Curiosidades
Mãe de 7 filhos e defensora dos valores cristãos
- 15-05-2016
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Mãe de 7 filhos e defensora dos valores cristãos
Úrsula Von der Leyen, uma política atípica que está a romper os moldes na Europa. É ministra do Trabalho e Assuntos Sociais na Alemanha. Na Espanha é conhecida por oferecer emprego a 5 mil jovens espanhóis. Esta alemã de 55 anos é mais que política. Os alemães chamam-lhe "a mãe da nação", pois tem sete filhos. Durante os anos na política tem-se empenhado em demonstrar a grandeza dos filhos, as enormes vantagens das crianças na sociedade e tem lutado para abrir caminho às famílias que querem ter filhos numa Europa assolada por uma crise demográfica histórica. A importância de rezar com os filhos Von der Leyen é, além do mais, uma mulher de fortes convicções religiosas. É cristã e praticante. Conta orgulhosa,como é importante tomar o café da manhã todos os dias com os filhos e rezar com eles antes de cuidar das suas obrigações, no Ministério. À noite procede do mesmo modo, antes dos filhos irem dormir. É uma das principais responsáveis por recuperar e valorizar na Europa os valores cristãos que forjaram o continente há séculos. A família exerce neste ponto um papel essencial. Ela bem sabe. E não se importa em liderar esta revolução familiar. Não é de espantar, portanto, que as feministas radicais a tenham no seu "ponto de mira" e que ela esteja no alvo das suas críticas e insultos. "Esta mulher!" – assim se referem a ela, com desdém, as feministas. No entanto, ela replica que a Alemanha e a Europa iriam melhor com mais mulheres como ela, ou seja, como mães.
Lutadora pela família Desde 2009 é ministra do Trabalho, mas a sua incansável luta pela família vem de antes, pois de 2005 a 2009, foi ministra de Família, Mulher e Juventude. Desde aí, legislou a favor deste colectivo e ajudou as famílias a conciliar melhor o cuidado dos filhos e o trabalho. Algo básico hoje em dia. Úrsula também tem mostrado ao mundo a falácia de que não se pode ser mãe e progredir profissionalmente, sem que para isto se deva renunciar à família. Estudou Ciências Económicas e mais tarde fez doutorado em Medicina, chegando a dedicar-se à investigação. Mais tarde mudou-se para os Estados Unidos devido a compromissos laborais do seu marido. Ali, dedicou-se a cuidar dos filhos e à investigação e viu a importância de ajudar a família. A partir daí entrou na CDU alemã (Christlich Demokratische Union, partido democrata-cristão da Alemanha) e começou a sua meteórica carreira política.
A sua carreira contra a corrente Ao chegar ao governo Merkel, ficou a saber que as suas cinco companheiras de Executivo, incluída Merkel, tinham renunciado à maternidade para se dedicar à política. Ela era o "bicho raro" e lamenta que no seu país "ter sete filhos seja algo mal visto, considerado quase uma provocação". Como ministra da Família, preparou uma mini-revolução que foi mal vista até pelo seu próprio partido. Ainda assim, ela seguiu adiante. Propôs creches gratuitas e ajuda aos pais para o cuidado dos filhos, bem como a licença para que os pais pudessem ficar em casa cuidando das suas crianças. Apesar das críticas, ela falava das suas experiências familiares e como conseguiu conciliar trabalho e família. "Chegaram a perguntar-me se quero domesticar os pais a chicotadas e isto demonstra o desprezo a tudo o que tenha a ver com o cuidado das crianças". A família, berço de valores Numa entrevista à ABC.es, quando ainda era ministra de Família, Von der Leyen assegurava: "não sou uma superwoman, onde estou é o resultado de um longo caminho de altos-e-baixos e decisões com o meu marido, e também de alguns erros". "A família recobra a sua importância, não só como factor de equilíbrio, mas como ferramenta para transmitir directamente uns valores, uma interioridade e uma transcendência. É que sem crianças um país não pode continuar a existir, por razões económicas e também emocionais", afirmava.
"As crianças não significam pobreza" Neste sentido, acrescentava que "estamos numa situação muito crítica, sobretudo psicologicamente. Tem que se voltar a falar do pão que as crianças trazem debaixo do braço: chama-se alegria, força criadora, segurança futura… que as crianças não significam pobreza, mas perspectiva". Do mesmo modo, Úrsula Von der Leyen afirma que se devem recuperar os valores de sempre, não existem os novos. "A família, a responsabilidade pelo outro, valores cristãos que devem ser traduzidos para outros tempos. A família não pode sobreviver olhando para o que foi, a sua economia e a de todos já é global e a mulher é hoje muito importante. Mas continua a ser importanteque haja crianças nas ruas, a solidariedade geracional, a boa educação, a subsidiariedade, e deve-se perguntar como mantê-las no mundo moderno".
"Ter quatro filhos é dirigir uma pequena empresa" Em sua opinião, a família "recupera importância frente à globalização. A família é onde se aprende a responsabilidade entre filhos e pais, os valores que queremos para amanhã. A educação hoje ultrapassa fronteiras, mas também necessita de limites, pois quando crescerem as crianças encontrarão regras. As crianças continuam a necessitar de tempo, e exemplo: e devem conhecer o valor do esforço para o êxito". Apesar disso, vê mudanças no mundo actual. Já há empresas que preferem pessoas com família, a solteiros. A ministra responde que é algo normal, pois "são as cabeças mais flexíveis, rápidas e maduras emocionalmente. Pense que ter quatro filhos já é dirigir uma pequena empresa". Igualmente, conta a sua experiência pessoal nos Estados Unidos quando se fixou aí com o marido. "Quando me apresentava a trabalhos nos EUA perguntavam-me sempre o que fazia além do trabalho, se criava filhos ou colaborava nalguma associação. Davam-me cargos por ter filhos… Na Europa, darmos iam por não os ter!"
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