Ás sextas-feiras, os cristãos são convidados a relembrar a paixão do Senhor. Com Paulo, entremos no mistério da Cruz como ponto culminante da grande projecto de Deus para nós.
Da Carta de S. Paulo aos Colossenses (Col. 1, 15 – 20)
Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura. N’Ele foram criadas todas as coisas, no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e por Ele tudo subsiste. Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos: em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e n’Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo Sangue da sua cruz, com todas as criaturas, na terra e nos Céus.
1º Mistério: A agonia de Jesus no jardim das oliveiras
«Cristo é a imagem do Deus invisível…» Estamos diante de um grande hino ao senhorio de Cristo. Muitos comentadores concordam que este hino é citado por Paulo e poderá ter pertencido ao primeiro culto cristão. Apresenta o mistério de Cristo na ordem da criação e na ordem da redenção. Neste primeiro versículo, aparece-nos uma ideia importante: Jesus é imagem de Deus. Já no primeiro livro da bíblia, sabemos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, realidade que se descobre nas nossas capacidades de pensar, criar e amar. Mas em Cristo, esse “ser imagem de Deus” ainda é mais perfeito. Jesus já tinha dito ao apóstolo Filipe, no quarto evangelho, “quem Me vê, vê o Pai”. Nos seus gestos, sentimentos e palavras, Jesus é uma revelação de Deus para nós.
2º Mistério: A flagelação de Jesus
«…Cristo é o primogénito de toda a criatura porque foi nele que todas as coisas foram criadas…» Devemos compreender esta afirmação de Paulo não com o sentido que damos hoje às palavras mas com o significado que elas tinham no tempo de Paulo. A palavra “primogénito” não se refere tanto ao facto de ser “o primeiro”, o mais velho entre muitos irmãos, mas sim à sua importância em dignidade e senhorio precisamente por ser o primeiro herdeiro. O hino impede-nos de pensar em Cristo como se fosse a primeira criatura ou a mais perfeita. Paulo pretende apenas destacar a importância de Cristo sobre toda a criação. Dizer que todas as coisas foram por Ele criadas leva-nos a compreender que todas as coisas têm em Jesus o seu princípio e o seu centro de unidade e harmonia. Ao mencionar ainda “tronos, dominações, principados e potestades”, que eram, no tempo de Paulo, diversos tipos de anjos, é afirmar que a importância de Cristo é fundamental, não somente para os seres que contemplamos com os olhos, mas também para todos os seres invisíveis.
3º Mistério: A coroação de espinhos
«Ele é a cabeça da Igreja.» Paulo convida-nos, agora, a descobrir o lugar de Cristo no projecto da redenção. Cristo é a cabeça da igreja, é Ele que dá a vida a todos os membros do corpo e sustenta a unidade entre os todos membros. Toda a vida da Igreja tem em Jesus o seu fundamento e centro. Essa verdade leva-nos a pensar a igreja de Jesus como realidade que se vê mas que também nos ultrapassa. Pensar e compreender as nossas comunidades apenas em si mesmas, seria reduzir a beleza e a grandeza deste mistério. Olhar para a nossa Igreja como simples instituição é esquecer a acção do Espírito que une na mesma comunhão o que antes era diferente.
4º Mistério: O caminho da Via-sacra até ao Calvário
«Cristo é o primogénito de entre os mortos, em tudo Ele tem o primeiro lugar.» Jesus é o primeiro entre os mortos pelo seu ser Filho de Deus (e por isso passou pela morte como ninguém) mas também é o primeiro por causa do Seu mistério Pascal. Ele é o primeiro dos mortos porque, na sua ressurreição, está incluída a promessa da nossa ressurreição. Somos pessoas ressuscitadas. Por isso, é justo dizer que Jesus tem em tudo o primeiro lugar. Esta expressão resume tudo o que foi pensado de Cristo nesta oração, está também o convite a dar a Cristo o primeiro lugar na nossa vida.
5º Mistério: Jesus morre na cruz
«Nele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo Sangue da sua cruz, com todas as criaturas, na terra e nos Céus.» É difícil compreender a reconciliação de todas as coisas com Deus em Cristo. Pelo pecado, o homem desviou-se do sonho de Deus para todo o universo. Quebramos a harmonia primeira de todas as coisas. As coisas criadas para nosso serviço, foram por nós postas me escravidão. Ao afastarmo-nos de Deus pelo pecado, afastamo-nos também dos seres celestes por Deus criados. Dizer que Jesus tudo reconciliou no mistério da sua cruz, é descobrir que n’Ele tudo foi restaurado, tudo regressou ao fim para o qual o Criador tudo criara: a glória e o louvor de Deus.
ORAÇÃO FINAL: 25
Da Carta de S. Paulo aos Colossenses (Col. 1, 15 – 20)
Cristo é a imagem de Deus invisível, o Primogénito de toda a criatura. N’Ele foram criadas todas as coisas, no céu e na terra, visíveis e invisíveis, Tronos e Dominações, Principados e Potestades: por Ele e para Ele tudo foi criado. Ele é anterior a todas as coisas e por Ele tudo subsiste. Ele é a Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo. Ele é o Princípio, o Primogénito de entre os mortos: em tudo Ele tem o primeiro lugar. Aprouve a Deus que n’Ele residisse toda a plenitude e n’Ele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo Sangue da sua cruz, com todas as criaturas, na terra e nos Céus.
1º Mistério: A agonia de Jesus no jardim das oliveiras
«Cristo é a imagem do Deus invisível…» Estamos diante de um grande hino ao senhorio de Cristo. Muitos comentadores concordam que este hino é citado por Paulo e poderá ter pertencido ao primeiro culto cristão. Apresenta o mistério de Cristo na ordem da criação e na ordem da redenção. Neste primeiro versículo, aparece-nos uma ideia importante: Jesus é imagem de Deus. Já no primeiro livro da bíblia, sabemos que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus, realidade que se descobre nas nossas capacidades de pensar, criar e amar. Mas em Cristo, esse “ser imagem de Deus” ainda é mais perfeito. Jesus já tinha dito ao apóstolo Filipe, no quarto evangelho, “quem Me vê, vê o Pai”. Nos seus gestos, sentimentos e palavras, Jesus é uma revelação de Deus para nós.
2º Mistério: A flagelação de Jesus
«…Cristo é o primogénito de toda a criatura porque foi nele que todas as coisas foram criadas…» Devemos compreender esta afirmação de Paulo não com o sentido que damos hoje às palavras mas com o significado que elas tinham no tempo de Paulo. A palavra “primogénito” não se refere tanto ao facto de ser “o primeiro”, o mais velho entre muitos irmãos, mas sim à sua importância em dignidade e senhorio precisamente por ser o primeiro herdeiro. O hino impede-nos de pensar em Cristo como se fosse a primeira criatura ou a mais perfeita. Paulo pretende apenas destacar a importância de Cristo sobre toda a criação. Dizer que todas as coisas foram por Ele criadas leva-nos a compreender que todas as coisas têm em Jesus o seu princípio e o seu centro de unidade e harmonia. Ao mencionar ainda “tronos, dominações, principados e potestades”, que eram, no tempo de Paulo, diversos tipos de anjos, é afirmar que a importância de Cristo é fundamental, não somente para os seres que contemplamos com os olhos, mas também para todos os seres invisíveis.
3º Mistério: A coroação de espinhos
«Ele é a cabeça da Igreja.» Paulo convida-nos, agora, a descobrir o lugar de Cristo no projecto da redenção. Cristo é a cabeça da igreja, é Ele que dá a vida a todos os membros do corpo e sustenta a unidade entre os todos membros. Toda a vida da Igreja tem em Jesus o seu fundamento e centro. Essa verdade leva-nos a pensar a igreja de Jesus como realidade que se vê mas que também nos ultrapassa. Pensar e compreender as nossas comunidades apenas em si mesmas, seria reduzir a beleza e a grandeza deste mistério. Olhar para a nossa Igreja como simples instituição é esquecer a acção do Espírito que une na mesma comunhão o que antes era diferente.
4º Mistério: O caminho da Via-sacra até ao Calvário
«Cristo é o primogénito de entre os mortos, em tudo Ele tem o primeiro lugar.» Jesus é o primeiro entre os mortos pelo seu ser Filho de Deus (e por isso passou pela morte como ninguém) mas também é o primeiro por causa do Seu mistério Pascal. Ele é o primeiro dos mortos porque, na sua ressurreição, está incluída a promessa da nossa ressurreição. Somos pessoas ressuscitadas. Por isso, é justo dizer que Jesus tem em tudo o primeiro lugar. Esta expressão resume tudo o que foi pensado de Cristo nesta oração, está também o convite a dar a Cristo o primeiro lugar na nossa vida.
5º Mistério: Jesus morre na cruz
«Nele fossem reconciliadas consigo todas as coisas, estabelecendo a paz, pelo Sangue da sua cruz, com todas as criaturas, na terra e nos Céus.» É difícil compreender a reconciliação de todas as coisas com Deus em Cristo. Pelo pecado, o homem desviou-se do sonho de Deus para todo o universo. Quebramos a harmonia primeira de todas as coisas. As coisas criadas para nosso serviço, foram por nós postas me escravidão. Ao afastarmo-nos de Deus pelo pecado, afastamo-nos também dos seres celestes por Deus criados. Dizer que Jesus tudo reconciliou no mistério da sua cruz, é descobrir que n’Ele tudo foi restaurado, tudo regressou ao fim para o qual o Criador tudo criara: a glória e o louvor de Deus.
ORAÇÃO FINAL: 25