O Advento é o tempo de preparação para celebrar o Natal e
começa quatro domingos antes desta festa. Além disso, marca o início do novo
Ano Litúrgico católico.
Advento vem do latim “ad-venio”, que quer dizer “vir,
chegar”. Dura quatro semanas.
O Advento está dividido em duas partes: as primeiras duas
semanas servem para meditar sobre a vinda do Senhor quando ocorrer o fim do
mundo; as duas seguintes servem para reflectir concretamente sobre o nascimento
de Jesus e a sua irrupção na história do homem, no Natal.
Nos templos e casas são colocadas as coras do Advento e
acende-se uma vela em cada domingo. Do mesmo modo, os paramentos do sacerdote
são roxos, como símbolo de preparação e penitência. A excepção é no terceiro
Domingo, o Domingo Gaudete (da alegria), no qual pode se usar a cor rósea.
Para tornar sensível esta dupla preparação de espera, durante
o Advento, a Liturgia suprime alguns elementos festivos. Na Missa, não é
proclamado o hino do Glória.
O objectivo destes simbolismos é expressar de maneira
tangível que, enquanto dura a peregrinação do homem, lhe falta algo para o seu
gozo completo. Quando o Senhor se fizer presente no meio do seu povo, a Igreja
terá chegado à sua festa completa, representada pela Solenidade do Natal.
Muitos católicos sabem do Advento, mas talvez as preocupações
no trabalho, as provas na escola, os ensaios com o coral ou teatro de Natal, a
arrumação do presépio e a compra dos presentes fazem com que se esqueçam do
verdadeiro sentido deste tempo.
A principal preparação neste período deve ser interior, na
espera da vinda de Jesus.
No tempo do Advento, faz-se um apelo aos cristãos, para que
vivam de maneira mais profunda algumas práticas específicas, como: a vigilância
na fé, na oração, na busca de reconhecer Cristo que vem nos acontecimentos e
nos irmãos; a conversão, procurando consertar os próprios caminhos e andar nos
caminhos do Senhor, para seguir Jesus em direcção ao Reino do Pai; o testemunho
da alegria que Jesus traz, através de uma caridade paciente e carinhosa para
com os outros; a pobreza interior, de um coração disponível para Deus, como
Maria, José, João Baptista, Zacarias, Isabel; a alegria, na feliz expectativa
de Cristo que vem e na invencível certeza de que Ele não falhará.