Paciência, uma virtude na tribulação

Quais são as tuas tribulações ou provações? Identificá-las é o primeiro passo para as solucionar; o segundo, é caminhar na vontade de Deus. É preciso perceber, na tua vida espiritual, o que estás a viver, pois seguir Deus não é garantia de não viver a cruz, mas saber que Ele deseja ser o nosso sustento no meio ao sofrimento.

Se estou a passar por provação, colherei o fruto de uma fé provada. Depois de uma tempestade, vem a bonança, mas é preciso um esperar activo em Deus, caminhando com Ele, confiante. O Senhor prova-nos não para nos humilhar, mas para que possamos perceber quanto necessitamos d'Ele, e quanto somos frágeis.

É importante ter paciência nas aflições, pois saber viver, de forma activa, durante este tempo, é sinal de amadurecimento espiritual, pois os conflitos que enfrentamos fazem-nos reconhecer o que somos e põe-nos no nosso devido lugar.

Precisamos de ter coragem de permanecer na tribulação, porque é nela que Deus age e intervém. A paciência adquire-se no dia-a-dia, tendo uma visão espiritual e aguardando a vinda do Senhor. Ter a experiência com Ele é pôr-se a caminho, sermos homens e mulheres pacientes.
Na sociedade, devemos proclamar que Jesus está a voltar. Os cristãos não podem ter medo de falar disto, pois, no Céu, Jesus dirá: “Vinde, benditos de meu Pai!”. Ele mesmo será o fim dos nossos desejos, Aquele a quem contemplaremos sem fim e louvaremos sem cansaço. Tu precisas de ter sede da vida eterna.

 “Na religiosidade do antigo Judaísmo, o termo “paciência” era usado expressamente para a espera de Deus, característica de Israel para perseverar na fidelidade a Ele, na base da certeza da Aliança, num mundo que contradiz o Senhor. Sendo assim, a palavra indica uma esperança vivida, uma vida baseada na certeza da fé. No Novo Testamento, esta espera de Deus assume um novo significado: em Cristo, Deus manifestou-se.” (Carta Encíclica Spe Salvi de Bento XVI)