Página da Catequese
Ser catequista nos dias actuais
- 28-09-2022
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Para nós, catequistas, a maior dificuldade nos dias de hoje é a falta de apoio da família dos catequizandos. Dificilmente as famílias se esforçam para acompanhar os filhos. Preferem terceirizar a educação da fé deles, deixando toda a responsabilidade para o/a catequista. Isto causa muitas dificuldades em lhes mostrar Cristo, pois os maiores exemplos deveriam vir de casa, porque é na convivência familiar do dia a dia que devem brotar as sementes da fé.
Nesta mudança de época em que vivemos, os catequistas
necessitam sempre de formação, pois o nosso maior desafio é acompanhar os novos
tempos. Isto nos leva a ter sempre um espirito de busca e de comunhão com a
Igreja. A Bíblia e o Catecismo devem ser
os nossos livros de cabeceira, pois nos ajudam a iluminar os processos e os
novos métodos que se necessitam para formar discípulos missionários de Jesus
Cristo. Neles encontramos a luz da Palavra de Deus, que nos leva a fazer ecoar
Cristo em todos os cantos. Mesmo assim isto não é suficiente, porque hoje,
precisamos de aprender a usar de psicologia, pedagogia, até sociologia e outras
ciências. Ainda bem que as dioceses contribuem para a nossa formação em todos
os aspectos referentes à Iniciação.
As MCS, sem dúvida, ajudam, mas também têm os seus limites.
Como tudo está na ponta dos dedos, a busca por qualquer resultado basta, não
tem um estudo mais aprofundado. Assim, Deus passa a ser uma mera pesquisa e não
se percebe o verdadeiro valor do seu amor por nós.
Uma das maiores virtudes de um catequista é a sua dedicação
ao Reino de Deus, pois, hoje, os catequistas fazem de tudo para anunciar Jesus
Cristo. Já o pior defeito é o catequista que se acha melhor que os outros e não
se preocupa com a sua formação nem com a comum união com os demais irmãos de
caminhada. Nos dias de hoje, o catequista precisa, de facto, de amar o que faz
e ser o primeiro a se apaixonar pelo Cristo e pelo projecto que Ele anuncia.
Como o Papa Francisco sempre nos exorta: “É preciso ser catequista e não apenas
dar catequese”. Isto significa que o nosso testemunho é mais importante de que as
nossas palavras.
Saavedra Correia