Curiosidades
Jovem, não te contentes com o que é passageiro
- 19-05-2017
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Jovem, não te contentes com o que é passageiro
“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes.” Trata-se de uma afirmação, e como jovem posso dizer que também é uma clara constatação. Não me refiro à mera aparência de um jovem musculoso, bombado, ou daquela jovem com o seu corpo bem delineado, mas é uma “característica” da alma, do coração, uma força e fortaleza que está incutida no coração de cada jovem, uma vitalidade, garra e ousadia que o faz desbravar e até mesmo inconformar-se com as situações. Isto é muito bom, desde que essa energia e força sejam canalizadas e aproveitadas da melhor maneira, porque a mesma força que gera construção, se mal aproveitada, pode gerar a destruição de si e da sociedade.
Temos que reconhecer e valorizar a importância e a potência que existe em cada jovem, mas que, ao mesmo tempo, merece atenção, cuidado, ajuda, para que, de facto, a sua jovialidade não seja apenas de aparência, mas se torne uma positiva influência.
Longe de um conceito reduzido e erróneo, o jovem cristão é chamado a ser protagonista, a começar da sua própria história, mas, ao mesmo tempo, ser um agente de protagonismo na sociedade e na história naquilo que lhe compete. A mesma Palavra que afirma que “sois forte”, em sequência, aponta a fonte dessa força e quem podemos vencer apoiados nela: “Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a Palavra de Deus permanece em vós, e vencestes o maligno. (cf. I Jo 2,14)
Como um jovem manterá pura a sua vida? Sendo fiel às vossas palavras (Sl 118,9)
Há dias aconteceu a abertura de um processo de beatificação não muito comum, pois se trata de um jovem samurai chamado Takayama, que ajudava nas atividades missionárias no Japão e era protetor dos cristãos e dos missionários jesuítas.
“Abriu mão de posses por amor a Cristo e foi constatada a sua grande fidelidade à vocação cristã, ele que perseverou apesar de todas as dificuldades”. O Papa Francisco aprovou o decreto que reconhece o seu martírio, e ele será declarado beato e entrará na lista de católicos japoneses que preferiram morrer a renunciar a sua fé.
É desta força que falo, como este jovem destemido que entregou a vida, não a perdeu, mas ganhou na eternidade. Que como jovens gastemos a nossa força, a nossa vida naquilo que realmente vale a pena, não nos contentemos com aquilo que é meramente passageiro, mas vamos em direcção ao que o nosso coração anseia: a eternidade! O jovem não tem um “coração pequeno”, ele é grande, ele não quer simplesmente viver de passagens, mas anseia permanecer, deseja o eterno.