XXIII JORNADA
MUNDIAL
DA JUVENTUDE 2008
A decorrer em Sidney (Austrália) de 15 a 20 de Julho, com a presença de Sua Santidade o Papa Bento XVI.
O tema para este ano, escolhido pelo Papa, é o seguinte:
“Ireis receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas” (Act 1,8).
No dizer do Papa, esta “será uma extraordinária oportunidade de anunciar a beleza e a alegria do Evangelho numa sociedade secularizada”.
"O principal objectivo destas Jornadas é fazer a pessoa de Jesus o centro da fé e da vida de cada jovem para que Ele possa ser seu ponto de referência constante e também a inspiração para cada iniciativa e compromisso para a educação das novas gerações".
- A cruz da Jornada foi entregue pelo Papa João Paulo II aos jovens em 1984 pela primeira vez, para ser um sinal do amor de Cristo pela humanidade, sendo transportada por fiéis desde a primeira JMJ em 1985.
Em 2003, o saudoso Pontífice também presenteou os jovens com o ícone de Maria para que acompanhasse a cruz. Os símbolos já foram levados por vários jovens de todo mundo e visitaram locais muito significativos. Em todos os locais por onde estes objectos sagrados têm passado levam a mensagem de Cristo, de amor, de paz, esperança e reconciliação.
A Oração da Jornada
Mundial
da Juventude 2008
Deus Nosso Pai,
Nós te consagramos a Jornada Mundial da Juventude de 2008 em Sidney.
Guia e protege o Papa Bento XVI e todos os líderes da Igreja.
Inspira e dirige todos os que conduzem e planeiam a Jornada Mundial da Juventude.
Une-os e protege-os com o teu cuidado paternal.
Amém
Senhor Jesus Cristo, antes de ascender ao Pai,
Prometeste enviar o teu Santo Espírito para que nós pudéssemos ser as tuas testemunhas até aos confins do mundo.
Abençoa e multiplica os esforços de toda a esta equipa e dos voluntários.
Ajuda-nos a assumir a nossa cruz e a seguir-Te sob o sinal celestial do Cruzeiro do Sul.
Amém
Espírito Santo,
derrama a tua graça sobre este Grande Território do Sul e nos concede um novo Pentecostes.
Faz desta terra um verdadeiro local de acolhimento dos jovens de todo o mundo.
Concede a estes jovens conversão de vida, profundidade de fé e amor por todos.
Capacita-os a construir uma Nova Civilização de vida, amor e verdade.
Faz com que eles sejam verdadeiras testemunhas do teu poder e da tua graça.
Amém
Nossa Senhora do Cruzeiro do Sul, Auxílio dos Cristãos – rogai por nós Bem Aventurada Mary MacKillop – rogai por nós!
Hino da Jornada
Mundial
da Juventude 2008
em português
O músico católico Márcio Cruz (Brasileiro) foi o escolhido para gravar a versão em português do Hino oficial da Jornada Mundial da Juventude de 2008.
Ele partilha como tudo aconteceu:
"A primeira inspiração foi colocar a música-tema da JMJ no meu novo disco, cujo título será 'Uma Nova História'.
Quando escutei o hino pela primeira vez senti que precisava cantá-lo em nossa língua. Então, entramos em contacto com o Comité da Jornada Mundial da Juventude e em seguida com Guy Sebastian, que é o compositor da canção. E aí tudo começou!
Logo em seguida, o comité mandou um formulário de inscrição para eu cantá-lo, pois eles haviam me escolhido (entre 600 artistas do mundo) para me apresentar na Jornada. Foi uma surpresa ser escolhido para representar o nosso povo e também cantar no Sidney Operan House, que é um dos maiores símbolos da Austrália. Pensei: 'Por que eu?' Até agora não sei explicar! Só sei que Deus não nos escolhe por mérito, mas por misericórdia.
A minha expectativa em relação à Jornada Mundial da Juventude começa pelo simples facto de saber que não estamos sozinhos. Somos muitos e somos o rosto jovem da Igreja! Que não é o futuro, mas o presente da Igreja!
Acredito que a Jornada é um evento singular, no qual os jovens expressam uma única fé, que se une e revela o seu ápice na chegada do Papa.
Na Alemanha pude ver jovens de todas as nações a gritar cada um na sua língua "Bento, nós te amamos!".
Mostramos ao mundo que o Apóstolo Pedro permanece e permanecerá levando-nos a Cristo Rei.
O valor da Jornada não tem preço, é uma experiência de piedade que resgata a fé adormecida em nós!
Márcio Cruz
Carregue aqui para fazer download da música.
História inédita da Jornada Mundial da Juventude
Quando em 1983 pensou-se em convocar uma Jornada Mundial da Juventude, no Vaticano isso parecia uma ideia descabida, impossível de se realizar. Hoje, como demonstra Sydney, o evento converteu-se em um dos acontecimentos evangelizadores mais importantes para a Igreja. O cardeal Paul Josef Cordes, hoje presidente do Conselho Pontifício «Cor Unum», naquele momento vice-presidente do Conselho Pontifício para os Leigos, narrou a história inédita da Jornada Mundial da Juventude.* * *
A ideia de criar a Jornada Mundial da Juventude nasceu no Ano Santo extraordinário 1983/84. A cidade eterna foi invadida por associações, sociedades, irmandades e grupos de todos os tipos. Um dos voluntários do Centro Internacional Juvenil San Lorenzo (criado por João Paulo II há 25 anos), pe. Massimo Camisasca, de «Comunhão e Libertação», perguntou: «Por que, neste Ano Santo, não fazemos também um encontro internacional da juventude?». Respondi: «A ideia é interessante; mas quem poderá organizar este evento?». Parecia-me evidente que um assunto semelhante excedia completamente as possibilidades do Conselho Pontifício para os Leigos. E que teria podido consegui-lo apenas com a condição de que se empenhassem na idéia todas as novas iniciativas espirituais que colaboravam no Centro. Nós os reunimos e fomos capazes de arrancar-lhes sua disponibilidade, contra o parecer de alguns dentre os dirigentes mais velhos, que, devido a suas péssimas experiências em uma reunião análoga celebrada no Ano Santo de 1975, suscitaram muitas reservas. Mas - graças a Deus - os cépticos não conseguiram apagar a serenidade e o necessário impulso juvenil dos demais.Quanto mais se aproximava a primeira Jornada da Juventude, tanto mais forte se manifestavam as resistências externas. De algumas dioceses que havíamos convidado, chegavam comentários críticos, como: «Não é competência do Vaticano ocupar-se de nossos jovens». O prefeito (comunista) de Roma cancelou de última hora autorizações já concedidas, de maneira que não foi possível preparar o previsto acampamento no parque Pineta Sacchetti de Roma nem instalar ali os alojamentos designados. Aos ecologistas se associaram jornalistas para dar o alarme sobre a imediata devastação de jardins e áreas públicas da cidade. Apareceram artigos de jornal com títulos do tipo «Chegam os Hunos». E, contudo, apesar de nossa total inexperiência quanto a megareuniões desse tipo, e apesar dos obstáculos, o grande encontro foi um êxito triunfal. Algo assim como trezentos mil jovens acolheram o convite do Papa e no Domingo de Ramos participaram da eucaristia na Praça de São Pedro. A massa de estrangeiros era muito superior à esperada, e contudo se desenvolveu de modo tão ordenado e exemplar que assombrou o mundo inteiro. O nonagenário cardeal decano Carlo Confalonieri, que havia acompanhado algumas fases da festa juvenil do terraço da basílica vaticana, observou: «Nem sequer os romanos mais velhos podem recordar algo semelhante».No Conselho para os Leigos desgastamos até a última de nossas forças físicas. Durante meio ano não tivemos em mente outra coisa que não fosse a Jornada da Juventude. Havíamos deixado todo o resto de lado. Acreditamos nela e quisemos organizá-la com todas as nossas forças; de fato, havíamos pagado a nossa dívida com a juventude mundial. Evidentemente, o Papa João Paulo II pensava de outro modo. Pouco antes das férias veraneias, ele disse-nos: «O ano próximo foi proclamado pela ONU o Ano da Juventude. Não seria o caso de convidar novamente a Roma a juventude do mundo?».Ao ouvir a proposta, é compreensível que nosso entusiasmo fosse muito contido. Restava muito pouco tempo para os preparativos, já que a pausa das férias com os dois meses de interrupção estava às portas, e a data a fixar seria de novo o Domingo de Ramos. Sem dizer que não podíamos mais uma vez, durante meio ano, pretender o empenho de grupos do Centro Juvenil para uma nova JMJ. Por outro lado, devíamos dizer sim ao Papa, sobretudo porque é o Papa, e logo porque havíamos visto em primeira pessoa que a primeira Jornada da Juventude tinha marcado um grande impulso de fé para muitíssimos jovens. Nossa boa disposição à obediência encontrou logo um eco inesperado, que nos tirou muitas preocupações: Chiara Lubich, a fundadora dos Focolares, pôs à nossa disposição todas as forças de seu movimento, de modo que pudemos nos apoiar em uma organização já montada.Pela segunda vez, a participação dos jovens foi oceânica: na liturgia de encerramento diante da basílica de Latrão se contaram cerca de duzentas e cinquenta mil pessoas. No Conselho para os Leigos tínhamos querido encerrar por um pouco o capítulo «juventude», mas incumbiam-nos de muitas outras obrigações. Na Segunda-Feira Santa, ao limite da extenuação, escapei para a Alemanha para poder finalmente dormir e recuperar-me um pouco do cansaço. No Domingo de Páscoa acompanhei a transmissão televisiva da liturgia na Praça de São Pedro. A homilia do então jovem Papa me entusiasmou. Mas uma passagem me irritou: com muitíssima energia o Papa disse esta frase: «Encontrei-me no domingo passado com centenas de milhares de jovens e tenho impressa na alma a imagem festiva de seu entusiasmo. Desejando que esta maravilhosa experiência possa repetir-se nos anos futuros, dando origem à Jornada Mundial da Juventude no Domingo de Ramos...».
O Santo Padre havia tomado gosto e havia instaurado uma prática nova na Igreja Católica.Assim começou a celebração da Jornada da Juventude, que tocou diferentes países do planeta, alternando reuniões internacionais com as realizadas nas igrejas locais. Inaugurou-a Buenos Aires, na Argentina. Seguiram Espanha, Estados Unidos, Europa e Ásia. De especial destaque foram o encontro de Paris e o de Roma, este durante o Ano Santo de 2000. O cume numérico foi nas Filipinas, onde se reuniram cerca de quatro milhões de pessoas na festa. Os meios de comunicação estiveram de acordo em comentar que a família dos povos não havia assistido nunca a um evento no qual houvesse participado - voluntariamente com grandíssima alegria - uma multidão tão grande de pessoas.
COMEÇOU NO DIA 15 DE JULHO o maior encontro juvenil do mundo católico em Sidney
Milhares de jovens estiveram reunidos na cidade australiana de Sidney para a Missa de abertura da Jornada Mundial da Juventude 2008, o maior encontro do género no mundo católico. A cerimónia, presidida pelo Cardeal George Pell, Arcebispo local, foi marcada pela atenção dada às comunidades aborígenes, com danças tradicionais em diversos momentos da celebração.Após uma procissão com as bandeiras de todos os países presentes na JMJ, os principais símbolos da iniciativa – a cruz das Jornadas e o ícone de Maria – chegaram a Barangaroo após uma peregrinação de 12 meses na Austrália. Jovens aborígenes cantaram uma música tradicional de boas-vindas. Ecrãs gigantes ao longo da Cidade permitiram aos habitantes de Sidney acompanhar a celebração, onde foi sempre visível a internacionalidade deste acontecimento, com leituras em diversas línguas, incluindo o português.
A cerimónia, presidida pelo Cardeal George Pell, Arcebispo local, foi marcada pela atenção dada às comunidades aborígenes, com danças tradicionais em diversos momentos da celebração.Após uma procissão com as bandeiras de todos os países presentes na JMJ, os principais símbolos da iniciativa – a cruz das Jornadas e o ícone de Maria – chegaram a Barangaroo após uma peregrinação de 12 meses na Austrália. Jovens aborígenes cantaram uma música tradicional de boas-vindas. Ecrãs gigantes ao longo da Cidade permitiram aos habitantes de Sidney acompanhar a celebração, onde foi sempre visível a internacionalidade deste acontecimento, com leituras em diversas línguas, incluindo o português.26 Cardeais, 400 Bispos e cerca de 4 mil padres deram vida, juntamente com mais de 100 mil jovens, a uma das maiores celebrações da história da Austrália. A organização do evento espera que, no final desta semana, aquando das celebrações presididas pelo Papa, estejam no país peregrinos de quase 200 nações de todo o mundo. Na sua homilia, o Cardeal Pell partiu da imagem evangélica do “Bom pastor” e da “ovelha perdida”, frisando que a mensagem de Cristo se dirige a todos, “em especial aos que não têm religião”. O Arcebispo de Sidney convidou os presentes a estarem “sempre abertos” ao Espírito Santo, na linha do que tem sido a preparação para a JMJ 2008, sempre dedicada à reflexão sobre a terceira pessoa da Trindade.
D. George Pell pediu aos jovens para não se deixarem dominar pelo conformismo: “Não passeis a vida sem tomar posição, pensando que é melhor não escolher, porque é dando atenção aos compromissos assumidos, que podereis viver em plenitude”.
Num ambiente de grande festa, música e cor, a celebração misturou o Gregoriano com cânticos e danças tradicionais aborígenes – após a Comunhão, um grupo de peregrinos Maori cantou uma apresentação de acção de graças, em nome dos povos nativos da Nova Zelândia. Na apresentação das ofertas, os jovens representavam os cinco Continentes.Os peregrinos rezaram pela “unidade da Igreja”, pelas “nações atingidas pela praga da guerra e do medo”, pelos que vivem “na pobreza material ou espiritual” e pelos que perderam a vida por causa da sua fé em Jesus.
HOMILIA DO SANTO PADRE BENTO XVI | ![]() | ![]() | ![]() |
CELEBRAÇÃO EUCARÍSTICA FINAL DA XXIII JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE Domingo, 20 de Julho de 2008
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