Curiosidades
Conselhos de Santa Tresinha para lidar com pessoas antipáticas
- 11-04-2018
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Conselhos de Santa Teresinha para aprender a lidar com pessoas antipáticas
Ela também não foi uma pessoa fácil, mas aprendeu a dominar a arte da empatia
Santa Teresa de Lisieux era conhecida como uma mulher tranquila e modesta. E com ela aprendemos que não dá para apelidar de “pequena flor” alguém que propaga insultos no Twitter ou que publica críticas contra os outros.
Santa Teresinha desenvolveu a habilidade de lidar com gente desagradável com tanta doçura que as pessoas antipáticas pensavam, erroneamente, que ela tinha um carinho especial por elas.
Todos temos pessoas chatas à nossa volta, não é? Às vezes não nos damos bem com elas, já que elas dão a impressão de que só existem para nos aborrecer.
Essas pessoas que nos fazem bufar estão sempre na mesma festa em que estamos. Assim, tentamos evitar qualquer contacto visual quando cruzamos com elas e logo pegamos no telefone para fingir que estamos a analisar mensagens importantíssimas. Não me digas que nunca fizeste isto?
Porém, não conseguimos escapar completamente delas, porque, como mostra a experiência de Santa Teresa, elas estão em toda a parte, inclusive nos conventos. Santa Teresa dominou rapidamente a arte de tratar com pessoas difíceis e aprendeu a mostrar empatia por elas. Talvez porque a própria Teresinha tenha sido uma pessoa difícil na sua juventude.
Ao contrário do que muitos pensam, Santa Teresa de Lisieux nasceu com um temperamento violento. De acordo com a mãe dela, a menina fazia birras terríveis quando as coisas não saíam do jeito dela e se deitava ao chão como uma desesperada, pensando que tudo estava perdido. “Havia momentos em que a birra era mais forte e ela perdia a respiração”, dizia a mãe.
Santa Teresa também diz na sua biografia que, se não tivesse tido pais tão bons, que a ajudaram a remediar este defeito de carácter, ela poderia – facilmente – “ter saído muito má”.
Quando entrou para a vida religiosa, escreveu: “tudo neste convento me agradou”. Mas, rapidamente aprendeu que precisava de melhorar o seu comportamento antipático e que o mesmo acontecia com as mulheres com quem convivia.
Ela, inclusive, teve problemas com uma das suas superioras, que era severa com ela. “Não se podia cruzar com ela sem ter que beijar o chão”, conta Teresa, que afirma que o simples facto de fazer a limpeza do chão se transformava em motivo para ser humilhada. “Recordo que, certa vez, havia deixado uma teia de aranha no claustro e ela me disse diante da comunidade: ‘Pensei que o claustro tivesse sido varrido por uma menina de 15 anos’”.
Esta humilhação foi só uma de uma série de acusações de preguiça. A superiora frequentemente reclamava: “Esta menina não faz absolutamente nada”. Entretanto, Teresa teve que aprender a conviver com a superiora, pois, para o bem ou para o mal, elas passaram a maior parte do tempo juntas. Mas a situação só piorava e, com o tempo, Teresa percebeu que tinha que aprender a lidar com pessoas antipáticas. E deixou conselhos para quem também tem que enfrentar este tipo de desafio.
Busque o seu valor autêntico
As pessoas antipáticas são incansavelmente negativas. Elas encontram sempre algo de que não gostam e, certo ou não, concentram-se sempre nisso. A madre superiora, por exemplo, havia decretado que Teresa era preguiçosa e lembrava isso a toda hora. Teresa resolveu este problema, deixando de dar importância ao que a sua detratora pensava e buscando o seu verdadeiro valor interior.
Ela decidiu fazer o seu trabalho silenciosamente e sem chamar a atenção, visando satisfazer a sua própria estima e honrar a Deus. Na realidade, ela dava sempre o crédito do seu trabalho a outras pessoas, pois sabia que isso as deixaria alegres. Quando ela parou de se preocupar com o facto da superiora apreciar ou não o seu trabalho, ela conseguiu liberar-se da negatividade.
Não desperdice energias em vão
Com isso, Teresa não quer dizer que devemos ser indolentes, mas que quando nos acusam ou nos julgam erroneamente, não devemos entrar nessa guerra. Quando a superiora a acusava de preguiçosa, Teresa podia ter contestado e começado uma disputa verbal. Mas sabia que não adiantar nada.
Por exemplo, conta a história que apareceu um vaso quebrado no convento e que a madre acusou Teresa de não ter recolhido os pedaços. Ela entendeu que não importava quem havia quebrado o vaso e que não valia a pena o esforço para provar a sua inocência. Assim, como ninguém assumiu a culpa, Teresa recolheu os cacos. Com o tempo, as ações dizem mais do que as palavras.
Aperfeiçoe a sua capacidade de amar
É fácil amar a família e os amigos, mas é difícil amar uma pessoa que parece não ter capacidade de redenção. Teresa fala de uma freira de quem sentia aversão natural, e de como entendeu que o amor é uma atitude, não um sentimento, já que essa freira a ensinou a amar melhor.
“Eu prestava-lhe todos os serviços que podia. Quando sentia a tentação de a contestar de maneira desagradável, limitava-me a me dirigir a ela da maneira mais encantadora possível: com o meu sorriso”, disse Teresa. Depois de certo tempo, confessou que os seus sentimentos começaram a mudar de verdade.
Definitivamente, uma pessoa difícil só nos pode prejudicar se nós permitirmos. Como Teresa demonstrou, há sempre uma alternativa. Talvez seja difícil ou até pareça impossível. Mas este exemplo revela que até a pessoa mais antipática do mundo pode transformar-se em santa.