Conquista a liberdade!
Ser aquilo que se é, nos dias de hoje, não é nada fácil
O homem moderno vive sob pressão; ele traz sobre si o peso de uma eterna
cobrança. Frequentemente é condicionado e aprisionado por ideias e valores
pré-estabelecidos pela sociedade.
O ser humano vive sufocado pela constante cobrança daqueles que o acompanham,
ou seja, só se sente aceito e amado se corresponde às expectativas das outras
pessoas que com ele fazem a experiência de existir. É que ele traz em si
conceitos já estabelecidos a respeito da vida, do comportamento, dos valores,
etc. Infelizmente só somos amados se somos aquilo que os outros querem e se
correspondemos às suas expectativas.
Ser aquilo que se é, nos dias de hoje, custa muito caro. Faz a experiência
de seres tu em plenitude e verás quanto serás desprezado e desacreditado, e o
que é pior, principalmente no meio religioso.
Precisamos de iniciar uma revolução na nossa escala de valores e conceitos, a
ponto de poder dizer livremente ao outro: “Por favor deixa-me ser o que sou,
aceita-me. Não me obrigues a dizer o que tu queres ouvir, a sorrir como queres
que eu sorria, a ser o que tu queres que eu seja, pois não aguento mais não me
sentir à vontade diante das pessoas. Permite-me existir com as minhas virtudes
e imperfeições e, respeita aquilo que te posso dar hoje, não exijas de mim o
que ainda eu não sou e o que eu ainda não posso dar. Por favor, permite-me
viver”.
É triste ver que podemos contar pelos dedos as pessoas diante das quais podemos
dizer isto sem que elas se afastem de nós por não correspondermos àquilo que
queriam. Perante isto: Tem coragem de assumir aquilo que tu és, pois vivendo
assim verás quem realmente te ama pelo que és, e não pelo que dás, pois quem
ama de verdade não se faz pagar!
Faz um compromisso contigo mesmo. Pára de corresponder a este jogo de
hipocrisia! Pára de representar e, tem certeza que experimentarás a mais plena
liberdade que um ser humano pode sentir. Tem coragem de ser livre, e assim
receberás o amor de quem sinceramente acredita em ti.
Já pensaste em voltar atrás?Eu já
Conheci um jovem que ao narrar o seu encontro pessoal com Deus, e as experiências vividas na ocasião, dizia sentir saudades daquele tempo e pedia-me ajuda para voltar atrás... Ao falar, os seus olhos enchiam-se de lágrimas e percebi que havia verdade nas suas palavras. Fiquei a pensar: porque será que mesmo depois de experimentar de maneira “tão intensa” o amor de Deus, nos distanciamos do seu coração e parecemos o “Filho rebelde”, indo em busca da liberdade ilusória que a mídia prega? Sei que são várias as causas que podem levar um filho de Deus a desconsiderar o seu amor, mas detenho-me agora nesta, que é exactamente o facto de nos deixarmos levar pelos sentimentos, e assim quando eles nos faltam, acharmos que Deus já não nos ouve e simplesmente o abandonamos.
O homem de fé não se prende aos sentimentos. Diz um sacerdote: ’’...o que faço não é pelo que sinto, mas pela fé, isto exige luta, e que luta! A minha vida é 90% de transpiração e somente 10% de inspiração.”
Se com este sacerdote é assim, não posso esperar que comigo seja diferente! Os sentimentos passam e quase sempre me traem, o que me garante a vitória e me faz continuar a caminhar é somente a fé.
Se tu estás a pensar como aquele jovem em voltar atrás... este é o dia! Vencer os teus sentimentos e dar passos na fé rezando com ou sem vontade, é o maior desafio, agora! E rezar sem vontade é grande prova de amor a Deus, manter as práticas de piedade mesmo quando a alma está em estado de aridez, é mérito de poucos.
Às vezes a leitura de um bom livro pode ajudar, algumas jaculatórias também, por exemplo: “Jesus eu confio em Vós!” E quando não conseguimos ainda rezar assim, podemos ao menos despertar em nós o desejo de amar, dizendo: “ Jesus, eu gostaria de poder amar-vos de todo o coração!”
Os Santos garantem que quando a nossa
alma se encontra no estado de aridez, Deus duplica o valor de cada um dos
nossos esforços. Penso que o que fez o jovem da Parábola do Filho Pródigo
voltar para a Casa do Pai, não foi somente a fome de pão, mas a confiança que
tinha no seu amor, ele sabe que o Pai é bom, já tinha experimentado o seu amor
um dia... Tu também já o conheces e experimentaste como Ele é bom e sabe
perdoar.
É hora de voltares atrás... Voltar ao coração de Deus!
Podemos fazer a diferença...
Uma professora conta que no seu primeiro dia de aula disse aos seus
alunos da 5ª série primária que gostava de todos por igual. No entanto, ela
sabia que isto era quase impossível, já que na primeira fila estava sentado um
pequeno, chamado Ricardo. A professora tinha observado que ele não se dava bem
com os colegas de classe e muitas vezes a sua roupa estava suja e cheirava mal.
Houve até momentos em que ela sentia prazer em lhe dar notas vermelhas ao
corrigir as suas provas e trabalhos. Ao iniciar o ano lectivo, era solicitado a
cada professor que lesse com atenção a ficha escolar dos alunos, para tomar
conhecimento das anotações. Ela deixou a ficha de Ricardo para último. Mas
quando a leu foi grande a sua surpresa.
Ficha do 1º ano: Ricardo é um menino brilhante e simpático. Os seus trabalhos
sempre estão em ordem e muito nítidos. Tem bons modos e é muito agradável estar
perto dele.
Ficha do 2º ano: Ricardo é um aluno excelente e muito querido pelos colegas,
mas tem estado preocupado com a sua mãe que está com uma doença grave e
desenganada pelos médicos. A vida no seu lar deve estar a ser muito difícil.
Ficha do 3º ano: A morte da mãe foi um golpe muito duro para o Ricardo. Ele
procura fazer o melhor, mas o pai não tem nenhum interesse e a sua vida será
prejudicada se ninguém tomar providências para o ajudar.
Ficha do 4º ano: Ricardo anda muito distraído e não mostra interesse algum
pelos estudos. Tem poucos amigos e muitas vezes dorme na sala de aula.
Deu-se conta do problema e ficou terrivelmente envergonhada. Piorou quando se lembrou
dos lindos presentes de Natal que os alunos lhe tinham dado, com papéis
coloridos, excepto o de Ricardo, que estava enrolado num papel de supermercado.
Lembrou que abriu o pacote com tristeza, enquanto os outros garotos riam ao ver
uma pulseira faltando algumas pedras e um vidro de perfume pela metade. Apesar
das piadas, ela disse que o presente era precioso e pôs a pulseira no braço e
um pouco de perfume sobre a mão. Naquela ocasião Ricardo ficou um pouco mais de
tempo na escola do que o de costume. Relembra, ainda, que ele lhe disse que ela
estava cheirosa como sua mãe. Naquele dia, depois que todos se foram, a
professora chorou longo tempo... Em seguida, decidiu mudar a sua maneira de
ensinar e passou a dar mais atenção aos alunos, especialmente ao Ricardo. Com o
passar do tempo ela notou que o pequeno só melhorava. E quanto mais ela lhe
dava carinho e atenção, mais ele se animava. Ao finalizar o ano lectivo,
Ricardo saiu como o melhor da classe. Seis anos depois, recebeu uma carta de
Ricardo contando que tinha concluído o segundo grau e que ela continuava a ser a
melhor professora que tivera. As notícias repetiram-se até que um dia ela
recebeu uma carta assinada pelo Dr. Ricardo Stoddard, seu antigo aluno, mais
conhecido como Ricardo. E tempos depois recebeu o convite de casamento e a
notificação do falecimento do pai de Ricardo. Ela aceitou o convite e no dia do
casamento usava a pulseira que recebeu do Ricardo anos antes, e também o
perfume. Quando os dois se encontraram, abraçaram-se por longo tempo e o Ricardo
disse-lhe ao ouvido: Obrigado por acreditar em mim e me fazer sentir
importante, demonstrando-me que podia fazer a diferença.
E com os olhos banhados em lágrimas, ela sussurrou: Engano seu! Depois que o
conheci, aprendi a leccionar e a ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma
do educando. Mais do que avaliar as provas e dar notas, o importante é ensinar
com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...(Autor
Desconhecido)
Tu...tens feito alguma coisa pelo próximo e respeitado os seus limites?
Tens auxiliado nas suas angústias e dificuldades? Tens partilhado o peso da sua
cruz?
Ou será que te tens limitado a julgar e a criticar?