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A Família

Traição: a primeira insegurança de muitos casais

 A traição é um pecado muito sério

A crise que mais pode afectar e até mesmo destruir um casamento é a traição. Infelizmente, é um caso que acontece muitas vezes. Por que é que uma traição acontece no casamento? São muitos os motivos.

Infelizmente, a revolução sexual dos anos 60 “liberou” a actividade sexual antes do casamento para a maioria das pessoas. Criou-se uma cultura de sexo livre, também um mal chamado amor livre. A partir daí, o sexo passou a ser banalizado nos meios de comunicação, especialmente nas TVs por meio das novelas e outros programas de entretenimento.

O sexismo hoje permeia a cultura social, influencia a música, a moda, os livros, os relacionamentos etc. A maioria dos namorados, hoje, acha normal viver uma vida sexual antes do casamento; e quem não aceita isto é olhado como estranho. Não há como negar que esta “cultura sexual” influencia, fomenta e estimula a traição depois do casamento. Quem se acostumou com o “sexo livre”, dificilmente se contentará com apenas um cônjuge. Face a esta pressão sexual que hoje existe sobre as pessoas, somente a religião e a moral cristã podem fazer com que um casal se mantenha fiel no seu relacionamento.

A lei de Deus é clara: “Não adulterarás” (Deut 5,18)

A traição no casamento é um pecado muito sério, pois destrói famílias. O casamento é uma aliança sagrada, na qual duas pessoas prometem ser fiéis uma à outra até à morte, perante Deus e os homens. A traição quebra esta aliança e desrespeita o cônjuge e Deus. No entanto, quem tem este valor consegue, com a graça de Deus, superar as tentações sexuais. Do contrário, é muito difícil!

Mesmo entre casais cristãos há traições, certamente por falta de amor ao outro, vigilância e oração. Jesus deixou claro: “Vigiai e orai, porque o espírito é forte, mas a carne é fraca”. Quando um cônjuge se arrepende de uma traição isolada, o mais correcto será pedir perdão a Deus e confessar-se. Sempre que possível, é bom procurar a reconciliação com o cônjuge, especialmente se tiverem filhos. Isto é muito difícil e doloroso, mas é a coisa mais correcta a fazer. Não há pecado que não possa ser perdoado se houver arrependimento sincero. Vale a pena lutar para manter o casamento e a família.

Se a pessoa que traiu se arrepende e quer consertar o relacionamento, é bom dar uma segunda chance. Mas, se quem traiu persiste na traição repetida, quem foi traído tem o direito de se separar, embora não possa casar com outra pessoa sem declaração de nulidade do casamento. Os especialistas dizem que mais de metade dos casamentos continuam, mesmo após uma traição. Sem Deus, sem o compromisso sacramental com o cônjuge, as traições repetem-se.

Só os homens traem?

Segundo os dados levantados por especialistas em relacionamentos, as mulheres estão tão propensas a trair como os homens. Um advogado amigo, que trata de casos de divórcio, confirmou-me este dado. Dizem que a diferença é que o homem é menos cuidadoso na hora de esconder a infidelidade. Alguns afirmam que enquanto os homens tendem a trair ao longo da vida, as mulheres estão mais propensas a trair mais tarde, quando os filhos já estão crescidos.

Muitos dos infiéis diziam buscar aventuras extraconjugais devido à monotonia no casamento. Com o passar dos anos, muitos deixam de investir no relacionamento conjugal, deixam de procurar formas de sair da rotina, de conversar sobre assuntos variados e dialogar com frequência. E isto pode prejudicar o relacionamento. A rotina destrói o bom relacionamento e pode ir separando o casal. Se a planta do amor não for regada todos os dias com um pouco de carinho, pode morrer. Por isso, os terapeutas conjugais recomendam “dizer ao outro uma palavra carinhosa todos os dias”.

É claro que quem trai é culpado pelo acto em si, mas as razões que o levaram a chegar a este ponto podem envolver muitas coisas. A causa principal das traições é a fraqueza humana, a força do instinto sexual e a tentação do mal. O demónio aproveita-se disto, quer destruir as famílias; e tudo começa na traição. E as formas de tentações e traições são muitas.

Por que é que as pessoas traem?

Alguns dizem que traem para fugir da rotina sexual com o cônjuge, querem novas aventuras sexuais. Há quem diga que trai por curiosidade, para experimentar novas aventuras.

A vida sexual no casamento é muito importante, e o casal precisa de buscar uma harmonia sexual que satisfaça ambos. Especialmente para o homem casado é muito difícil viver sem vida sexual com a esposa, e isto acontece muitas vezes; certamente, isto pode fomentar um adultério. E isto também pode acontecer com algumas mulheres. Daí a necessidade de os casais resolverem as suas dificuldades neste relacionamento.

Outros dizem que chegam a trair para chamar a atenção do cônjuge, que não lhe dá atenção devida e não satisfaz os seus desejos. É o caso da “carência afectiva” que envolve muitos, especialmente as mulheres, que são mais sensíveis. A falta de atenção e de carinho geram grande insatisfação no relacionamento e podem fomentar uma traição. Se a mulher casada não se sustentar em Deus, poderá buscar esses cuidados, como se vê hoje, esses perigosos “namoros” pela internet, o que já pode ser considerado, de certa forma, uma traição.

Todos os casamentos têm problemas que devem ser resolvidos com conversas e orações, mas nada justifica uma traição.

Alguns dizem que traíram para “dar um troco”, por vingança, mas nada justifica a traição, um erro não justifica outro. Há traições premeditadas, planeadas, especialmente nos casos em que entra um amante. Mas há também a traição inesperada, única, quando acontece uma viagem sozinho e a tentação se apresenta. A gravidade é a mesma, mas as consequências podem ser diferentes.

Há também o caso dos casais que moram em cidades distantes por causa de trabalho; isto pode ser um factor que aumenta a possibilidade de traição se não houver muito cuidado e fidelidade ao outro. Nem sempre há o desejo de terminar o casamento, ou mesmo de não amar o outro e a família. É que “a ocasião faz o ladrão”.

Jesus, que conhecia profundamente o ser humano, sabia que o adultério não começa na cama, mas no mau desejo; por isso disse no Sermão da Montanha: “Se o homem desejar uma mulher libidinosamente, já adulterou com ela no seu coração”. Então, o cristão tem de se precaver nisto, no mau desejo. Sentir o mau desejo não é pecado, mas consentir nele sim.

Existe traição entre todos os casais?

Mas é bom que se diga que há casais que nunca viveram nenhuma das realidades mencionadas acima, no entanto, vivem uma tensão no relacionamento como se tivessem passado. Muito sofrem por um “fantasma”. O que muitas vezes começa a gerar outros problemas, como desconfiança, ciúmes, discussões e muitas outras.

É importante tomar cuidado, pois esta é uma insegurança que se não for “tratada” pode gerar várias outras e causar um prejuízo maior no namoro ou no casamento. O diálogo, a confiança e a compreensão mútua são essenciais para o casal vencer estes desafios.

É preciso estar atento, vigiando e orando sempre, pois nenhum casal está isento desta realidade. No entanto, com fé e a graça de Deus, podemos superar tudo isto.


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