Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

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E quando a minha oração não é ouvida?

O desafio da alegria e a confiança constante no Senhor

“Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito: Alegrai-vos!” (Fil4,4). Esta é a ordem de São Paulo, um desafio para todo o cristão! Uma convocação que, para ser vivida, além da graça de Deus, pressupõe maturidade espiritual. Desde sempre, o que mais o ser humano sempre quis na vida foi ser feliz. Este anseio, como garantia do Catecismo da Igreja Católica, está impresso no nosso coração (cf. n. 1718).

Entretanto, para nós, equivocadamente, ser feliz virou sinónimo de ter o que queremos, alcançar vitórias e sempre ter novos desafios, e quando tudo isto vai acontecendo de forma natural a nossa vida vai bem. Ficamos em paz com o mundo, com Deus, com os outros e connosco. Mas, se o que desejamos não acontece ou não se dá da maneira que queremos, desencadeia em nós uma crise existencial.

E o que configura o cristão a Cristo é a possibilidade de fazer renúncias e sacrifícios com alegria, sabendo que isto nos faz crescer. Cristo despojou-se da sua condição de vida, renunciou às glórias deste mundo e cumpriu a sua missão conforme o pai lhe pediu. Portanto, quando não somos ouvidos num pedido, em vez de reclamarmos, nos entristecermos e desistirmos de tudo, há outras possibilidades a serem consideradas:

Não estamos prontos para receber aquilo: precisamos de olhar para a realidade de que não é o momento ainda de o Senhor nos conceder o que desejamos, porque, antes disso, há outras obras importantes que Ele precisa de realizar em nós. Ex.: ajudar-nos em desapegos, crescimentos, aptidões. Muitas vezes, somente depois de uma primeira acção do Senhor, é que as nossas bases estão prontas para receber o que pedimos nas nossas orações.

Deus não nos quer dar o que pedimos: por mais que algo seja bom aos nossos olhos, é possível que o Senhor não nos queira dar o que desejamos, pois, certamente, o que pedimos não nos irá exigir em nada, não nos vai nos ajudar na obra de santificação que Ele nos está a oferecer em nós.

Sendo assim, considerando a primeira possibilidade – a de que Deus não quer dar, neste momento, uma graça que pedimos – a nossa atitude precisa de ser:

Alegrar-se, porque a negação actual implica que temos um Deus que nos ama e sabe a hora certa de nos dar algo que é bom para nós. Ele cuida de nós!

Louvar, pois esta é considerada a grandeza do Senhor e a nossa pequenez. Ele tem o conhecimento de todas as coisas e a nossa sabedoria é limitada.

Aprender a esperar, porque, uma vez que ele nos quer dar, mas ainda não estamos prontos, precisamos de esperar com fé, ou seja, preparar-nos para receber. Corrigindo o que precisa de ser corrigido em nós, numa atitude de conversão e superação.

Desprender-se, aguardar com fé, entregar-se nas mãos do Senhor, deixando que Ele actue no Seu tempo. Este desprendimento pede ainda que abra mão do que esperávamos e viver o que o Senhor nos está a pedir hoje.

Considerando a segunda possibilidade, que é o facto de Deus não nos querer dar o que lhe pedimos, uma grande atitude, além de todos os passos acima é esta:

Renunciar. Não é fácil, porque o nosso ego pede que as coisas sejam como sempre sonhamos, mas, esta renúncia nos deixará livres para receber todas as outras coisas que Deus nos quer dar. E também vamos amadurecer na fé porque, com isto, estaremos a participar do sacrifício de Cristo.

Perseverar na esperança, pois tudo concorre para o nosso bem. Esta grande renúncia de hoje é semente para as graças colhidas amanhã. Não nos deixemos vencer pela tristeza. O Senhor é bom o suficiente para realizar planos maravilhosos na nossa vida! Deus é Pai. Deus é Amor!

Aceitemos a vontade de Deus e alegremo-nos!

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