Curiosidades
O Cardeal Müller responde a quem pede uma Igreja “gay friendly”
- 26-07-2023
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O prefeito emérito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard cardeal Müller, deu uma resposta contundente aos que pedem que a Igreja Católica seja receptiva ao homossexualismo, incluindo alguns padres que exigem que pessoas em uniões homossexuais recebam o sacramento do matrimónio.
Müller disse que as
"especulações" de que a Igreja Católica poderia abençoar uniões
homossexuais ou celebrar o sacramento do matrimónio para eles "não têm
nenhum fundamento na Revelação".
“É um pensamento humano, mas não está
de acordo com a Palavra de Deus”: “Deus criou o homem, não esses sacerdotes que
pensam como o mundo de hoje, segundo esta antropologia materialista, que
distinguem a sexualidade, o prazer sexual, da responsabilidade de procriar
filhos e filhas”.
“Há muitos que se distanciaram
totalmente da fé católica. Apresentam-se como se fossem padres, mas não são
fiéis”.
É lamentável que alguns padres, que
pedem à Igreja que administre os sacramentos às uniões homossexuais,
"falem de compaixão", pois esta "vem de Deus".
A verdadeira “boa” vida para os homens
ocorre “quando vivemos segundo os mandamentos de Deus”. Caso contrário,
advertiu, “podemos cair em pecado”.
Sobre as uniões homossexuais "a
doutrina da Igreja é absolutamente clara" e "tem o seu fundamento na
antropologia revelada no Antigo e no Novo Testamento, na criação e também na
instituição do matrimónio como sacramento, matrimónio constituído por um só
homem e uma só mulher”.
"Para Cristo, não podemos ser 'gay
friendly' ou não 'gay friendly'", disse ele.
Os católicos “têm todo o respeito pelas
pessoas que têm estas tendências”.
"Não sabemos exactamente de onde
vêm estas tendências, mas a sexualidade tem o seu lugar único, lugar real,
moral, sacramental, dentro do matrimónio de um homem e uma mulher."
“O Catecismo da Igreja Católica
explica claramente a doutrina da Igreja: A doutrina da Igreja Católica tem o
seu fundamento “na Palavra de Deus”, na “Revelação que se faz finalmente em
Jesus Cristo”.
Sobre o argumento de que a doutrina do
matrimónio se baseia numa doutrina antiquada e medieval, o cardeal respondeu que
também os teólogos medievais, como S. Tomás de Aquino, se inspiraram na
Revelação.
"Não podemos mudar de acordo com
ideologias". A ideologia do género “não é uma ciência” e os que a promovem
“mudam de género de acordo com os seus prazeres. E isto não é uma ciência”.
“Até o racismo e a escravidão no
passado foram justificados pela ciência. O comunismo disse que estava baseado
na ciência".
Perante isto, seria necessário
diferenciar o que é "ciência empírica ou (o que) é uma ideologia".
E destacou que este dicastério da
Santa Sé é o “mais importante, porque a tarefa primordial e fundamental do papa
não é dar entrevistas, mas preservar a doutrina revelada, a fé revelada”.
A doutrina da Igreja não é definida
pelo papa, por este ou por outro papa, ou pelos bispos. A doutrina da Igreja
tem o seu fundamento na Revelação escatológica em Jesus Cristo”.
Ao contrário de "um partido
político", que muda "os seus programas de acordo com os
eleitores", os católicos "têm que ser fiéis à Revelação, à Palavra de
Deus".
“E temos esta antropologia: Deus criou
o homem, varão e mulher, e esta é a base antropológica da doutrina da Igreja
sobre o matrimónio”.