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Curiosidades

Como identificar e tratar a dependêcia afectiva

 

Como identificar e tratar a dependência afectiva 

Tenho dependência afectiva. O que fazer?

A dependência afectiva é um estado que faz parte da natureza humana por nascermos dependentes tanto no campo físico: alimentação, cuidados etc., como no campo afectivo. As experiências que adquirimos no nosso desenvolvimento farão com que tenhamos ou não, a nossa independência afectiva.

É muito importante esclarecer que esta independência não significa individualismo, muito menos solidão. E, sim, a capacidade de não nos vincularmos excessivamente a alguém, é a possibilidade de tomarmos as nossas decisões, escolhas e dar passos na capacidade e na autonomia em cuidar de nós mesmos e assumir o que fizemos de certo ou errado.

Aprenda a observar

Para que possa perceber se é uma pessoa – excessivamente – dependente de alguém, é importante observar alguns pontos:

– Precisa de alguém para se sentir seguro e tranquilo?

– Percebe que, mesmo em situações simples de escolha e decisão, precisa dessa pessoa ao seu lado?

– Sente-se dependente para fazer escolhas, precisando da aprovação dessa pessoa?

– Sente que a sua autonomia é prejudicada, ou seja, é difícil fazer algo sem aquela pessoa?

É claro que, muitos de nós, gostamos que uma outra pessoa dê uma opinião a nosso respeito (se a roupa nos fica bem, se devemos comprar algo, se devemos mudar de emprego, etc.), o que não significa que sejamos dependentes. A dependência caracteriza-se sempre que há algum excesso, aquela dificuldade em sair do lugar sem que o outro nos apoie, como uma muleta, um suporte, que precisamos e fazemos questão de suportar ao longo de toda a nossa vida.

O que fazer?

Quando estamos nesta situação, geralmente temos dificuldade para perceber, negamos esta dificuldade e irritamo-nos quando somos apontados como dependentes. Temos, também, dificuldades com a autoestima e a maturidade emocional, e costumamos fazer outras coisas em excesso, como trabalhar, comer, beber, falar, jogar, entre outros. Podemos, ainda, viver sentimentos muito extremos (amar demais, odiar demais), bem como sensação de vazio e falta de significado na nossa vida, sem compreender exactamente o que está ocorrendo.

Nem sempre as escolhas afectivas dependentes são conscientes e claras para quem passa por isso. Dependências podem se dar com coisas, objectivos, drogas, jogos, chegando às pessoas e às palavras amigas. A dependência afectiva faz com que procuremos exteriormente, o apoio e a protecção, para suportarmos os problemas vividos nos relacionamentos e nas situações sociais. Somos humanos e somos efectivamente influenciados sempre. Podemos lembrar que, como seres sociais que somos, efectivamente seremos influenciados e influenciaremos sempre, e isto faz parte da nossa natureza.

Limites nos relacionamentos

Das relações sadias, por meio das quais os pais estimulam e acreditam no potencial de uma criança, – fazendo com que ela supere desafios e aprenda a ganhar e a perder – é que nasce uma autoestima positiva e a sensação de segurança pessoal, bem como a capacidade de cuidar de si. No entanto, quando isto não acontece, por vezes, vamos buscar essa dependência, para que, outra pessoa nos estimule, mas quando entra o excesso, passamos a não viver mais sem a ajuda dela, mesmo em pequenas decisões. É interessante, pois, nesta relação “disfuncional” sempre haverá o outro, ou seja, aquele que é a pessoa mais segura na relação, mas que, de alguma forma, também alimenta essa dependência.

Sendo assim, é muito importante que a pessoa dependente estabeleça limites nos seus relacionamentos, reconhecendo a sua realidade, que, muitas vezes, passa pela negação dos factos e a ilusão de viver em situações fantasiosas. Assim, ela deve assumir a responsabilidade em administrar as suas necessidades, reconhecer as suas atitudes, emoções e os seus comportamentos, sejam eles positivos ou não, percebendo as vivências da raiva, do medo, da vergonha, da culpa e, com isto, reconhecendo essas questões na sua vida e comprometendo-se com a mudança.

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