São José
Convivência de São José com Jesus e Maria
- 03-03-2024
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“Desceu (Jesus) com eles e veio para Nazaré, e era-lhessubmisso” (Lc 2, 51)
Que bela sorte foi a de São José por ter vivido tantos anos nacompanhia de Jesus e Maria! Naquela família, não se tratava senão da maiorglória de Deus; não havia outros pensamentos ou desejos senão a vontade deDeus; não se falava senão sobre o amor que Deus tem aos homens e que os homensdevem a Deus.
Oh! Se nós soubéssemos aproveitar-nos da oportunidade,teríamos igualmente a ventura de viver com Jesus, presente na SantíssimaEucaristia. Procuremos, então, visitá-Lo frequentemente e unamos os nossos afectosaos de Maria e José!
I. Jesus, depois de ser encontrado no templo por Maria e José,voltou com eles para a casa de Nazaré, e viveu ali com José, até à morte deste,obedecendo-lhe como a seu pai. Imaginemos a santa vida que José ali levou nacompanhia de Jesus e Maria. Naquela família não havia outro empenho senão amaior glória de Deus, não havia outro pensamento e desejo senão o agrado deDeus, não se conversava senão sobre o amor que os homens devem a Deus e queDeus tem aos homens; particularmente por ter enviado ao mundo o seu Unigénitopara sofrer e terminar a vida num mar de dores e de desprezos pela salvação dogénero humano.
Ah, com que lágrimas de ternura não deviam Maria e José, tãobem entendidos nas divinas Escrituras, falar na presença de Jesus sobre a suadolorosa paixão e morte! Com que ternura não deviam, conversando, recordar que,segundo a profecia de Isaías, o objecto do seu amor havia de ser um dia o homemde dores e de desprezos; que os inimigos haviam de desfigurá-Lo a ponto de nãomais ser conhecido pelo mais formoso que era; que haviam de rasgar-Lhe de talforma as carnes pelos açoites, que seria como que um leproso todo coberto dechagas e feridas; que o seu amado Filho havia de sofrer tudo com paciência, semquerer abrir a boca para se queixar de tantos ultrajes, que se deixaria levar àmorte como um cordeiro, e finalmente seria pregado num madeiro infame entredois ladrões, para terminar a vida pela força dos tormentos. — Imaginemos queafectos de compaixão e de amor deviam ser despertados por tais colóquios nocoração de José.
II. Avivemos a nossa fé! Nós também, à imitação de São José,podemos viver continuamente na companhia de Jesus, pois está verdadeiramentepresente no Santíssimo Sacramento do altar. Procuremos fazer-lhe cada dia umavisita, e, até, mais de uma. E, depois, estando nós na presença de Jesussacramentado, pensemos na sua dolorosa Paixão e unamos os nossos afectos aos deSão José e de Maria Santíssima. Todos os Santos viveram abrasados no amor deJesus sacramentado e da sua Paixão e assim fizeram-se Santos.
Ó santo Patriarca José, pelas lágrimas que derramaste contemplandoantecipadamente a Paixão do vosso Jesus, alcançai-me contínua e terna memóriados tormentos do meu Redentor. E pelas santas chamas de amor que estespensamentos e colóquios acendiam no vosso coração, obtende-me uma centelha delepara a minha alma, a qual, pelos seus pecados, tanto contribuiu para as doresde Jesus. — Ó Maria, vós que tanto padecestes em Jerusalém à vista dostormentos e da morte do vosso querido Filho, impetrai-me uma grande dor dosmeus pecados.
E Vós, meu dulcíssimo Jesus, que padecestes tanto e morrestespor meu amor, fazei com que eu nunca me esqueça da vossa caridade. MeuSalvador, a vossa morte é a minha esperança. Eu creio que morrestes por mim.Pelos vossos merecimentos espero salvar-me. Amo-Vos de todo o meu coração,amo-Vos sobre todas as coisas, amo-Vos mais do que a mim mesmo. Amo-Vos e poramor de Vós, estou pronto a sofrer toda a pena. Detesto, mais que todos osoutros males, o desgosto que tenho causado a Vós, meu supremo Bem. Não desejomais outra coisa senão amar-Vos e agradar-Vos. Ajudai-me, meu Senhor, nãopermitais que eu torne a separar-me de Vós.