Curiosidades
Inimigos internos e externos vencidos pelo Terço
- 29-10-2020
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No século XVI, o Império turco, de religião muçulmana,
crescia espantosamente e tudo fazia para aniquilar e dominar a Europa cristã.
Os turcos já tinham conquistado Constantinopla e ocupado a ilha de Chipre, de
onde pretendiam marchar em direcção ao Ocidente.
Perante o iminente perigo para a Cristandade, o Papa de
então, São Pio V, convidou os príncipes europeus a unirem-se numa frente comum
contra o inimigo. Reuniu uma pequena esquadra composta com o apoio de Felipe II
da Espanha, das Repúblicas de Veneza e de Génova e do Reino de Nápoles, além de
um contingente dos Estados Pontifícios.
São Pio V não desanimou ante a desproporção das forças, pois
confiava na protecção de Deus e de sua Santíssima Mãe. Entregou ao
generalíssimo D. João d’Áustria o comando da esquadra e deu-lhe o estandarte
com a imagem de Nossa Senhora, pedindo-lhe que fosse ao encontro do inimigo.
Na batalha
de Lepanto: A vitória salvadora.
Em 7 de Outubro de
1571, a esquadra católica, composta de aproximadamente 200 galeras,
concentrou-se no golfo de Lepanto. D. João d’ Áustria mandou hastear o
estandarte oferecido pelo Papa e bradou: “Aqui venceremos ou morremos”, e deu a
ordem de batalha contra os seguidores de Maomé. Os primeiros embates foram
favoráveis aos muçulmanos, que, formados em meia-lua, desfecharam violenta
carga. Os católicos, com o Terço ao pescoço, prontos a dar a vida por Deus e
tirar a dos infiéis, respondiam aos ataques com o máximo vigor possível.
Apesar da bravura dos soldados de Cristo, a numerosíssima
frota do Islã, comandada por Ali-Pachá, parecia vencer. Depois de 10 horas de
encarniçado embate, os batalhadores católicos receavam a derrota, que traria
graves consequências para a Civilização Cristã europeia. Mas, ó prodígio!
Ficaram surpreendidos ao verem que, inexplicavelmente e de repente, os
muçulmanos, apavorados, bateram em retirada...
Mais tarde veio a explicação: aprisionados pelos católicos,
alguns mouros confessaram que uma brilhante e majestosa Senhora apareceu no
céu, ameaçando-os e incutindo-lhes tanto medo, que entraram em pânico e
começaram a fugir.
Vitória
alcançada pelo Terço.
Enquanto se
travava a batalha contra os turcos em águas de Lepanto, a Cristandade rogava o
auxílio da Rainha do Santíssimo Rosário. Em Roma, o Papa São Pio V pediu aos
fiéis que redobrassem as preces. As Confrarias do Rosário faziam procissões e
orações nas igrejas, suplicando a vitória da armada católica.
O Papa, no momento em que se dava o desfecho da famosa
batalha, teve uma visão sobrenatural, na qual ele tomou conhecimento de que a
armada católica acabara de obter espectacular vitória. E imediatamente,
exultando de alegria, voltou-se para os seus acompanhantes exclamando: “Vamos
agradecer a Jesus Cristo a vitória que acaba de conceder à nossa esquadra”.
Em memória da estupenda intervenção de Maria Santíssima, o
Papa foi em procissão à Basílica de São Pedro, onde cantou o Te Deum Laudamus e
introduziu a invocação Auxílio dos Cristãos na Ladainha de Nossa Senhora. E
para perpetuar esta extraordinária vitória da Cristandade, foi instituída a
festa de Nossa Senhora da Vitória, que, dois anos mais tarde, se chamou festa
de Nossa Senhora do Rosário, comemorada pela Igreja no dia 7 de Outubro de cada
ano.
E para ficar gravado para sempre na História que a Vitória de
Lepanto se deveu à intercessão da Senhora do Rosário, o senado veneziano mandou
pintar um quadro representando a batalha naval com a seguinte inscrição: “Nem
as tropas, nem as armas, nem os comandantes, mas a Virgem Maria do Rosário é
que nos deu a vitória”.