“Não há rosas sem espinhos”
Um rapazinho, bom como um anjo, chamado Edmundo, brincava certo dia colhendo flores num campo.
De repente, levantando os olhos, vê, surgir na sua
frente um terraço coberto de trepadeiras muito alta, muito comprida, toda
ornada de belíssimas e perfumadas rosas.
Diante daquela aparição que não pôde explicar, fica atordoado sem saber o que fazer, quando ouve alguém a chamá-lo:
– Edmundo, Edmundo.
O menino olha, olha. A voz vinha lá do outro extremo do terraço.
Por fim, vê lá no fundo uma criança com a cabecinha crespa, linda, de uma beleza de anjo, que, com as mãozinhas cheias de rosas, lhe faz sinais para que se aproxime e lhe diz:
– Vem brincar comigo Edmundo, eu sou Jesus!
Edmundo não espera um segundo convite, e encaminha-se sobre o terraço florido. Mas ai! Que foi? Espinhos agudos magoavam-lhe os pés.
Ele pára, desanimado, mas a vozinha meigamente vai repetindo:
– Coragem Edmundo, não olhes para os espinhos!
Edmundo torna a tentar a prova, mas pára de novo porque os pezinhos sangram.
– Não tenhas medo, diz a voz; aqui estou Eu, Jesus!
Animado, e resoluto, põe-se a caminho e, desprezando as picadas, alcança, a correr, Jesus que o acaricia e lhe faz mil agrados, enquanto os pezinhos, já curados, repousam sobre pétalas perfumadas.
Conclusão: “Não há rosas sem espinhos”, diz o ditado.
Quereis alcançar Jesus e merecer as suas carícias? Não temais os espinhos, ou seja, as dificuldades, os pequenos incómodos;
Submetei-vos de boa vontade a alguma leve privação para chega-vos. Para vós também Ele transformará os espinhos em rosas perfumadas!
Para a frente sempre! Sem medo, nem temores, vamos a Jesus!