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PARAPSICOLOGIA, UMA CIÊNCIA LIBERTADORA
- 02-02-2020
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Convivendo com pessoas, ouvindo-as, lendo jornais, revistas
ou assistindo à televisão, constatamos que o homem contemporâneo, apesar de
tantos avanços da ciência e da técnica, é marcado por medos. Medos, por exemplo,
de demônios, de espíritos, de visões e comunicações do além, de fantasmas, de
ameaças cósmicas, de homens com poderes extraterrestres...
Chamam a atenção e a curiosidade dos homens, desde a mais
remota antiguidade até aos nossos dias, factos tais como adivinhações, visões,
fotografar o pensamento, telepatia, clarividência, radiestesia, quiromancia,
psicografia, astrologia, horóscopo, feitiços e despachos, possessões e
espíritos encostados, ritual para fechar o corpo, incêndios misteriosos, incombustibilidade,
incorruptibilidade, jejuns prolongados, hipersensibilidade, memória prodigiosa,
falar línguas desconhecidas, talento mais que genial, casas mal-assombradas e
outros mais, factos estes considerados, em geral, como inexplicáveis e até
ignorados pela ciência durante muitos séculos. No entanto, cabe à própria
ciência dar à humanidade uma explicação real, objectiva e profunda sobre tais
prodígios misteriosos.
Tratando-se destes fenómenos, encontramos diversas
interpretações nas diferentes classes sociais, inclusive entre intelectuais:
1) Temos os que
logo acreditam e se deixam levar pelo fascínio, em si, dos fenómenos
“parapsicológicos”, ou até pelas superstições ou “curas”, “milagres” e
prodígios que alguns “paranormais” se atribuem fazer, sem esquecer de dizer que
há muitas fraudes espertamente planeadas e enganadoras do público. Entre estes situam-se
os diversos tipos de espiritismo com a sua falta de objectividade científica.
2) Em segundo lugar,
os incrédulos, que afirmam de antemão que estes factos não existem e se existem
são sempre fraudes ocultistas. Esta atitude é cómoda e anti-científica, pois,
na verdade, os fenómenos parapsicológicos estão aí e merecem ser pesquisados a
sério.
3) Ainda, os
charlatães, aqueles que até têm o atrevimento de se intitular de
“parapsicólogos”, dão cursos, fazem “curas”, criticam os outros dizendo que são
seus concorrentes e, assim, vão enganando pessoas com a sua ciência
fragmentária ou mesmo falsa.
4) Por fim, temos os
pesquisadores, os que não caem numa crendice fácil, imaginosa, supersticiosa ou
fraudulenta, nem se deixam levar pela incredulidade. Pelo contrário, debruçam-se
imparcialmente sobre os fenómenos buscando a sua verdade numa postura objectiva,
científica. Pesquisa e ensino em âmbito e metodologia universitária.
As investigações destes fenómenos sempre interessaram a
alguns sábios e estudiosos, mas como interpretação científica só foram
enfrentadas a partir de 1882, pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres,
com a chamada “Metapsíquica”. Até que, em 1953, a Parapsicologia foi
reconhecida “oficial” e universalmente como Ciência por ocasião do Congresso
Internacional de Parapsicologia, organizado pela “International Foundation of
Parapsycology”, pela Universidade de Utrecht e pelo Ministério de Educação e
Cultura da Holanda.
Como definição desta
ciência podemos buscar em obra de Pe. Óscar Quevedo, excelente parapsicólogo
brasileiro, criador e director do Centro Latino-Americano de Parapsicologia
(CLAP): “A parapsicologia é a Ciência que tem como objecto a comprovação e a
análise dos fenómenos à primeira vista inexplicáveis, que apresentam, porém, a
possibilidade de serem resultado das faculdades humanas”. Ou “o conjunto dos
ramos da Ciência que estudam os fenómenos incomuns, relacionados com o homem”.
Ou “é estudo científico para diferenciar o verdadeiro do falso milagre”. Ou,
por fim, “A Ciência que estuda os fundamentos, verdadeiros ou falsos, de todas
as religiões”.
Com as suas
pesquisas, a Parapsicologia comprova que o homem possui forças e faculdades bem
diferentes das que se manifestam normalmente. Por isso são chamadas faculdades
“parapsicológicas”: Para = à margem (da psicologia normal). Forças como a
telergia, uma força psico-física (bio-eletricidade), determinada e definida
pela vontade do inconsciente humano e que é capaz de produzir diversas acções
(fenómenos extranormais), como movimentar objectos até 50 metros (telecinesia
comum nas casas mal-assombradas, ou “poltergeist”); golpes, pancadas
(tiptologia); luzes, clarões (fotogénese); desenho, escrita (pneumografia);
vozes de pessoas humanas, música (psicofonia); a imagem de 1 pessoa ou de um
animal (fantasmogénese e ecto-colo-plasmia, quando se diz “vi uma alma” ou “vi
um bicho”); queimar objectos (pirogénese); 1 objecto atravessar obstáculos como
parede, vidro (aporte); levantar o próprio corpo (levitação). Quanto às
faculdades psíquicas de conhecimento (ainda extranormais, sensoriais) podemos
citar a hiperestesia (leitura sensorial do pensamento); o cumberlandismo (adivinhação
por contato); a xenoglossia (falar língua que não estudei); e a faculdade psi-gamma
ou popular telepatia (fenómenos paranormais): conhecimento do passado
(retrocognição), do presente (simulcognição) e do futuro (precognição). Há por
fim, os verdadeiros milagres, exclusivos de Deus (fenómenos supra-normais ou
sobrenaturais, em contexto religioso divino).
Estas forças e faculdades
psíquicas (menos os fenómenos supra-normais) têm a sua origem no inconsciente
humano, podendo uma pessoa passar a manifestá-las em determinada situação da
sua vida. Evidente que é um facto parapsicológico no sentido de que a pessoa
que manifesta não consegue usá-las quando quer, pois é manifestação espontânea,
incontrolável e... perigosa.
Uma preocupação
básica e fundamentada da Parapsicologia é ajudar a pessoa que manifesta
faculdade parapsicológica (sofre de desequilíbrio psíquico ou físico-psíquico:
psicorragia), a tomar consciência de que os fenómenos que ocorrem vêm dela
mesma. E esta conscientização é essencialmente libertadora da pessoa,
libertadora de desequilíbrios, medos, superstições, impressões como a de que
estava possuída por demónios ou por um espírito de alguém ou do além. Basta
citar casos de casas “mal-assombradas”, que fazem sofrer terrivelmente as
pessoas afectadas e as suas famílias. Normalmente são chamados espíritas,
macumbeiros, benzedores, rezadores, padres para fazer bênção ou exorcismo no
local e, em geral, essas pessoas não conseguem fazer parar os fenómenos.
Entretanto, com a visita de um parapsicólogo, que explique cientificamente o
problema e ajude a pessoa ou a família a enfrentá-los, resolve-se a situação
definitivamente. Digo isto, como fruto de experiências, pois tenho acompanhado
alguns casos com estas características. Podemos, pois, concluir q a
Parapsicologia é uma Ciência verdadeiramente conscientizadora e libertadora do
homem, que, consciente e livre, poderá tornar-se senhor de si e da sua vida,
ser mais feliz e encontrar em Deus sua plena realização.
Diante de tudo
isso, podemos constatar, ainda mais, a grandeza do ser humano, suas
potencialidades, o poder do seu inconsciente que, melhor estudado, poderá
trazer tanto bem para o homem, a humanidade.
A importância da
Parapsicologia hoje é tão grande que, segundo o Pe. Óscar Quevedo, “A Sociedade
Internacional para o Avanço da Ciência e a UNESCO recomendaram que todas as
Universidades do mundo se dedicassem ao estudo desta nova Ciência, chegando a
afirmar que a Parapsicologia seria a Ciência do Próximo Século, por abrir novo
campo de possibilidades para o homem, permitindo um maior conhecimento do ser
humano e proporcionando uma Religião mais racional.
GRANDES
MÉDIUNS SÃO FRACASSADOS
Muitos motivos fundamentam-se no sentimento, amplo e de
muitas facetas, de frustração e de impotência.
O bruxo, o ocultista, o médium, é geralmente um fracassado. Sente-se
incapaz de resolver por si mesmo os problemas que o aplastam. Pretende vencer
ou ao menos safar-se com soluções “infalíveis”.
Mas esta
mentalidade mágica é tão simplista como nova causa de frustração. O “mago”
converte-se em vítima de si mesmo. A mania persecutória, como única explicação
das limitações e fracassos, passa a representar ataques e incorporações: e
então novo apelo mágico, e depois novo fracasso e autopunição, e depois... Um
círculo vicioso cada dia mais asfixiante.
A ciência verificou
que a multiplicação de casos de “encostos” coincide em perfeito paralelismo com
períodos longos de sofrimento, repressão, frustração. O inconsciente serve-se
da fantasia para compensar a frustração da vida consciente.
Sibila, vivendo com seu pai, ocupou-se durante muitos anos
dos afazeres da casa sem que a sua conduta apresentasse qualquer detalhe digno
de se ter em conta (do ponto de vista patológico).
Mas Sibila ficou convencida de ser vítima de
um feitiço, exposta à influência de maus espíritos, especialmente durante a
noite.
Foi enviada a um
padre para que lhe administrasse os exorcismos. Felizmente o prudente religioso
consultou um médico e parapsicólogo. Este comprovou que, bem longe, na história
de Sibila se encontrava da maneira mais clara a causa da doença. Com efeito,
com 12 anos tinha sido vítima de uma espécie de encefalite letárgica e tratada
durante longos meses num hospital. Hoje, que conhecemos as longínquas
consequências de tal doença, é evidente que a esta se deve remontar a causa do
delírio, associado à mentalidade interpretativa espírita, que exige 1
diagnóstico de grave esquizofrenia ou parafrenia. Sibila piorou, apesar de o
açúcar que alguns espíritas lhe recomendaram esparramar ao redor da cama! A sua
vida acabou por ser completamente impossível. Teve de ser recolhida para sempre
num hospital psiquiátrico.