SANTA RITA DE CÁSSIA
Suportou durante 18 anos um marido brutal que lhe era infiel e a maltratava, até que conseguiu convertê-lo. Quando este foi assassinado e os seus dois filhos juraram vingar-se dos matadores, pediu a Deus que tirasse a vida dos filhos antes que eles cometessem o feio pecado da vingança, e foi atendida. Ingressou depois de viúva num convento agostiniano e ali recebeu na fronte, como privilégio, um dos espinhos da coroa de Nosso Senhor. A sua vida é repleta de milagres e episódios maravilhosos.
É a padroeira das mulheres que sofrem com os maridos, e é também chamada "advogada das causas perdidas" e "dos impossíveis".
Relativamente aos primeiros tempos da vida de Rita, todos os biógrafos narram um facto em que a figura da santa é envolvida numa aura de lenda: o episódio das abelhas brancas. Cinco dias após o seu nascimento, os pais, António e Amata, ao irem trabalhar para os campos, meteram-na num cesto de vime e levaram-na consigo, pousando-o à sombra de uma árvore. Enquanto trabalhavam, um enxame de abelhas brancas rodeou o rosto da menina e algumas delas entravam para a sua boca aí depondo o seu mel. A cena foi vista por um ceifeiro que cortara um dedo da mão direita com uma foice e corria para Cássia à procura de quem o socorresse. Passando junto ao cesto, tentou afastar as abelhas com as mãos e, de repente, reparou que a sua mão ferida já não sangrava e o golpe fechara.
22 de Maio -
Santa - Rita de Cássia
Foi esposa, mãe, viúva e depois religiosa: Santa Rita de Cássia tornou-se
popular pela sua intercessão em casos impossíveis.
Nascida em 1381
de uma pobre família que muito bem comunicou-lhe a riqueza que é viver o
Evangelho.
Desde pequena manifestava a sua grande devoção a Nossa Senhora, confiança na
intercessão de São João Batista e de Santo Agostinho. No coração de Santa Rita
crescia o desejo da vida religiosa, mas foi casada pelos pais com Paulo
Ferdinando que de início aparentava boa índole, porém começou a mostrar-se
grosseiro, violento e fanfarrão.
Santa Rita de Cássia grande intercessora sofreu muito com o esposo, até que foi
assassinado, o que trouxe nos dois filhos gémeos grande revolta e vontade de vingança.
Santa Rita de Cássia entregava-se constantemente à oração, e ao testemunho de
caridade, e perdoou ao esposo e assassinos, mas infelizmente perdeu cedo os
filhos. Como viúva conseguiu a graça de entrar na vida religiosa, chagada, e em
meio a novas situações humanamente impossíveis, conseguiu superar com a graça
de Deus todos os desafios pela santidade. Santa Rita de Cássia...rogai por nós!
Santa Rita de Cássia
Rita foi sempre devota da sagrada paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, por
isso, sonhava por ter um sinal sensível dos sofrimentos do Senhor. Um dia,
tendo ela já 24 anos de vida religiosa, depois de ouvir um sermão, estava a
meditar diante de uma imagem do crucificado, venerada num pequeno oratório do
mosteiro, quando da coroa do Crucificado se desprendeu um espinho, o qual,
rápido como uma fecha, foi cravar-se na testa de Rita. Esta ferida do espinho
acompanhou-a até a morte, e fê-la sofrer horrivelmente.
S. Rita nasceu
Em 1396, já era menina de 16 anos, quando o seu amor pelo recolhimento e pela oração
a levaram a formar uma espécie de sela na casa paterna, onde, após a labuta
doméstica, ficava sozinha diante de Deus.
Tinha apenas 18 anos, quando os pais, orientados pelo seu confessor, lhe
propuseram para marido o jovem Paulo Fernando, natural também de Rocca Porena.
Rita, apesar de se sentir chamada para a vida religiosa, viu na vontade paterna
um reflexo dos desígnios de Deus, e assim contraiu o matrimónio, na constância
do qual deu à luz dois filhos: João Tiago e Paulo Maria. A vida conjugal transcorreu-lhe
cheia de tormentos, devido ao temperamento impulsivo do marido. E, quando os
seus sofrimentos de esposa terminaram pela morte trágica e inesperada de
Fernando, ela chorou-o com saudade tão cristã, como cristã tinha sido a
paciência com que lhe suportava os arrebatamentos do génio.
O ano de 1415, assinala a morte dos seus dois filhos, cuja circunstância
especial já demonstrou bastante o extraordinário valimento de Rita junto ao
trono do Altíssimo.
Estes rapazes, vendo o assassínio do pai, formularam logo o propósito de o
vingarem, consoante os costumes rudes da época. Mas S. Rita preferiu vê-los
mortos a vê-los de mãos manchadas de sangue humano; e tanto rezou por esta
intenção, que, em menos de um ano da morte do pai, eles expiravam santamente,
arrependidos dos seus intentos nefastos. Vendo-se viúva e sem filhos, Rita
achou chegada a ocasião de acudir ao primeiro chamamento, ouvido na infância.
Quis fazer-se religiosa, mas a superiora do mosteiro agostiniano de Santa Maria
Madalena, de Cássia, não a quis aceitar. "Já dera tudo ao Mundo, e só
agora resolvera dar os restos a Deus!"... Já tinha sido repelida três
vezes, quando João Baptista, S. Agostinho, e S. Nicolau Tolentino, seus protectores
a introduziram milagrosamente no claustro.
Em 1417, na vigília da sua profissão religiosa teve uma visão semelhante à da
escada de Jacob. No ano seguinte, ocorreu-lhe outro milagre estupendo.
Ordenando-lhe a superiora, em nome da obediência que regasse todos os dias um
sarmento seco de vinha, mal passou um ano, já daquele ramo morto brotavam
cachos de uvas abundantes e saborosas. E a videira, apesar de velha de 5
séculos, ainda hoje está viçosa.
Ocorrendo em 1450, um ano jubilar, Rita, à semelhança de outras religiosas,
desejou lucrar a grande graça da indulgência plenária. Mas, como dirigir-se a
Roma, se ninguém podia suportar o mau cheiro da chaga do espinho?... Novo e
extraordinário milagre! A ferida que nunca cedera a remédios, sarou de repente
de modo a permitir-lhe a peregrinação, abrindo outra vez, após a sua volta da
cidade eterna.
Em 1456, estava enferma, quando, visitada por uma parente, lhe pediu uma rosa e
alguns figos. Aparentemente o pedido era um absurdo, porque estavam em pleno
inverno. Replicando Rita a objecção da parente mandou que fosse ao seu
jardinzinho de Rocca Porena, onde, apesar do gelo e da neve, tudo havia de
encontrar. E assim aconteceu.
Aos 22/5/1456, Rita exalou a sua bela alma, na idade de 76 anos. O seu trânsito
ditoso foi anunciado milagrosamente, pelo sino do mosteiro, cujos toques e
repiques eram tirados por mãos invisíveis e angélicas.
S. Rita foi canonizada pelo afecto e devoção dos fiéis, muito antes que a
igreja lhe concedesse a honra dos altares. Urbano VIII beatificou-a em 1627, e
em 1900 Leão XIII fez a sua solene canonização. Mas já em 1577 se erguia em
Cássia uma igreja à Santa das causas desesperadas e impossíveis.
S. Rita é uma grande evangelizadora. Ela não anuncia a si mesma, mas o Senhor Jesus e a força do seu Mistério Pascal de cruz e Ressurreição. S. Rita é a manifestação vigorosa do Espírito Santo, que fala e age também na Igreja e no mundo de hoje.
1. MENSAGEM ÀS MULHERES
Santa Rita, antes de mais nada, quer transmitir a sua mensagem às mulheres de
todas as idades e condições, porque ela conhece pessoalmente os papéis
femininos de filha, esposa, mãe, viúva e religiosa.
Santa Rita anuncia à mulher, o evangelho da liberdade, liberdade der ser ela mesma, de defender a própria dignidade e a de quem é mais fraco. Ela proclama o evangelho da interioridade, porque sem esta, não existe liberdade, e as coisas passageiras podem facilmente seduzir e escravizar o coração.
S. Rita encarna o evangelho do serviço, porque somente quem perde a própria vida por amor a encontra verdadeiramente.
2. MENSAGEM AOS CÔNJUGES
Santa Rita anuncia aos esposos o evangelho da fidelidade ao próprio cônjuge.
Ela proclama o evangelho do perdão, porque quem erra anda errante e somente
será ajudado se não for condenado por nós.
3. MENSAGEM AOS PAIS
Aos pais, Santa Rita anuncia o evangelho da coerência, porque, de facto, só se
é educador pelo exemplo. Ela anuncia o evangelho da confiança, para que, a
família, egoisticamente, não se feche ao futuro e não destrua a vida. Ela
proclama o evangelho da oração, porque abrir-se a Deus, significa construir a
própria família sobre a rocha.
4. MENSAGEM AOS JOVENS
Santa Rita dirige-se aos jovens de hoje como uma mãe aos próprios filhos.
Ela anuncia aos jovens o evangelho da esperança, porque a vida tem sentido,
porque Deus nos ama e não nos deixa sozinhos. Ela proclama o evangelho da
obediência, porque somente partindo da humildade se constroem grandes coisas.
Santa Rita anuncia aos jovens o evangelho da generosidade, porque com esforço
próprio pode-se superar a lógica do ódio e da violência.
5. MENSAGEM A QUEM SOFRE
A quem sofre, Santa Rita anuncia o evangelho da proximidade do Deus
Crucificado, Consolador e Salvador. Ela proclama o evangelho da fortaleza em
carregar a própria cruz junto a Cristo. Santa Rita encarna o evangelho da
compaixão, porque sofre com quem sofre e socorre todo o sofrimento com a sua
poderosa intercessão.
6. MENSAGEM AOS CONSAGRADOS
À pessoa consagrada (religiosos e religiosas) Santa Rita anuncia o evangelho da
alegria que surge da doação total a quem vale muito mais do que o cêntuplo: o
Senhor Jesus.
Ela proclama aos consagrados o evangelho da comunhão, para que na tensão em configurar-se a Cristo "não exista homem ou mulher, e todas as divisões sejam superadas". Enfim, a todas as pessoas que encontra, Santa Rita anuncia o evangelho da paz universal, para que sejamos todos sempre irmãos e (ãs), filhos e (as) do mesmo Pai.
Novena a Santa Rita de Cássia
. Fazer o sinal da cruz;
. Ler o tema de cada dia;
. Rezar 1 Pai Nosso; 10 Ave-Marias e 1 Glória ao Pai;
. Fazer a oração final.
Primeiro dia
Tema: Rita, alegria dos pais na velhice.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, tu que
nasceste quando teus pais já estavam avançados em idade, nutriste por eles um
carinho todo especial. Ensina-nos a amar sempre mais e a proteger os nossos
caminhos. Ensina-nos a amar sempre mais e a proteger todos os idosos que vivem
em nossos lares e comunidades. Que tenhamos paciência para com eles e as
condições para os amar como imagem de Jesus a quem tanto amaste.
Oração final
Deus Pai de bondade, Vós nos dais o exemplo dos santos para que imitando-os na
terra, possamos chegar um dia às alegrias do céu. Dai-me, Vos peço, por
intercessão de Santa Rita de Cássia, padroeira dos casos desesperados e
impossíveis, que tanto Vos amou nesta vida, as graças que tão ardentemente vos
suplico...
Segundo Dia
Tema: Santa Rita, amante da oração.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, nutriste desde cedo um profundo amor à oração
e à solidão com Deus, ajuda-nos a descobrir a nossa vocação de orantes num
mundo que se esquece de orar. Que possamos rezar pelos que não sabem rezar,
pelos que não podem rezar e pelos que não querem rezar.
Terceiro dia
Tema: Santa Rita, fiel ao esposo.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, mesmo em meio aos mais duros sofrimentos que
passaste no teu matrimónio, não desanimaste e oraste incessantemente pela conversão
do teu esposo. Ensina aos casais de hoje o teu jeito singelo de ser fiel na
alegria ou na tristeza, na saudade ou na doença, no amor, no respeito e na
fidelidade.
Quarto dia
Tema: Santa Rita, um coração de mãe para os seus filhos.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, foste paciente e carinhosa para com os teus
dois filhos que queriam vingar a morte do pai. Ensina aos pais de hoje a ter um
coração sempre aberto, preocupado e carinhoso para com os seus filhos a exemplo
do pai do filho pródigo, a quem imitaste na tua vida.
Quinto dia
Tema: Santa Rita, amante da vida religiosa.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, nutriste como ninguém um amor total à vida
consagrada e religiosa. Mostra a muitos jovens de hoje o caminho para descobrir
o verdadeiro amor desinteressado e total a Deus e aos irmãos. Intercede para
que surjam muitas e santas vocações sacerdotais e religiosas.
Sexto dia
Tema: Santa Rita, profunda penitente
Ó admirável Santa Rita de Cássia,
descobriste na fé e na penitência uma forma misteriosa de amar secretamente a
Deus, a quem escolheste seguir. Ajuda-nos também a descobrir a penitência como
um valor evangélico de conversão pessoal e desprendimento de todas as formas de
egoísmo.
Sétimo dia
Tema: Santa Rita, obediente aos superiores.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, como ninguém obedeceste aos teus superiores
religiosos por ver nessa obediência um valor evangélico, um amor de quem tudo
entrega por um amor sempre maior. Ensina aos cristãos dos nossos dias a
verdadeira caridade mútua, que faz com que toda a forma de obediência não seja
mais do que um modo de servir aos irmãos.
Oitavo dia
Tema: Santa Rita, amante do Crucificado.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, descobriste no amor de Jesus crucificado um
caminho para amar também o sofrimento. Ensina-nos a carregar as nossas cruzes
quando elas surgirem, sem desanimar ou desesperar.
Mostra-nos também o calor redentor de todo o sofrimento aceite por amor a Jesus
que nada mais tendo a oferecer, nos deu a Sua própria vida.
Nono dia
Tema: Santa Rita, padroeira das causas impossíveis.
Ó admirável Santa Rita de Cássia, em virtude dos prodígios que conseguiste de
Deus, foste escolhida como padroeira de todas as causas impossíveis. Ajuda-nos
a confiar sempre mais no milagre maravilhoso do amor que faz o maior de todos
os prodígios sobre a terra: a conversão de todos os corações para Deus.