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Curiosidades

Missa: o sacrifício perfeito

É necessário, acima de qualquer coisa, compreender verdadeiramente a missa como sacrifício, o verdadeiro sacrifício de Cristo na Cruz

“Creio na Santa Igreja Católica” – esta é a afirmação feita por nós, católicos, todas as vezes em que estamos na Missa, em frente ao altar. Esta verdade consta no Credo Apostólico, mas se a oração a ser feita advir do Credo Niceno-Constantinopolitano, a especificação é ainda maior: “Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica. Professo um só baptismo para remissão dos pecados”. Isto é, nós cremos verdadeiramente na fé que professamos, mas ainda há alguns desacertos quanto ao núcleo central da nossa credulidade, quanto ao sacrifício perfeito, ou seja, quanto ao entendimento real da missa.

Trata-se de ver a clareza do que está a acontecer no altar não como um evento ou um simples prestar culto a Deus. É necessário, acima de qualquer coisa, compreender verdadeiramente a missa como sacrifício, o verdadeiro sacrifício de Cristo na Cruz. Presencia-se ali não um novo martírio, mas a confirmação, a sacramentalização da imolação ocorrida há dois mil anos.

Sim, de facto, a redenção ocorreu na Cruz, com Jesus Cristo, mas precisa de ser apropriada como redenção subjectiva para o caminho de Santidade. Não é simplesmente um recibo que o cristão adquire de que os seus pecados foram justificados; mas um caminho legítimo na busca de ser verdadeiramente santo.

O Concílio de Trento (Sessão 22.ª) diz: “Com efeito, uma só e mesma é a vítima, pois quem agora se oferece pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que então se ofereceu na cruz; só o modo de oferecer é diferente.”

Ou seja, a posição católica é única: a vítima é a mesma, a Pessoa divina que encarnou e se ofereceu na Cruz, agora oferece-se pelo ministério do sacerdote, no altar. “Só o modo de oferecer é diferente”: na Missa, é sem derramamento de sangue. Esta é a posição dogmática da Igreja Católica.

É preciso ter a disposição para entender a importância da missa para além da remissão dos pecados; entender a fé para além da absolvição dos pecados. É preciso ir além. Afinal, se o objectivo é ser a imagem e semelhança de Cristo, é necessário muito além de puramente não cometer pecados, mas percorrer rumo à redenção verdadeira. É preciso algo mais do que uma absolvição cartorial, mas uma transformação real da alma, ou seja, ela precisa de amar e realizar obras divinas como os santos, e tal caminho passa pelos sacramentos, como a própria Eucaristia.

Pensar em Santa Teresa D`Ávila, S.Tomás de Aquino, Sto Agostinho ou São Francisco como exemplos de vida é uma tarefa muito árdua se não houver como auxílio maior o Espírito Santo de Deus. Se os referidos santos e todos os outros conseguiram alcançar a tão almejada sétima morada que Santa Teresa D`Ávila revela no seu livro sobre As sétimas moradas do Castelo Interior da Alma, estejam certos de que tal conquista não foi pelos próprios méritos ou por algum tipo de merecimento, ou ainda, porque simplesmente creram em Jesus e tinham fé. É um esvaziar-se de tal forma que nada mais há a não ser àquele que os criou. E tal atitude vai muito além de um único passo de arrependimento dos pecados.

Sim, é aí que o caminho da perfeição começa. É aceitando as nossas máculas e buscando corrigi-las diariamente. Mas se o desejo é ser semelhante a Cristo, é necessário sermos diferentes do que somos e buscar, somente pela graça, a virtude da Santidade.

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