Mês do Sagrado Coração de Jesus
Junho: Mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus
- 31-05-2019
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Junho: mês dedicado ao SagradoCoração de Jesus
Jesusconvida-nos a experimentarmos o Seu amor
No mês deJunho, dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, somos convidados pela Igreja acontemplar e experimentar, nesta devoção, o infinito amor de Deus por nós.
Na suaprimeira carta, São João, diz: «Nós conhecemos o amor que Deus nos tem e cremosnele» para sublinhar que, na origem da vida cristã, está o encontro com umaPessoa (cf. n.1). Dado que Deus se manifestou da maneira mais profunda por meioda encarnação de Seu Filho, fazendo-se «visível» n’Ele. Na relação com Cristo,podemos reconhecer quem é verdadeiramente Deus (cf. encíclica «Haurietisaquas», 29,41 – encíclica «Deus caritas est», 12-15). Mais ainda, dado que oamor de Deus encontrou a sua expressão mais profunda na entrega que Cristo fezda sua vida por nós na Cruz. Ao contemplarmos o seu sofrimento e morte, podemosreconhecer, de maneira cada vez mais clara, o amor sem limites de Deus por nós:«tanto amou Deus o mundo, que lhe deu o seu Filho único, para que todo o quecrer nele não pereça, mas que tenha a vida eterna» (João 3,16).
Devoção aoSagrado Coração de Jesus
Mas, estemistério do amor de Deus por nós não constitui só o conteúdo do culto e dadevoção ao Coração de Jesus: é, ao mesmo tempo, o conteúdo de toda a verdadeiraespiritualidade e devoção cristã. Portanto, é importante sublinhar que ofundamento desta devoção é tão antigo como o próprio cristianismo. De facto, sóse pode ser cristão dirigindo o olhar à Cruz do nosso Redentor, «a quemtrespassaram» (João 19, 37; cf. Zacarias 12, 10). A encíclica «Haurietis aquas»lembra que a ferida do lado e as dos pregos foram para numeráveis almas os sinaisde um amor que transformou, cada vez mais incisivamente, a sua vida (cf. número52). Reconhecer o amor de Deus no Crucificado converteu-se para elas numaexperiência interior, o que as levou a confessar com Tomé: «Meu Senhor e meuDeus!» (João 20,28), permitindo-lhes alcançar uma fé mais profunda noacolhimento sem reservas do amor de Deus (cf. encíclica «Haurietis aquas», 49).
Experimentaro amor de Deus
Osignificado mais profundo deste culto ao amor de Deus só se manifesta quando seconsidera mais atentamente a sua contribuição não só ao conhecimento, mastambém, e sobretudo, à experiência pessoal desse amor na entrega confiada aoseu serviço (cf. encíclica «Haurietis aquas», 62). Obviamente, experiência econhecimento não podem separar-se: um faz referência ao outro. Também énecessário sublinhar que um autêntico conhecimento do amor de Deus só épossível no contexto de uma atitude de oração humilde e de disponibilidadegenerosa. Partindo desta atitude interior, o olhar posto no lado trespassado dalança transforma-se em silenciosa adoração. O olhar no lado trespassado doSenhor, do qual saem «sangue e água» (cf. Gv 19, 34), ajuda-nos a reconhecer amultidão de dons de graça que daí procedem (cf. encíclica «Haurietis aquas»,34-41) e abre-nos a todas as demais formas de devoção cristã que estãocompreendidas no culto ao Coração de Jesus.
A fé,compreendida como fruto do amor de Deus experimentado, é uma graça, um domdivino. O homem, no entanto, poderá experimentar a fé como uma graça só namedida em que ele a aceita dentro de si como um dom, e procura vivê-lo. O cultodo amor de Deus, ao que convidava aos fiéis a encíclica «Haurietis aquas» (cf.ibidem, 72), deve ajudar-nos a recordar incessantemente que Ele carregou comeste sofrimento voluntariamente «por nós», «por mim». Quando praticamos esteculto, não só reconhecemos com gratidão o amor de Deus, mas continuamos aabrir-nos a este amor, de maneira que a nossa vida vai ficando cada vez maismodelada por ele. Deus, que derramou o seu amor «em nossos corações peloEspírito Santo que nos foi dado» (cf. Romanos 5, 5), convida-nos,incansavelmente, a acolher o seu amor. O convite a entregar-se totalmente aoamor salvífico de Cristo (cf. ibidem, n. 4) tem como primeiro objectivo arelação com Deus. Por isso, este culto totalmente orientado ao amor de Deus quese sacrifica por nós tem uma importância insubstituível para a nossa fé e paraa nossa vida no amor.”