Ave Maria Imaculada... Rezai o Terço todos os dias... Mãe da Eucaristia, rogai por nós...Rainha da JAM, rogai por nós... Vinde, Espirito Santo... Jesus, Maria, eu amo-Vos, salvai almas!

Mês do Sagrado Coração de Jesus

Junho: mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus

Neste mês de Junho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, somos convidados, pela Igreja, a contemplar e experimentar, nesta devoção, o infinito amor de Deus por nós.

Diz São João: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e cremos nele» para sublinhar que, na origem da vida cristã, está o encontro com uma Pessoa. Dado que Deus se manifestou da maneira mais profunda por meio da encarnação de Seu Filho, fazendo-se «visível» n’Ele.

Na relação com Cristo, podemos reconhecer quem é verdadeiramente Deus (cf. encíclica Haurietis aquas, 29,41; encíclica «Deus caritas est»,12-15). Mais ainda dado que o amor de Deus encontrou a sua expressão mais profunda na entrega que Cristo fez da sua vida por nós na Cruz. Ao contemplarmos o seu sofrimento e morte, podemos reconhecer, de maneira cada vez mais clara, o amor sem limites de Deus por nós: «tanto amou Deus o mundo, que lhe deu o seu Filho único, para que todo o que crer nele não pereça, mas que tenha a vida eterna» (João 3,16).

 

Devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Por outro lado, o mistério do amor de Deus por nós não constitui só o conteúdo do culto e da devoção ao Coração de Jesus: é, ao mesmo tempo, o conteúdo de toda a verdadeira espiritualidade e devoção cristã. Portanto, é importante sublinhar que o fundamento desta devoção é tão antigo como o próprio cristianismo. De facto, só se pode ser cristão dirigindo o olhar à Cruz do nosso Redentor, «a quem trespassaram» (João 19, 37; cf. Zacarias 12, 10).

A encíclica Haurietis aquas lembra que a ferida do lado e as dos pregos foram para muitas almas os sinais de um amor que transformou, cada vez mais incisivamente, a sua vida (cf. número 52). Reconhecer o amor de Deus no Crucificado, foi para elas numa experiência interior, o que as levou a confessar como Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (João 20,28), permitindo-lhes alcançar uma fé mais profunda na acolhida sem reservas do amor de Deus (cf. encíclica «Haurietis aquas», 49).


Experimentar o amor de Deus

O significado mais profundo do culto ao amor de Deus só se manifesta quando se considera mais atentamente a sua contribuição não só ao conhecimento, mas também, e sobretudo, à experiência pessoal desse amor na entrega confiada ao seu serviço (cf. encíclica Haurietis aquas, 62). Obviamente, experiência e conhecimento não podem separar-se: um faz referência ao outro. Também devemos sublinhar que um autêntico conhecimento do amor de Deus só é possível no contexto de uma atitude de oração humilde e de disponibilidade generosa.

Partindo desta atitude interior, o olhar posto no lado trespassado da lança transforma-se em silenciosa adoração. O olhar no lado trespassado do Senhor, do qual saem «sangue e água» (cf. Gv 19, 34), ajuda-nos a reconhecer a multidão de dons de graça que daí procedem (cf. encíclica Haurietis aquas, 34-41) e nos abre a todas as outras formas de devoção cristã que estão compreendidas no culto ao Coração de Jesus.

 

A fé é um dom que vem do amor

fé, compreendida como fruto do amor de Deus experimentado, é uma graça, um dom divino. O homem, no entanto, poderá experimentar a fé como uma graça só na medida em que ele a aceita dentro de si como um dom, e procura vivê-lo. O culto do amor de Deus, ao que convidava aos fiéis a encíclica Haurietis aquas (cf. ibidem, 72), deve ajudar-nos a recordar incessantemente que Ele carregou com este sofrimento voluntariamente «por nós», «por mim».

Quando praticamos este culto, não só reconhecemos com gratidão o amor de Deus, mas continuamos a abrir-nos a esse amor, de maneira que a nossa vida vai ficando cada vez mais modelada por ele. Deus, que derramou o seu amor «nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado» (cf. Romanos 5, 5), convida-nos, incansavelmente, a acolher o seu amor. O convite a entregar-se totalmente ao amor salvífico de Cristo (cf. ibidem, n. 4) tem como primeiro objectivo a relação com Deus. Por esse motivo, esse culto totalmente orientado ao amor de Deus que se sacrifica por nós tem uma importância insubstituível para a nossa fé e para a nossa vida no amor.” Papa Bento XVI. 

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