Curiosidades
Que oração devemos fazer após a Sagrada Comunhão?
- 12-12-2021
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Nós chamamos Acção de Graças ao tempo de oração depois da Sagrada
Comunhão. É o momento mais importante, pois Jesus está na nossa alma. São João
de Ávila, Santo Inácio de Loiola e São Luiz Gonzaga faziam a Acção de Graças de
joelhos, durante muito tempo. Santa Maria Madalena de Pazzi nunca queria
interromper as suas acções de graças, era preciso obrigá-la a isso, para que
pudesse alimentar-se um pouco. “Os minutos a seguir à Sagrada Comunhão – dizia
a santa – são os mais preciosos que temos na nossa vida; os mais apropriados da
nossa parte para nos entendermos com Deus e, da parte de Deus, para nos
comunicar o seu amor”.
Jesus vem a nós na Eucaristia, sedento de amor; mas por
vezes, recebemo-Lo tão mal! Muitos nem fazem a “acção de graças” após a Sagrada
Comunhão. Nem cinco minutos reservamos para “ficar com o Senhor” que vem à
nossa morada. Não temos tempo para receber as graças que Ele nos quer dar.
Muitos, logo que comungam, saem logo, a conversar, da Igreja. Às vezes, músicas
barulhentas impedem a nossa acção de graças e até nos esquecemos que o Senhor
da glória “se hospeda” em nós.
Após a Sagrada Comunhão é preciso “estar com o Senhor”, sem
pressa, no silêncio. Mas o demónio arranca com muita pressa as pessoas da
Igreja, para não fazerem a acção de graças. Neste momento, o Céu faz-se
presente na nossa alma; e é preciso vivê-lo. Santa Teresa dizia que “onde está
a Majestade, está toda a Corte”. Junto com os Anjos e Santos, na nossa alma,
demos graças ao Rei. Ela dizia ainda que: “Jesus é um hóspede que paga muito
bem a boa hospedagem que Lhe oferecemos”, pois Ele continua a dizer-nos que “a
raposa tem as suas tocas, as aves dos céus os seus ninhos, mas o Filho do Homem
não tem onde reclinar a cabeça”.
A comunhão é o momento de estarmos com o Senhor
A Comunhão é o momento de “oferecer o nosso coração”, para
nele o Senhor repousar. É a hora privilegiada de ir a Ele que nos chama: “Vinde
a mim vós todos que estais aflitos e cansados, e Eu vos aliviarei” (Mt 11,28).
É a hora de “estar com o Senhor”, sem pressa. É o momento de “abraçá-Lo”,
adorá-Lo; beijar-Lhe as mãos e os pés, de satisfazer o Seu amor por nós, de
desagravar-Lhe o coração tão ofendido pelos sacrilégios, ofensas e indiferenças
que recebe.
É a hora irresistível de invocar a Sua misericórdia infinita
para perdoar os nossos pecados, para salvar a todos os agonizantes e pecadores,
e sufragar com o Seu Sangue as almas do purgatório. Procure lembrar-se dos
nomes dos seus entes queridos falecidos e peça a Jesus pelo sufrágio das suas
almas. É a hora de pedir-Lhe pelas necessidades da Igreja, do Papa, do nosso
Bispo, do Clero, das vocações sacerdotais e religiosas, da sua família, dos
seus filhos, dos parentes, dos amigos e de todos que se recomendaram às suas
orações. Procure lembrar-se de todos os seus problemas pessoais, familiares,
profissionais, e peça ao Senhor a solução de todos eles.
É o momento privilegiado do Senhor curar a nossa alma, de
fazer morrer em nós as raízes das ervas daninhas, os vícios capitais (soberba,
ganância, luxúria, gula, ira, inveja, preguiça). Mostre a Jesus os seus pecados
mais difíceis de serem vencidos. Invoque o Seu precioso Sangue para o libertar
de todos os males do corpo e da alma. Peça ao Senhor que lhe conceda as graças
e bênçãos necessárias para a sua conversão e salvação, bem como da sua família.
É a hora de apresentar ao Divino médico as feridas da nossa
alma, as nossas angústias, tristezas, mágoas. Enfim, é a “hora da graça”. Não
deixe passar em vão esta hora tão preciosa. Infelizmente, deixamo-la passar,
pois temos pressa para voltar às coisas do mundo. O nosso amor ao mundo ainda é
maior do que o nosso amor ao Senhor. Mas Ele é paciente, e continuará “a sofrer
de amor” por nós e a esperar-nos.
São Tomás de Aquino deixou-nos uma oração após a Sagrada Comunhão:
“Dou-vos graças, Senhor santo, Pai omnipotente, Deus eterno,
a Vós que, sem merecimento nenhum da minha parte, mas por efeito da vossa
misericórdia, Vos dignastes saciar-me, sendo eu pecador e vosso indigno servo,
com o corpo adorável e com o sangue precioso do vosso Filho, Nosso Senhor Jesus
Cristo.
Peço-Vos que esta Sagrada Comunhão não me seja imputada como
uma falta digna de castigo, mas interceda eficazmente para alcançar o meu
perdão; seja a armadura da minha fé e o escudo da minha boa vontade; me livre
dos meus vícios; apague os meus maus desejos; mortifique a minha
concupiscência; aumente em mim a caridade e a paciência, a humildade, a
obediência e todas as virtudes; me sirva de firme defesa contra os embustes de
todos os meus inimigos, tanto visíveis como invisíveis; serene e regule
perfeitamente todos os movimentos, da minha carne e do meu espírito; me una
firmemente a Vós, que sois o único e verdadeiro Deus; e seja, enfim, a feliz
consumação do meu destino.
Dignai-Vos, Senhor, eu Vos suplico, conduzir-me, a mim
pecador, ao inefável festim onde, com o vosso Filho e o Espírito Santo, sois
para os vossos santos luz verdadeira, gozo pleno e alegria eterna, cúmulo de
delícias e felicidade perfeita. Pelo mesmo Jesus Cristo, Senhor Nosso. Amém.”