O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo Ano Litúrgico católico e em 2021 começou no domingo, 28 de Novembro.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir, chegar”. Dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do mundo; as duas seguintes servem para reflectir concretamente sobre o nascimento de Jesus e a sua irrupção na história do homem, no Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e acende-se uma vela em cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A excepção é no terceiro Domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a cor rósea.
Para tornar sensível esta dupla preparação de espera, durante o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é proclamado o hino do Glória.
O objectivo destes simbolismos é expressar de maneira tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, lhe falta algo para o seu gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações no trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do verdadeiro sentido deste tempo.
A principal preparação neste período deve ser interior, na espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, para que vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância na fé, na oração, na busca de reconhecer Cristo que vem nos acontecimentos e nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direcção ao Reino do Pai; o testemunho da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como Maria, José, João Baptista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa do Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.