São João Paulo II, na Redemptoris Mater (A Mãe do Redentor),
afirmou: “Antes de mais ninguém, foi o próprio Deus, o Pai Eterno, que se
entregou à Virgem de Nazaré, dando-lhe o seu próprio Filho no mistério de a Encarnação”.
E por que é que as orações dela são poderosas? As orações de
Maria são poderosas porque estão sempre em sintonia com os desejos de Deus.
Antes da encarnação do Filho de Deus, e antes da efusão do
Espírito Santo, a sua oração coopera de maneira única com o desígnio de bondade
amorosa do Pai: na Anunciação, pela concepção de Cristo; no Pentecostes, para a
formação da Igreja, seu Corpo. Na fé de sua humilde serva, o Dom de Deus
encontrou a aceitação que esperava desde o início dos tempos (CIC, 2617).
As orações mais famosas de Maria registadas nas Escrituras
são o seu Fiat e o Magnificat. Do fiat, o Catecismo escreve:
Aquela a quem o Todo-Poderoso tornou “cheia de graça”,
responde oferecendo todo o seu ser: “Eis a escrava do Senhor; faça-se em mim segundo
a tua palavra.” “Fiat:” esta é a oração cristã: ser totalmente de Deus, porque
ele é totalmente nosso (CIC, 2617).
As orações de Maria são eficazes, porque Ela conhece
intimamente a vida da Trindade como filha do Pai, mãe do Filho e esposa do
Espírito Santo.
Começando com a cooperação única de Maria com a operação do
Espírito Santo, a Igreja desenvolveu a Ave Maria. Em incontáveis hinos e
antífonas que expressam esta oração, dois movimentos geralmente se alternam: o
primeiro “engrandece” o Senhor pelas “grandes coisas” que ele fez pela sua
serva humilde e, por meio dela, por todos os seres humanos; a segunda confia à
Mãe de Jesus as súplicas e os louvores dos filhos de Deus, porque ela já
conhece a humanidade que, nela, o Filho de Deus desposou. Este duplo movimento
de oração a Maria encontrou uma expressão privilegiada na Ave Maria (CIC,
2675-2676).
São Luís de Montfort, outro santo devoto de Maria, ensinou
sabiamente: “A salvação do mundo inteiro começou com a Ave Maria. Portanto, a
salvação de cada pessoa também está ligada a esta oração”.