paixão de Cristo para a salvação de todos, a Igreja abre os braços e o coração para realizar uma oração de intercessão pela salvação do mundo, A Igreja, que tem por cabeça Cristo Sacerdote, em nome e por meio dela apresenta ao Pai as suas grandes intenções. Toda a humanidade é trazida nesta oração aos pés da Cruz, na qual Cristo morre. É o primeiro resultado da morte de Cristo: abrir-se e preocupar-se com o mundo inteiro.

PAIXÃO VENERADA

7. ADORAÇÃO DA CRUZ
A liturgia está centrada no sacrifício de Cristo. Por isso se apresenta a Cruz para a adoração. Não adoramos a madeira da Cruz, mas a pessoa de Cristo crucificado e o mistério significado por esta morte por nós. Mesmo sendo um momento de morte, a liturgia não deixa de estabelecer que Cristo está vivo e ressuscitado.
Adoramos a vossa Cruz, Senhor, louvamos e glorificamos a vossa santa Ressurreição, pois pelo lenho da Cruz veio a alegria ao mundo inteiro.
A Cruz é sinal da vitória de Cristo que arrebenta as portas do mal. É a expressão máxima do amor do Pai: “Deus tanto amou o mundo, que lhe deu o seu único Filho” (Jo 3,16).
A Cruz é a árvore da vida, cujo fruto bendito nos faz viver eternamente. Não podemos esquecer que na Cruz está o projecto de morte de todos os males do mundo. Ela é libertação.

PAIXÃO COMUNGADA

8. COMUNHÃO EUCARÍSTICA
O momento da comunhão é a profissão de fé em Cristo que está vivo e que, pela comunhão, nos torna um só corpo com ele. O sangue que nos remiu nos livrou da morte e do mal, afastou o tentador, que queria dominar sobre nós e estabelecer em nós o mal, e introduziu-nos no Reino de justiça, de amor e de paz.
Assim nós estamos em comunhão com Cristo e com toda a Igreja, e fazemos da nossa vida a vida de Cristo. Comungando Cristo, comungamos os seus sentimentos, ao se entregar ao Pai, e comungarmos a vida que ressurge.

ENCERRAMENTO

9. ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
Pedimos a Deus que, pela nossa participação no mistério da paixão e morte de Cristo, conserve em nós a obra da sua misericórdia.

10. ORAÇÃO SOBRE O POVO
O sacerdote pede para o povo a bênção de Deus, perdão, consolo e crescimento na fé, e que a redenção se confirme em nós.
Assim termina esta celebração, mas a vivência do Tríduo Pascal continua. Mesmo a celebração das tradições populares da Procissão do Enterro e das Dores de Maria não nos devem desviar daquele pensamento central da Igreja para os dias de hoje e de amanhã: meditação, silêncio e reflexão diante do túmulo de Jesus, que morreu e “desceu à mansão dos mortos” como rezamos no Credo. É a solidariedade de Cristo com todos os mortos, como foi solidário com todos os vivos. Significa que Cristo é Salvação de todos, em todos os tempos. A Sua morte é uma vez por todas. Sejamos solidários com Cristo que é solidário connosco.

A PREPARAR

- paramentos de cor vermelha
- a cruz (coberta com o véu; para prender o véu, usa-se alfinete ou fita crepe);
- dois castiçais;
- tapete, almofadas ou genuflexórios desguarnecidos (para a prostração);
- Missal;
- Leccionários;
- toalhas;
- corporais.


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