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Depois da Comunhão, o que e por quem é mais aconselhável rezar
- 25-10-2023
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A Igreja ensina que após recebermos a Sagrada Hóstia,
presença real de Jesus (corpo, sangue, alma e divindade), Ele está
substancialmente presente em nós até que o nosso organismo consuma as espécies
do pão; isto pode levar cerca de 15 minutos. Depois disso, Jesus passa a estar na
nossa alma pela acção do Espírito Santo e da Sua graça.
O grande São Pedro Julião Eymard, no seu livro “Flores da
Eucaristia” (Ed. Palavra Viva, Sede Santos!, Distribuidora Loyola, pgs
131-135), ensina a importância da Acção de Graças.
Alguns dos seus ensinamentos:
– “O momento mais solene da vossa vida é o da Acção de
Graças, em que possuis o Rei da Terra e do Céu, vosso Salvador e Juiz, disposto
a conceder-vos tudo o que Lhe pedirdes”.
– “A Acção de Graças é de imprescindível necessidade, para
evitar que a Sagrada Comunhão degenere num simples hábito piedoso.”
– “Nosso Senhor permanece pouco tempo nos nossos corações,
após a Sagrada Comunhão, mas os efeitos da Sua Presença prolongam-se. As santas
espécies são como que um invólucro, que se rompe e desaparece para que o
remédio produza os seus salutares efeitos no organismo. A alma torna-se então
como um vaso que recebeu um perfume precioso.”
– “Consagrai à Acção de Graças meia hora se for possível, ou,
pelo menos, um rigoroso quarto de hora (15 minutos). Dareis prova de não ter
coração e de não saber apreciar devidamente o que é a Sagrada Comunhão, se,
depois de ter recebido Nosso Senhor, nada sentísseis e não Lhe soubésseis
agradecer.”
– “Deixai, se quiserdes, que a Sagrada Hóstia permaneça um
momento sobre a vossa língua para que Jesus, verdade e santidade, a purifique e
santifique. A introduza depois no vosso peito, no trono do vosso coração, e,
adorando em silêncio, começai a Acção de Graças”.
– “Adorai Jesus sobre o trono do vosso coração, apoiando-vos
sobre o Coração de Jesus, ardente de amor. Exaltai-Lhe o poder… proclamai-o vosso
Senhor, confessai que sois felizes servos, dispostos a tudo para Lhe dar
prazer.”
– “Agradecei-Lhe a honra que vos fez, o amor que vos
testemunhou, e o muito que vos deu nesta Comunhão! Louvai a Sua bondade e o seu
amor para convosco, que sois tão pobres, tão imperfeitos, tão infiéis! Convidai
os anjos, os santos, a Imaculada Mãe de Deus para O louvar e Lhe agradecer por
vós. Uni-vos às asções de graças amantes e perfeitas da Santíssima Virgem.”
– “Agradeçamos por meio de Maria, pois quando um filho
pequeno recebe alguma coisa, cabe à mãe agradecer por ele. A Acção de Graças
identificada com a de Maria Santíssima será perfeita e bem aceite pelo Coração
de Jesus.”
– “Na Acção de Graças da Comunhão, chorai os vossos pecados
aos pés de Jesus com Madalena (Jo 12,3), prometei-lhe fidelidade e amor,
fazei-Lhe o sacrifício das vossas acções desregradas, da vossa tibieza, da
vossa indolência em empreender o que vos custa. Pedi-Lhe a graça de não mais O
ofenderdes, prometei-Lhe que preferis a morte ao pecado.”
– “Pedi tudo o que quiserdes; é o momento da graça, e Jesus
está disposto a dar-vos o próprio Reino. É um prazer que Lhe proporcionamos,
oferecer-Lhe ocasião de distribuir os seus benefícios.”
– “Pedi-lhe o reinado da santidade em vós, nos vossos irmãos,
e que a sua caridade abrase todos os corações.”
Na Acção de Graças devemos orar pela Igreja, pelas
necessidades, intenções e saúde do Papa e dos nossos bispos, sacerdotes,
diáconos, consagrados, coordenadores de comunidades, missionários, catequistas,
vocações sacerdotais e religiosas, etc.
É o momento privilegiado para pedir a Jesus, pelo Seu
Sacrifício, o sufrágio das almas do Purgatório (dizendo-Lhe alguns nomes), de
pedir por cada pessoa da nossa família e de todos os que se recomendaram às
nossas orações e por todos aqueles por quem somos mais obrigados a rezar. E
peçamos a Jesus todas as graças necessárias para podermos cumprir bem a missão
que Ele nos deu neste mundo, familiar, profissional ou apostólica. É também o
momento da nossa cura interior, pelo Sangue de Jesus.
Não nos esqueçamos nunca do que Ele disse: “Permanecei em Mim
e Eu permanecerei em vós. O ramo não pode dar fruto por si mesmo se não
permanecer ligado à videira” (Jo 15, 1-6). É melhor não comungar do que
comungar mal.