Curiosidades
Que pecados nos impedem de comungar?
- 04-06-2020
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A Igreja ensina que não podemos comungar em pecado mortal sem
antes nos confessarmos. Pecado mortal é aquele que é grave, normalmente contra
um dos Dez Mandamentos de Deus: matar, roubar, adulterar, prostituir,
blasfemar, prejudicar os outros, ódio etc. É algo que nos deixa incomodados.
O que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC) sobre isto
§1856 – O pecado mortal, atacando em nós o princípio vital
que é a caridade, exige uma nova iniciativa da misericórdia de Deus e uma
conversão do coração, que se realiza normalmente no sacramento da
Reconciliação:
“Quando a vontade se
volta para uma coisa em si contrária à caridade pela qual estamos ordenados ao
fim último, há no pecado, pelo seu próprio objecto, matéria para ser mortal…
quer seja contra o amor de Deus, como a blasfêmia, o perjúrio, etc., ou contra
o amor ao próximo, como o homicídio, o adultério, etc. Por outro lado, quando a
vontade do pecador se dirige às vezes a um objecto que contém em si uma
desordem, mas não é contrário ao amor a Deus e ao próximo, como, por exemplo,
palavra ociosa, riso supérfluo, etc., tais pecados são veniais” (S. Tomás, S.
Th. I-II,88,2).
§1857 – Para que um pecado seja mortal, requerem-se três
condições ao mesmo tempo: “É pecado mortal todo o pecado que tem como objecto
uma matéria grave, e que é cometido com plena consciência e deliberadamente”
(RP 17).
§1858 – A matéria grave é estabelecida pelos Dez Mandamentos
segundo a resposta de Jesus ao jovem rico: “Não mates, não cometas adultério,
não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes ninguém, honra teu pai
e tua mãe” (Mc 10,19). A gravidade dos pecados é maior ou menor; um assassinato
é mais grave do que um roubo. A qualidade das pessoas lesadas entra também em
consideração. A violência exercida contra os pais é em si mais grave do que
contra um estrangeiro.
§1859 – O pecado mortal requer pleno conhecimento e pleno
consentimento. Pressupõe o conhecimento do carácter pecaminoso do acto, da sua
oposição à lei de Deus. Envolve também um consentimento suficientemente
deliberado para ser uma escolha pessoal. A ignorância afectada e o
endurecimento do coração (cf. Mc 3,5-6; Lc 16,19-31) não diminuem, antes
aumentam, o carácter voluntário do pecado.
§1860 – A ignorância involuntária pode diminuir ou até
escusar a imputabilidade de uma falta grave, mas supõe-se que ninguém ignore os
princípios da lei moral inscritos na consciência de todo o ser humano. Os
impulsos da sensibilidade, as paixões podem igualmente reduzir o carácter
voluntário e livre da falta, como também pressões exteriores e perturbações
patológicas. O pecado por malícia, por opção deliberada do mal, é o mais grave.
Doutrina da Igreja
§1861 – O pecado mortal é uma possibilidade radical da
liberdade humana, como o próprio amor. Acarreta a perda da caridade e a
privação da graça santificante, isto é, do estado de graça. Se este estado não
for recuperado mediante o arrependimento e o perdão de Deus, causa a exclusão
do Reino de Cristo e a morte eterna no inferno, já que a nossa liberdade tem o
poder de fazer opções para sempre, sem regresso. No entanto, mesmo podendo
julgar que um acto é em si falta grave, devemos confiar o julgamento sobre as
pessoas à justiça e à misericórdia de Deus.
§1862 – Comete-se um pecado venial quando não se observa, em
matéria leve, a medida prescrita pela lei moral, ou então quando se desobedece
à lei moral em matéria grave, mas sem pleno conhecimento ou sem pleno
consentimento.